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John Lawton: 45 anos de história musical

Por Rodrigo Werneck
Postado em 20 de agosto de 2008

Falar do vocalista inglês John Lawton é o mesmo que narrar 45 anos de história musical. Nascido em 1946 e tendo iniciado sua carreira no início dos anos 60, Lawton tem em seu currículo passagens pelo Uriah Heep, pelo Lucifer’s Friend e pelo Les Humphries Singers, entre vários outros projetos. Recentemente, uniu-se ao guitarrista holandês Jan Dumée (ex-Focus) e a 3 músicos brasileiros, e juntos formaram a banda OTR, que irá lançar seu disco de estréia agora em outubro.

Nesta entrevista exclusiva, tive o prazer de bater um papo com John tanto sobre o OTR, quanto sobre alguns de seus trabalhos anteriores. Além das bandas citadas acima, falamos sobre sua quase entrada para o Deep Purple, sua participação no lendário projeto "Butterfly Ball" (de Roger Glover), e muito mais...

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John, você poderia nos falar um pouco sobre a sua entrada para o Uriah Heep em 1976? Como você foi convidado?

John Lawton: Por causa do Lucifer’s Friend, uma fita foi passada à equipe do Heep, e os roadies a passaram ao Ken Hensley, que por sua vez a mostrou ao resto do grupo. Um dia eu recebi, do nada, uma ligação telefônica do Ken, me convidando para ir de Hamburgo (onde eu morava na época) a Londres para uma audição. E eu acabei conseguindo o emprego (risos).

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Você gravou 3 discos de estúdio com o Uriah Heep, entre 1976 r 1979. Poderia nos dizer qual disco, e música, são os seus favoritos?

John Lawton: Ah, definitivamente o "Firefly". Foi o meu primeiro com a banda, mas tinha ótimas canções. A faixa-título mesmo, e "Wise Man", são clássicos que o público ainda adora ouvir até hoje...

E por que você acabou saindo, em 1979?

John Lawton: Em relação à minha saída, anos depois, houve muitas razões. Primeiramente, eu não combinava exatamente com a imagem de "frontman" do Uriah Heep, desde o início, mas minha voz me fez permanecer. Perto do fim, tínhamos diferenças de opinião sobre música e sobre nossas vidas pessoais. De qualquer forma, ainda mantemos contato permanentemente, e eu os ajudei em 1995, quando o Bernie (Shaw, atual vocalista do grupo) teve problemas vocais. O Ken e eu ainda fazemos shows juntos, logo eu creio que para todos os envolvidos acabou sendo uma boa experiência.

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O que você poderia nos falar sobre a experiência de tocar ao vivo novamente com o Uriah Heep, que ocorreu especificamente no evento "The Magician’s Birthday Party", em dezembro de 2001, que foi inclusive lançado em CD e DVD? A formação lendária com você e o Ken Hensley, novamente reunida após mais de 20 anos, tocando todos aqueles clássicos para um Shepherd’s Bush Empire lotado, foi algo incrível...

John Lawton: Pelo meu lado, eu já havia substituído o Bernie Shaw em alguns shows na África do Sul em 1995, como mencionei anteriormente, logo não foi como se eu estivesse me juntando após tantos anos. Mas, estar de novo no palco com o pessoal e ainda o Ken, foi realmente algo especial. Acho que os fãs esperavam por isso por muito tempo. Cantar junto do Bernie foi bem legal, nossas vozes combinaram muito bem, nós nos divertimos muito, e é fácil de se notar isso assistindo ao DVD. De qualquer forma, foi algo que ocorreu, mas que eu não acho que deva ser repetido, foi um grande evento e nós devemos deixar as coisas do jeito que estão...

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É verdade que você quase entrou para o Deep Purple, antes de se juntar ao Uriah Heep?

John Lawton: Bem, foi mais ou menos isso. A versão curta é que o Ritchie Blackmore estava procurando alguém para substituir o Ian Gillan. Ele ouviu algumas coisas do Lucifer’s Friend e gostou dos vocais. Eu fui convidado para uma jam session em Hamburgo, sem saber que o Ritchie estaria envolvido... Já era muito tarde da noite, e eu havia recém-chegado de uma sessão em um estúdio, então eu decidi não ir... Se eu soubesse do que se tratava, eu certamente teria ido (risos).

Como ocorreu o seu envolvimento no disco "Butterfly Ball", do Roger Glover (Deep Purple), em 1974?

John Lawton: Eu recebi uma ligação do próprio Roger, me convidando para cantar no álbum. Ele havia composto uma música especialmente para mim, "Little Chalk Blue".

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Um pouco depois (1975), você foi novamente convidado pelo Roger para participar do evento ao vivo no Royal Albert Hall em Londres, onde todas as músicas do disco foram tocadas por um seleto grupo de convidados especiais e uma orquestra. Como foi essa experiência, no meio de tantos músicos excepcionais? Você acabou tendo uma boa participação, no final das contas, cantando em mais partes do que no disco em si...

John Lawton: Sim, novamente o Roger me telefonou, pois ele estava procurando alguém para cantar "Love Is All", que foi na realidade cantada pelo Ronnie James Dio no "Butterfly Ball". Infelizmente, ou felizmente para mim (risos), o Ronnie não pôde comparecer ao show (NR: dizem as más línguas que foi proibido pelo Ritchie Blackmore, que já o havia convidado a fazer parte do Rainbow). O Roger achou que a voz que se encaixaria melhor nessa música, na ausência dele, seria a minha... Bem, foi uma grande experiência, me apresentar junto a Ian Gillan, Glenn Hughes, David Coverdale, Jon Lord, Twiggy (risos)... Tantos músicos bons juntos! Eu cantei "Little Chalk Blue", e em "Love Is All", que foi tocada no bis, eu acabei cantando com o David e com o Glenn, dividindo o microfone... Demais! A noite passou muito rápido, minhas memórias sobre ela são meio nebulosas hoje em dia, mas é algo de que eu nunca irei me esquecer...

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Voltando ainda mais no tempo (1969), como um músico inglês como você foi ser convidado para se juntar ao Lucifer’s Friend, uma banda alemã?

John Lawton: Eu apenas estava no lugar certo, na hora certa (risos). Eles estavam buscando um vocalista que cantasse bem em inglês, e por coincidência eu estava em Hamburgo na época. Eu fui convidado a me juntar, e o resto é história...

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Já perguntei quais os seus favoritos do Heep... E acerca do Lucifer’s Friend, alguma preferência?

John Lawton: "Banquet" é e sempre será o meu álbum favorito. Mas os outros são muito bons também. Eu acho que nós éramos bastante criativos, mas um pouco avançados demais para o nosso tempo. Se tivéssemos lançado aqueles discos alguns anos depois, teríamos tido muito mais sucesso.

Dos seus discos solo, qual você considera o melhor? E qual música?

John Lawton: "Still Paying My Dues To The Blues" é o meu favorito, é um disco tão bem produzido... As suas músicas não são propriamente blues, mas são muito boas. Em adição, eu consegui cantar uma das minhas músicas preferidas em todos os tempos, "Try A Little Tenderness" (de Otis Reading). Robert Papst (NR: produtor), fez um grande trabalho em Munique para o álbum.

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Há alguém com quem você gostaria de trabalhar, mas que nunca tenha trabalhado junto até agora?

John Lawton: Talvez o Paul Rodgers, mas ele está bem atarefado no momento com o Queen. Ele é um dos meus vocalistas prediletos. Eu já trabalhei com tantos músicos excelentes em todos esses anos, que não posso reclamar de nada.

Falando um pouco agora sobre suas atividades atuais... Como o projeto OTR foi concebido?

John Lawton: Bem, como você sabe, inicialmente com a sua própria ajuda, que me colocou em contato com o Jan Dumée. Você já é meu amigo há anos, e conhece bem o Jan também já há um bom tempo. O Jan veio a Londres me encontrar, nós conversamos e eu gostei dos planos e idéias que ele tinha, além de termos nos dado bem pessoalmente. Nós resolvemos fazer uma tentativa, e até agora tem funcionado muito bem.

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Qual a história por trás do nome da banda?

John Lawton: OTR é a versão reduzida de "On The Rocks", que por sua vez é uma derivação do nome "Rio On The Rocks" (NR: título do disco solo que Dumée lançou em 2005). Infelizmente para nós, o nome por extenso já vinha sendo utilizado por uma banda brasileira, e mesmo sem sabermos se ela ainda estava na ativa, decidimos utilizar a sigla OTR.

Como você e o Jan desenvolveram as músicas do disco de estréia?

John Lawton: Basicamente, o álbum "Mamonama" foi composto a partir de uma combinação das idéias musicais incipientes do Jan, que foram desenvolvidas e assim tudo decolou. Várias músicas foram baseadas em torno de coisas que ele havia escrito para guitarra solo, que normalmente não é o melhor instrumento para isso. Entretanto, o "feeling" estava correto para mim, e com algum tempo desenvolvemos as idéias do Jan para se tornarem músicas, canções. Isso é o que o álbum é, uma coleção de canções...

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Como os diferentes passados musicais de vocês influenciaram e ajudaram a definir as músicas?

John Lawton: Ah, muito. A influência da música do Focus, por exemplo, é muito grande, mas sempre num aspecto positivo, sem soar como mera cópia. Também o meu "background" de rock e blues teve grande papel no desenvolvimento do disco. Eu tentei trazer harmonias vocais para as canções, que deram a elas uma nova dimensão. Eu creio que as influências de jazz do Jan e o meu próprio estilo vocal funcionaram muito bem juntos.

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Você mudou alguma coisa no estilo das suas letras neste CD, no sentido de adequá-las ao novo esquema musical?

John Lawton: Não, não muito. Por exemplo, eu escrevi a letra de "Hello" como algo bastante pessoal. É sobre minha mãe e sua doença, o Mal de Alzheimer, e como ela deve ter visto o mundo, sem me reconhecer mais, ou aos outros da nossa família. Eu acho que escrevi letras bastante diferentes para certas músicas, que "precisavam" delas. De uma forma geral, eu estou muito satisfeito com o resultado final.

Como você definiria o estilo de tocar guitarra e de compor do Jan? Ele é muito diferente dos demais guitarristas com quem você já tocou no passado, como Mick Box (Uriah Heep) e Peter Hesslein (Lucifer’s Friend), por exemplo?

John Lawton: Eu acho que o Jan poderia ser mais facilmente comparado ao Peter Hesslein. Ele possui aquele feeling meio jazz/blues ao tocar. Já o Mick Box é mais um típico guitarrista de rock. Cada um deles, muito bom dentro do seu estilo. Eu gostaria de poder tocar do jeito que qualquer um deles toca (risos).

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Como os 3 músicos brasileiros (Xande Figueiredo – bateria; Marvio Ciribelli – órgão Hammond e piano elétrico; Ney Conceição – baixo) foram envolvidos no OTR? O que você poderia nos dizer sobre as performances deles no CD?

John Lawton: Yeah... Ney, Xande e Marvio... Excelentes músicos, que o Jan convidou para o projeto. Eles gravaram suas partes no Rio, logo eu ainda tenho que conhecê-los melhor. De qualquer forma, o sentimento e o groove que eles colocaram no álbum são ótimos, perfeitos para o OTR...

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Comparando com os seus projetos mais recentes, durante os últimos 10 ou 15 anos, que foram mais para os lados do blues e do hard rock, o OTR apresenta um estilo mais abrangente e eclético, incluindo influências progressivas e de jazz. Como isso ocorreu? Você está feliz com o resultado final, nesse sentido?

John Lawton: Sim, muito feliz. Eu sempre tentei fazer algo diferente com cada projeto, dando aos fãs algo novo. "Mamonama" é certamente isso, algo novo. Na minha idade, eu posso tentar algo inusitado. Mesmo um cara como o Robert Plant está soltando material diferente, que não se encaixaria no Led Zeppelin. Mas o material é bom, logo, por que não?

"Mamonama" foi gravado em diferentes locais, como Rio de Janeiro, no Brasil, e Rotterdam, na Holanda. As sessões de mixagem e a masterização ocorreram no Mosh Studios em São Paulo. Por que acabou ocorrendo desse jeito, e quão difícil foi de equacionar tudo?

John Lawton: Na verdade, não foi difícil de se coordenar tudo. O Jan e eu trabalhamos nas músicas preparando demos, de forma que teclados e demais arranjos estavam basicamente lá. Eu estava envolvido com shows na Europa na época, então foi acertado que o Jan iria ao Brasil para cuidar das gravações das bases com Xande, Marvio e Ney. Isso me deu tempo para finalizar tudo em relação às melodias e às letras. Quando o Jan retornou do Brasil, eu já tinha tudo preparado, logo foi apenas o caso de eu ir a um pequeno (mas bacana) estúdio em Rotterdam, e gravar os vocais. Após eles serem completados, Jan voltou ao Brasil e cuidou da mixagem final no Mosh Studios, mas foi me enviando MP3’s de todas as músicas para eu ir acompanhando e sugerindo modificações, e no final ficou tudo muito bom.

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Voltando à questão do título do CD, "Mamonama". De onde vem o nome?

John Lawton: "Mamonama" é apenas um lugar fictício, onde qualquer um pode ir para realizar seus sonhos. Você apenas deve conseguir pegar o trem...

O disco vai ser lançado em 10 de outubro deste ano pela Lion Music na Europa, com distribuição ocorrendo na América do Norte também. Alguma definição ou perspectiva para outros países?

John Lawton: Se tudo der certo, quando esta entrevista estiver publicada nós já teremos uma data de lançamento na América do Sul. E se formos bem, dependendo da receptividade que o álbum tenha, vamos tentar lançá-lo no Japão e na Austrália.

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Quais os planos para o futuro?

John Lawton: Sair por aí e divulgar "Mamonama", tocar bastante ao vivo para promovê-lo.

Alguma chance de shows no Brasil? Você especificamente nunca esteve por aqui...

John Lawton: Eu adoraria ir ao Brasil, talvez com o OTR e a conexão brasileira eu irei finalmente conseguir...

Você está freqüentemente se apresentando em países europeus, cantando normalmente clássicos do Uriah Heep junto a músicos convidados. Você aprecia fazer isso tanto quanto cantar material novo? Ou você preferiria concentrar seus esforços apenas em novos projetos como o OTR?

John Lawton: Eu gosto de participar desses shows sim. As músicas do Uriah Heep são ótimas canções e eu sou um cantor, isso é o que eu faço. Também é ótimo me apresentar junto de pessoas com quem eu nunca havia cantado junto anteriormente. É claro que a partir de agora eu irei me concentrar mais em shows com o OTR, quanto mais nós tocarmos para o público, melhor ficaremos... Mas eu ainda adoro cantar as músicas do Uriah Heep.

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Desde o fim do século passado você tem se envolvido com convenções de fãs do Uriah Heep. O que mais te motiva a se juntar a tais eventos, o contato e o feedback dos fãs?

John Lawton: Os fãs são certamente a motivação, eu acabei conhecendo um bom número deles pessoalmente, e eles se tornaram amigos, e então eu tento retribuir com algo, mesmo que pequeno... A primeira convenção de que eu participei foi em Myrtle Beach (EUA) em 1999, e lá eu conheci vários fãs com quem eu somente me comunicava pela Internet até então. A próxima, que eu ajudei a organizar, foi em 2000 em Londres, e aquela foi super-especial. Nós convidamos ex-integrantes da banda e eles apareceram, o que foi demais (NR: os bateristas Iain Clarke e Alex Napier, o baixista Paul Newton, e o tecladista/guitarrista Ken Hensley). Eu também convidei o Ken Hensley para tocar comigo, e então nós montamos uma banda que incluía o Paul Newton no baixo e alguns caras da minha banda na época (NR: GunHill). O show que nós fizemos lá foi gravado e lançado com o nome de "The Return", e nós excursionamos pela Europa como "The Hensley Lawton Band". Desde então, mais convenções ocorreram na Holanda e na Alemanha, e eu também viajei para o Japão para cantar para os fãs japoneses...

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Agora em setembro, em Granada na Espanha, outro evento desse tipo (Heepvention 2008) vai acontecer, e você é novamente um dos organizadores. O que está planejado?

John Lawton: Novamente os fãs são a motivação. Eles têm pedido por outro evento desse tipo, com ex-integrantes do Heep, desde o que ocorreu em 2000. Logo, um grande amigo meu, Alan Keetley, e eu decidimos que organizaríamos mais uma convenção, só que dessa vez na Espanha, onde eu tenho minha segunda casa. O Alan mora perto de Granada, portanto nós achamos que seria o local ideal para fazermos mais um evento. Nós planejamos, como fazemos em todas as convenções, para que os fãs que vêm de todos os lugares do mundo também tenham a chance de tocar as músicas que eles tanto amam, organizando "jam sessions". Novamente, convidamos o Ken Hensley e o Paul Newton, com o bônus extra da participação do Lee Kerslake (que deixou de ser o baterista do Heep recentemente) desta vez, e ainda o Jan Dumée na guitarra. Logo, na última noite, a banda com Hensley, Lawton, Newton, Kerslake & Dumée irá apresentar uma seleção de clássicos do Uriah Heep. Há tantas coisas planejadas... O evento irá durar 3 dias, logo não teremos apenas música do Uriah Heep. Uma trupe tocando flamenco foi contratada para tocar lá, logo todos terão um pouco de contato com a cultura local também. E os fãs irão querer conhecer alguns locais na Espanha... No meio de toda essa música. Além disso, vamos organizar sessões de "Qs & As" (NR: "Perguntas e Respostas"), sorteios, venda de raridades, todos os tipos de coisas. E ainda há a chance dos fãs conhecerem outros fãs, de diferentes partes do mundo. Alan e eu viemos planejando o evento há 18 meses, portanto esperamos que seja um sucesso tão grande quanto o de 2000!

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Mais informações:
John Lawton – official site: www.johnlawtonmusic.com
OTR – official site: www.otr-band.co.uk
Heepvention 2008: www.heepvention2008.com

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Sobre Rodrigo Werneck

Carioca nascido em 1969, engenheiro por formação e empresário do ramo musical por opção, sendo sócio da D'Alegria Custom Made (www.dalegria.com). Foi co-editor da extinta revista Musical Box e atualmente é co-editor do site Just About Music (JAM), além de colaborar eventualmente com as revistas Rock Brigade e Poeira Zine (Brasil), Times! (Alemanha) e InRock (Rússia), além dos sites Whiplash! e Rock Progressivo Brasil (RPB). Webmaster dos sites oficiais do Uriah Heep e Ken Hensley, o que lhe garante um bocado de trabalho sem remuneração, mais a possibilidade de receber alguns CDs por mês e a certeza de receber toneladas de e-mails por dia.
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