Michael Romeo: "Ready to rock, man!"
Por Rafael Carnovale
Postado em 23 de maio de 2007
Finalmente o Symphony X retorna com um novo CD de estúdio. "Paradise Lost" traz uma sonoridade mais pesada, crua e direta, mas sem nos fazer esquecer do prog-metal que marcou os últimos lançamentos da banda de Michael Romeo (guitarras), Russell Allen (vocais), Jason Rullo (bateria), Michael Pinnella (teclados) e Michael Lepond (baixo). Conversamos com o simpático Romeo, que antes de tudo mostrou-se muito empolgado com o novo CD, e com os shows no Brasil que ocorrerão em junho.
WHIPLASH! – "Odyssey" foi lançado quase cinco anos atrás. Porque a banda levou tanto tempo para lançar este novo CD?
Michael Romeo – Bem, antes de tudo devo esclarecer que a "tour" de "Odyssey" foi muito longa, talvez a maior que já tenhamos feito. Precisávamos de um tempo para descansar. Só fomos dar início aos trabalhos para este novo CD em 2005, mas logo tivemos que parar porque fomos convidados para a "Gigantour" (turnê idealizada por Dave Mustanie do Megadeth), que não poderíamos recusar. Só fomos começar a escrever algo no fim de 2005, e para ser sincero pusemos muito de nós neste CD. Logo foi um período muito duro de composição e ensaios, já que estávamos apostando tudo neste novo trabalho.
Michael Lepond teve alguns problemas de saúde em 2006 e precisou ser submetido a uma cirurgia. Ele estará recuperado para a turnê de "Paradise Lost"?
Com certeza! Ele está bem melhor. Michael teve uma doença chamada "Síndrome de Crown", da qual não sei porra nenhuma (um tipo de problema que afeta as articulações), e precisou se afastar para um tratamento longo, que incluiu a cirurgia. Ele não queria retornar enquanto não estivesse 100% seguro de que estava em sua melhor forma. De fato ele já nos mostrou que está "READY TO ROCK" (RISOS). É uma merda esse tipo de problema, porque não acontece como uma ripe ou resfriado.
Sem sombra de dúvidas "Paradise Lost" é diferente de "Odyssey" que por usa vez foi diferente de "V". Como você analisa esta comparação?
HELL YEAH! (RISOS). Eu diria que compará-los é comparar a água com óleo! É algo que só podemos entender quando pusermos o CD para ouvir. É diferente, aliás, como todos os outros foram. Mas neste caso quisemos procurar um som mais heavy, mais direto, mais influenciado pelo Led Zeppelin. Sinto que cada canção que gravamos ficou espetacular, destruidora, com melodias fortes.
Algumas músicas soam mais compactas, com duração menor do que 10 minutos...
Com certeza. Esse era nosso objetivo. Sempre fizemos músicas com mais de 9 minutos. E achamos que momentos mais curtos, entre 5 e 6 minutos, com mais guitarras e balanceando os teclados, ficariam sensacionais.
Tanto Russell como Michael lançaram projetos paralelos e/ou álbuns solo. Isso chegou a influir diretamente na composição do novo CD?
Em quase nada, devo dizer. Creio que eles encararam estes projetos mais como um tipo de diversão, algo que não rolaria com a banda. Estou certo que o desempenho de Russ neste CD teve a ver com seu trabalho solo, mais voltado para o rock anos 70, mas não creio que tenha sido algo influente quando escrevemos os temas.
Mesmo que a banda promova mudanças de sonoridade em seus trabalhos, pode-se dizer que as raízes do Symphony X estão focadas no metal progressivo. Você pensa em expandir esse trabalho no futuro?
É difícil comentar sobre isso... nós sempre escolhemos o que vamos fazer em cada CD, seguindo nossas influências e o que queremos incorporar. Neste momento sentimos que precisávamos fazer algo mais cru, mais heavy, mais na linha de bandas como Sabbath, Priest, e quem sabe até o Slayer (RISOS). Não queria apenas algo na linha do "speed" metal, mas sim uma sonoridade mais completa no tocante a heavy metal, com muito "driving" e muitas guitarras. Um som mais na cara, mais direto.
Russell esteve envolvido no CD "The Battle", juntamente com Jorn Lande. O que você achou deste trabalho?
Para ser sincero nem me lembro se ouvi. (RISOS) Talvez tenha ouvido alguma coisa, mas não estou certo.
Muitos fãs associam o Symphony X ao Dream Theater, comparando as bandas. O que você acha disso?
Acho que o Dream Theater tem músicas fodas. São caras que respeito muito, além do que temos muitas influências em comum, como o Kansas e Rush. Não é algo ruim.
Aqui no Brasil isso acontece em muitos momentos ...
É algo normal. Aconteceu com "Odyssey" e estou certo que acontecerá com o novo CD. Porém creio que "Paradise Lost" ajudará a mudar esse quadro. Claro que podem fazer a comparação pelo fato de gostar de ambas as bandas de prog-metal, mas somos mais ligados ao Rush, principalmente nas guitarras.
Você vem sendo comparado a guitarristas como Yngwie Malmsteen e Jason Becker. Eles realmente te influenciam? E o que você diria aos fãs que o vêem como um ótimo solista, mas esquecem que você também faz bons "riffs"?
Isso irá mudar com o novo CD. Concentrei-me mais nos "riffs". No passado acho que eu tinha mais influência, afinal era jovem e era "cool" soar rápido e emitir milhões de notas por segundo. Claro que Yngwie, Al Di Meola e Jason foram importantes para mim, mas vejo caras como Tony Iommi muito mais influentes para o guitarrista que sou hoje. Tony é o mestre dos "riffs". Amo cada nota que ele toca. Procurei trazer essa agressividade para o novo CD, deixando-o bem mais selvagem.
Você já pensou em usar guitarras mais clássicas como Fenders ou Gibsons? Acha que elas poderiam casar com seu estilo?
Na verdade nem me importo com isto. Uso uma ESP agora, e ela me serve perfeitamente. Sempre procurei me adaptar ao equipamento que tinha em mãos, nunca desejei que uma guitarra se adaptasse a meu estilo. Mesmo para gravar eu uso o que tiver disponível. Por curiosidade, a primeira guitarra que toquei era uma Fender.
Esta é a segunda vez que vocês vêm ao Brasil. O que você se lembra de sua última (e única) turnê?
Faz um tempão! (RISOS). Foi muito legal. Os fãs foram sensacionais. Lembro-me de ir aos lugares e ver várias pessoas do lado de fora nos esperando. Era louco e sensacional ao mesmo tempo. Além do que eram os últimos shows da turnê que estávamos fazendo, e não haveria melhor forma de encerrar um giro mundial. Ainda estamos fechando outras datas, mas temos planos para um giro extenso em 2007.
Depois de 7 CD´s de estúdio e um CD duplo ao vivo vocês pensam em gravar algo para um DVD?
Acredita que tenho recebido muitos emails nos pedindo um DVD? Gostei quando fizemos o CD ao vivo, pois nos retrata bem como banda de palco, mas o DVD vai contra uma coisa que considero primordial na banda: para valer a pena todo o trabalho de gravar um DVD precisaríamos fazer um show com muitos efeitos, algo especial, com muita produção de palco e todas essas coisas. Só que eu sempre achei que o importante é ter a banda no palco e tocar as músicas com som e luz decente. Não sei, mas acho que iremos fazer algo e se fizermos sairá ainda este ano, creio.
Michael, obrigado pela entrevista e nos vemos no Brasil!
Wow, eu que agradeço. Diga aos fãs que estamos loucos para retornar. "READY TO ROCK, MAN!".
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