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Mike Portnoy: "Ame-nos ou odeie-nos, nós não iremos embora"

Por Diego Camara
Fonte: Blabbermouth
Postado em 07 de maio de 2009

Ken McGrath, do Blistering.com, recentemente conversou com o baterista do DREAM THEATER, Mike Portnoy, sobre o próximo álbum da banda, "Black Clouds and Silver Linings", o sempre elusivo termo "prog", seu possível projeto com Mikael Akerfeldt do OPETH e Steven Wilson do PORCUPINE TREE e seu período com o OSI.

Inicialmente Mike Portnoy fala sobre a relação do DREAM THEATER com sua antiga gravadora, a Atlantic:

Mike Portnoy: "É legal ter uma gravadora que liga para você, daquelas que ficam atrás da banda. No passado nós perdemos, você sabe, 15 anos com outra gravadora, na maior parte do tempo do nosso jeito. Uma ou outra vez eles queriam fazer algo, mas a maioria das vezes eles foram um banco e uma maneira de lançar os discos, mas então eles contavam com nossa base de fãs para comprar deles. É legal trabalhar com uma gravadora (Roadrunner Records) que vai atrás da banda e promove os discos. É o que uma gravadora deveria fazer".

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Deve ser bom ver que, quando foi dada a oportunidade e vocês foram divulgados, estavam fazendo da sua própria maneira. Depois de alguns anos quando vocês não estavam mais na moda...

Portnoy: (interrompendo) "Nunca estivemos na moda, mas eu acho que sobrevivemos ao teste do tempo, quando você faz algo em tempo longo o bastante para que as pessoas não te ignorem mais. Ame-nos ou odeie-nos, nós não iremos embora".

Você está há quanto tempo no jogo? Uns 20 bons anos?

Portnoy: "Chegando aos 25 no próximo ano, então já tenho quase um quarto de século, cara. Um monte de bandas, elas tentam pular dentro da carroça, ou na novidade, ou na moda e então eles vão até o céu, tem aquela fama rápida durante a noite. Mas logo quando a novidade ou a moda muda, eles saem fora. Nós nunca fomos parte de uma novidade ou de uma moda, sempre fizemos o que queríamos fazer. Fazemos o que fazemos e mesmo que esse tipo de música nunca se torne popular ou moda, nós construímos esta base que vagarosamente cresceu. É algo estranho pois agora está virando moda tocar progressivo, todos do MASTODON, para o MARS VOLTA, para o TOOL, todos eles têm músicas compridas. Está se tornando legal tocar seus instrumentos e ter todas essas músicas compridas, então agora é um pouco assustador, pois se isso (o progressivo) se tornar moda, nós seremos chutados para fora quando o tempo mudar. Eu não sei, mas por enquanto continuamos na nossa".

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Saindo do DREAM THEATER por um instante, o que você pode nos dizer sobre os rumores de um super grupo com você, Mikael Akerfeldt (OPETH) e Steven Wilson (PORCUPINE TREE)?

Portnoy: "Você sabe, é algo que nós três conversamos há alguns anos e um de nós, eu não lembro quem, estupidamente mencionou em uma entrevista e isso nos assombra deste então. Mike e Steven sempre foram amigos, eles conversam sobre colaborações por um bom tempo e eu adoro fazer isso pois eu amo esses caras, entro em ótimas com eles e respeito eles enquanto artistas e músicos. Então é somente uma questão de tempo, pois nós três somos as três pessoas mais ocupadas da música".

Uma das outras bandas que você se envolveu foi o OSI. O mais recente álbum deles, "Blood", será o primeiro a não ter você nas baquetas. Foram problemas de agenda que fizeram com que você não pudesse se envolver com o álbum?

Portnoy: "Não foi um problema de tempo, foi realmente um problema de química que resume-se às minhas experiências ao fazer os dois primeiros álbuns do OSI. Para ser honesto contigo, trabalhar com Kevin Moore (antigo tecladista do DREAM THEATER) não é muito legal. Ele é na verdade um grande... irei colocar isso de maneira polida, ele tem suas maneiras de trabalhar que não levam a aceitar colaborações, e isso foi frustrante nos dois primeiros álbuns que eu fiz com ele que eu não tive nenhuma receptividade às minhas colaborações. Está ok, pois eu tive sessões onde eu apenas fui e toquei bateria, como com o Neil Morse ou na turnê G3 com John Petrucci. Eu estou bem com isto, mas só enquanto ainda é muito divertido. Mas nunca foi divertido com o Kevin, ele é sempre muito irritado, sério, então eu imaginei: 'Por que vou fazer isso de novo? Não é nada que eu possa contribuir artisticamente', não era algo realmente legal, então eu desisti de fazer. É chato pois Jim Matheos (FATES WARNING) é um dos meus melhores amigos e eu adoro ele e ainda adorarei trabalhar com ele em outro tipo de projeto. Mas com o OSI não era mais algo legal para mim".

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Te ofereceram a possibilidade de gravar o álbum?

Portnoy: "Eu não iria sequer fazer o segundo álbum ("Free"). Eu falei para eles que iria recusar o segundo álbum por todas as mesmas razões que falei para ti, e eles conseguiram me convencer, mas eu achei que foi deixado bem claro naquele momento que não havia mais futuro (meu) na banda".

A entrevista completa pode ser lida (em inglês) no site da Blistering.

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Sobre Diego Camara

Nascido em São Paulo em 1987, Diego Camara é jornalista, radialista e blogueiro. Seu amor pelo metal e rock começou há 6 anos. Um amante da nova geração, é um grande fã de Arjen Lucassen, Andre Matos e bandas como Nightwish, Hammerfall, Sonata Arctica, Edguy e Kamelot. Também não deixa de ter amor pelos clássicos, como Helloween, Gamma Ray e Iron Maiden e do Rock de bandas como Oasis, Queen e Kings of Leon. Atualmente seus textos podem ser lidos no blog OCrepusculo.com sobre assuntos diversos, além de planos para criação de um projeto totalmente voltado aos blogs de Rock e Metal.
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