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Shadowside: Vocalista comenta o lançamento de "Theatre Of Shadows"

Por Rafael Carnovale
Postado em 03 de abril de 2006

O quinteto Shadowside iniciou atividades em 2000. Formado por Dani Nolden (vocais e teclados), Ricky Slater (guitarras), Bill Shadow (guitarras), Lucas de Santis (baixo) e Fábio (bateria, que substituiu AS Rock) a banda teve um início triunfante, com o EP homônimo obtendo boa resposta e convites para abrir shows do Nightwish, Primal Fear e Shaaman. Só que problemas com seu antigo selo acabaram emperrando o lançamento deste CD em quase 3 anos. Agora, escorados pela Seven Music, a banda finalmente lança "Theatre Of Shadows", com uma proposta heavy tradicional e escorado pelo bom vocal de Dani, que foge do lirismo ou da postura gótica, optando por ser uma cantora de rock antes de tudo. Prestes a abrir os shows do Helloween no Brasil (marcados para o fim de março), batemos um longo papo com Dani, e você pode conferi-lo integralmente logo abaixo.

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Este CD começou a ser divulgado há um bom tempo na mídia especializada, mas só agora está chegando as mãos do público. Porque a demora em lança-lo, desde que surgiram as primeiras notas em revistas e na internet?

Dani Nolden - Principalmente por causa dos problemas com a Frontline Rock. Nós deveríamos ter entrado em estúdio no final de 2002, mas essa data foi adiada para o meio de 2003. Depois que começamos a gravar, tivemos várias discussões com a produção, porque a gravadora tinha uma idéia da linha que a banda deveria seguir, mas que não era o que queríamos. Os produtores, contratados pela Frontline, tinham que seguir as ordens deles. Nós acabamos refazendo praticamente tudo que foi gravado nesse período, para que as músicas ficassem como deveriam, com a nossa identidade e no estilo que queríamos fazer desde o início. Liberdade artística é fundamental para os meninos e eu, nós nunca vamos fazer música que não gostamos apenas porque certo estilo é mais vendável. Depois de várias reuniões, decidimos reiniciar o trabalho com um novo produtor, Fábio Haddad, mas infelizmente o selo teve problemas financeiros e ficamos presos a eles por quase dois anos, sem poder terminar o trabalho e fazer shows, porque não tínhamos o álbum para iniciar a turnê. Foi um período morto para a Shadowside, mas foi um grande aprendizado para nós. Nos ensinou a manter a união em momentos difíceis.

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A banda passou por vários problemas com seu selo anterior, o que atrasou o planejamento para "Theatre Of Shadows". Nesse tempo todo em que o lançamento esteve, digamos "emperrado", vocês prepararam algo novo que acabou entrando no CD?

Dani Nolden - Sim, a banda amadureceu muito nesse período, então fizemos vários arranjos novos e chegamos até mesmo a gravar músicas novas. No final, acho que o atraso acabou sendo uma coisa boa, porque dois anos de evolução musical fazem uma grande diferença para qualquer músico e o resultado não teria sido o mesmo sem essa experiência. Também colocamos muito do sentimento que tínhamos na época, nesse álbum. Toda a energia e vontade de tocar, toda nossa frustração e ao mesmo tempo alegria, porque finalmente estávamos de volta no estúdio. Por isso, esse material é tão intenso.

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E como se deu o contato com a Seven Music? Vocês não temem que a pressão de um selo ligado a uma major como a Universal possa ser prejudicial a uma banda que está lançando seu primeiro CD?

Dani Nolden - Não, eu acho que isso nos dá mais tranqüilidade, porque sabemos que nossa gravadora tem uma grande estrutura e podemos fazer nosso trabalho sem preocupações com a função de outras pessoas. Podemos simplesmente fazer nossa música relaxados, sabendo que o álbum está sendo distribuído em todo o Brasil e em mais de 20 países. O que me preocuparia, seria ter a major forçando a banda em uma direção musical que nós não queremos, mas como nós temos total liberdade para decidir o que fazemos com nossa arte, acho que eles podem ser grandes parceiros. Eles gostam da banda, acreditam em nós e por isso aceitamos a proposta deles. Eu não me sinto pressionada, porque nunca prometi resultados a eles. Não assinaria uma gravadora que não está preocupada em desenvolver o artista, e sim em ganhos imediatos. Eu quero apenas tocar e gravar discos, seja pela Universal Music ou por um pequeno selo. Vendendo dez ou um milhão de cópias, eu quero apenas poder fazer meu heavy metal e viver minha música.

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Curiosamente a banda já vem escorada por excelentes reviews de shows, com destaque para as aberturas para o Nightwish em 2002 e o Primal Fear em 2004. Comente como foram aqueles shows, e o sentimento de estar pisando em palcos grandes e tocando para um público maior?

Dani Nolden - Na verdade, o show com o Primal Fear também foi em 2002 (NR: Dani está certa, erro deste que vos escreve). Foi um ano incrível para nós, porque estávamos apenas começando, fazendo nossa primeira turnê juntos. Esse show com o Nightwish foi nosso sexto show como Shadowside, eu tinha apenas 19 anos, Ricky tinha 17, foi uma pressão enorme para nós. Nós não tínhamos idéia de como seríamos recebidos pelo público e foi uma surpresa maravilhosa, eles foram incríveis! Quando você começa um projeto e vê seu trabalho aplaudido por 7.000 pessoas no Credicard Hall, por um público que estava lá para ver uma banda consagrada, é emocionante, recompensador. Eu quis abraçar cada uma daquelas pessoas (risos). Eu vejo cada fã como um grande amigo, porque eles são os grandes responsáveis pelo sucesso das bandas e o mínimo que devemos a eles é nossa gratidão. Com o Primal Fear, nós estávamos apreensivos, porque era um público diferente, eu não sabia como reagiriam a uma mulher cantando, apesar de meu estilo ser totalmente diferente do que é comum ao vocal feminino. Mas também foi um grande show, encontramos um público que nos recebeu muito bem e uma banda muito respeitosa com nosso trabalho, isso é muito importante quando você está em início de carreira.

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"Theatre Of Shadows" é um trabalho antes de tudo de heavy metal. Mas nota-se que existem influências de hard, e até prog em algumas passagens. Como vocês definiram qual rumo tomar em cada música? Como é o processo de composição?

Dani Nolden - Nós realmente temos uma grande influência de hard rock e de vários estilos diferentes. Nós gostamos muito de experimentar novos elementos, mas sempre vamos ser uma banda de heavy metal. Nós deixamos a música fluir naturalmente, nunca pensamos que temos que escrever de uma forma específica. Acredito que a Shadowside soa dessa forma, porque arranjamos todas as músicas juntos e acho que a combinação da personalidade de todos os membros resulta no que somos hoje.

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"Highlight" é um exemplo de hard-metal de alto nível. Sua voz soa rasgada, agressiva e com uma vibração que me lembra Wendy Willians do Plasmatics. Você chegou a cogitar investir no canto lírico?

Dani Nolden - Nunca! Quando eu comecei a cantar hard rock e heavy metal, nem imaginava que existia essa mistura. Na verdade, acho que não existia mesmo (risos). Eu aprendi a cantar com os homens, escutando vozes forte e cheias de atitude, sempre quis cantar dessa forma e meu estilo se desenvolveu naturalmente nessa linha, especialmente por causa do meu timbre. Eu acho canto lírico muito bonito, adoro música clássica e a mistura do erudito com o heavy metal, mas não é o que eu cresci escutando e nunca pensei em fazer o mesmo. Respeito muito quem faz, mas não é parte de minha personalidade como cantora.

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Já "We Want A Miracle" é mais voltada para o metal anos 80. O cenário heavy atualmente vem buscando suas raízes, se distanciando do chamado metal melódico, que inundou nossos ouvidos nos anos 90. Como o Shadowside se posiciona neste momento com relação a essas mudanças. Isso tem afetado a banda de alguma maneira para os próximos lançamentos?

Dani Nolden - Não, nós não temos medo de experimentar com elementos mais modernos, como as guitarras em afinação bem baixa como na própria "We Want a Miracle", mas também adoramos o heavy metal tradicional oitentista. Nós não nos preocupamos muito com o que o resto do mundo está fazendo, somos meio distraídos (risos). Fazemos apenas o que vem naturalmente para nós, tocamos como amigos o que gostamos, isso acaba em um heavy metal moderno, mas sem perder as raízes. O estilo estava precisando de um fôlego novo, porque está na hora de colocá-lo no topo de novo. Acredito que nós podemos ajudar a fazer isso, mas não sozinhos. Temos grandes bandas no cenário e tenho certeza que cada vez mais talentos vão aparecer. É hora de fazer o heavy metal ser destaque no mundo de novo, como foi nos anos 80. A única forma de fazer isso, é mantendo a autenticidade, sem preocupações com o que está fazendo sucesso ou não, especialmente para uma banda nova. Nós temos muito para provar e isso não pode acontecer da noite para o dia, seguindo uma tendência do mercado.Tem que ser provado com uma carreira longa,muito trabalho duro e identidade própria.

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Já "Queen Of The Sky" é um hard-rock, aonde se destacam os teclados e o vocal mais suave. Uma vocalista em banda heavy é muito associada ao estilo gótico. Antigamente um fato muito comum era a comparação com Tarja Turunen, por ter sido uma das primeiras a aparecerem na modalidade lírica. Quais são suas influências e o que você vem ouvindo para se desenvolver como vocalista?

Dani Nolden - Estou ouvindo muito Queen ultimamente, quase todos os dias. Redescobri essa banda, sempre os achei maravilhosos e voltei a escutar recentemente. Mas minhas grandes influências são cantores como Sebastian Bach, Andi Deris, David Lee Roth, Paul Stanley... e bandas como Deep Purple, Judas Priest, entre várias outras. Queen of the Sky é uma música muito especial para mim, tem muito de meu sentimento e experiências nela. Ela é muito emocional e acredito que muitas pessoas se sentiram de forma parecida em algum ponto da vida, imagino que vão se identificar com essa música. Essas passagens mais suaves na música eram totalmente necessárias, mas antes de entrar em estúdio, nem eu sabia que conseguia fazê-las (risos). Os rapazes estão comentando que aquela passagem é sexy, mas não deveria ser, não era minha intenção (mais risos). É um dos motivos que me fazem adorar o trabalho de gravação, adoro explorar os novos horizontes e tentar coisas diferentes com minha voz. Não existem limites para a criatividade e sempre é bom tentar aprender algo, arriscando com algo que não estamos acostumados a fazer.

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O trabalho de Bill e Ricky está muito bom e bem coeso, como mostra a faixa "Tonight". Como eles trabalham a divisão de riffs e solos?

Dani Nolden - Eles também fazem isso naturalmente. Quando estamos fazendo os arranjos, quem tem a iniciativa de tocar aquele riff ou solo, acaba gravando. Eles também tem características bem diferentes, então acredito que eles tocam o que sentem que se encaixa melhor no estilo deles. É importante que a dupla de guitarras tenha um bom entrosamento, porque em uma banda, não podem ser dois guitarristas solo. Precisa ser um time, precisam soar como apenas um. Felizmente isso não é problema para eles, eles são amigos há muitos anos.

O Shadowside é uma banda que poderia com facilidade gravar uma música em estilo mais agressivo, quase flertando com o thrash, usando como exemplo a agressividade de "Red Storm". Já passou pela cabeça de vocês incorporar algo deste estilo?

Dani Nolden - Sim, na verdade, eu vejo algo de thrash na "Illusions", "Shadow Dance" e na própria "Red Storm". Nós gostamos muito de combinar riffs pesados com melodias marcantes. Eu tenho 12 músicas prontas para o próximo álbum e algumas são ainda mais pesadas. Ainda não vi o material que os meninos estão compondo, mas conhecendo seus estilos como conheço, espero algo bem agressivo nas músicas deles.

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Fábio se juntou a banda para ser o baterista com a saída de AS Rock. Ele tem um "background" musical diferente dos demais membros. Como foi sua integração?

Dani Nolden - Bem, eu acho que ele é mais heavy metal que todo o resto da banda junto (risos). Antes de trabalhar com a Fafá de Belém, ele tocava em uma banda de thrash metal chamada Acid Storm e uma das bandas favoritas dele é Slayer. Inicialmente, ele seria apenas um músico de estúdio, a idéia era gravar o Theatre of Shadows com ele e então ele seguiria com o trabalho de produtor dela e nós encontraríamos um baterista permanente. Mas durante as gravações, ele se mostrou não só um músico fantástico, mas também um cara engraçado, com boa personalidade e se encaixava como uma luva na banda. Ele estava com saudade de tocar heavy metal, então conversamos muito sobre isso e foi apenas uma questão de conciliar a agenda da Fafá com nossa. Acho que com ele, chegamos a uma formação estável e ideal, que buscávamos desde o início da banda.

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Vocês finalizaram o álbum com a "suíte" Theatre Of Shadows, dividida em duas partes. Qual o objetivo com essa divisão e como você analisaria as duas partes desta música?

Dani Nolden - A primeira parte,"Shadow Dance", é um pouco mais poética. A própria música reflete isso, porque não é uma música tão direta, ela tem várias passagens diferentes, todas muito pesadas, mas ela não fica o tempo todo igual. Ela é uma viagem, como a letra dela. Tem muito da história da banda e também de minha ideologia."Shadow Dance" fala sobre a sombra lutando para sobreviver em um mundo cheio de luzes. Isso é minha forma de dizer como pessoas diferentes sofrem para se adaptarem a uma sociedade cheia de rótulos e valores hipócritas e preconceituosos. E como ela foi escrita, cada pessoa pode adaptar a sua própria história de vida, se imaginando dessa forma dentro do "Theatre of Shadows". Pode deixar a realidade por alguns instantes e entrar no teatro, em um mundo só dela e escapar dos problemas por alguns minutos."Here to Stay" é uma música mais direta, para balançar a cabeça, com uma letra bem óbvia, sobre a Shadowside, descrevendo quem somos nós e o que viemos fazer: heavy metal em alto e bom som, nos divertindo e seguindo nosso coração.

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As versões japonesa e americana do CD virão com faixas bônus, inclusive um cover para "Rainbow In The Dark". Porque não incluir tudo na versão nacional?

Dani Nolden - Primeiro, porque a faixa para a versão japonesa é um cover da cantora Mari Hamada, chamada "Don’t Change your Mind" e é cantada em japonês. Isso não faz muito sentido, lançado no Brasil (risos). Nós temos que oferecer esses bônus aos outros mercados, porque o disco vai sair com alguns meses de atraso lá, então as gravadoras estrangeiras pedem material bônus para incentivar o público local a comprar a versão deles e não a brasileira, que já está disponível como material importado para eles. Nós entendemos que os fãs brasileiros podem se sentir um pouco injustiçados por isso, mas eles não foram esquecidos e nós faremos algumas surpresas e lançamentos direcionados ao mercado nacional.

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E fica o ultimato: Toquem "Rainbow In The Dark" na abertura para o Helloween no Rio, senão invado o camarim (RISOS)!

Dani Nolden - Promete??? (risos) Nós estamos ensaiando para esses shows agora, ainda não sei o que vamos incluir no setlist. Mas se "Rainbow in the Dark" não estiver lá, ela estará em nossos shows headline, sem dúvidas.

Indo ao assunto Helloween, vocês estarão abrindo os shows da nova turnê do grupo alemão. Eles passam por uma fase conturbada, com elogios majestosos e críticas ferrenhas ao plano de lançar um novo "Keeper". Como vocês analisam a situação e o que o Shadowside espera destes shows?

Dani Nolden - Eu acho que eles ainda são uma grande banda. Acho que deveriam parar de pegar no pé do Helloween (risos). As pessoas são extremamente duras com eles, eu os vejo lançando grandes álbuns que não são valorizados como merecem, apenas porque eles são Helloween. Claro que é natural que nem todos gostem de tudo, é impossível atingir a unanimidade, mas muitos são mais críticos que o normal, com eles. Eu os respeito muito e acho que estão em grande forma, para mim é uma honra tocar ao lado deles, que foram e são até hoje tão influentes no mercado mundial e na minha carreira. Nós estamos muito ansiosos para voltar aos palcos, especialmente porque vamos tocar em duas cidades que nunca estivemos antes, que são Curitiba e Rio de Janeiro, além de Santos que é nossa casa. A turnê não poderia estar começando melhor para nós, eu estou muito feliz e vamos fazer um show vibrante e cheio de energia, com o prazer de finalmente voltar a tocar ao vivo.

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Outro fato que é perceptível é a influência de André Mattos no seu vocal. Como foi cantar "Painkiller" com ele quando o Shadowside abriu para o Shaaman?

Dani Nolden - Eu acho que André é um grande cantor e ótimo frontman, mas eu não sou influenciada por ele. Eu o respeito muito, sem dúvidas, acompanho a carreira dele há muito tempo, mas se existe alguma semelhança entre nossos estilos, certamente é porque nós dois somos influenciados pelo Rob Halford. Mas foi maravilhoso cantar com ele e com Shaaman, porque quando eu estava tentando formar minha primeira banda, assisti a um show com ele cantando e me perguntei se algum dia alcançaria o que buscava. Isso significou muito para mim, talvez muito mais que eles imaginam. Isso marcou minha carreira, me mostrou músicos profissionais há tanto tempo e tão competentes que tinham o respeito por meu trabalho, foi maravilhoso e inesperado, afinal foi um convite de última hora. Eles são grandes caras, muito simpáticos e não é por acaso que foram agradecidos em nosso álbum. Eu nunca esqueço o que fazem por mim, então não poderia deixá-los de fora.

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E quais são os planos para turnê, agora que o CD já está lançado?

Dani Nolden - A idéia é fazer o maior número de shows headliner que pudermos e alguns em festivais. Estamos preparando um show bem especial, aliado ao cenário de palco e nosso mascote Neo que também é músico! Ele estará no palco e acredito que as pessoas ficarão bem surpresas com o que ele estará fazendo (risos). Também teremos uma encenação na "Red Storm", como uma forma de protesto. Vai ser um momento bem intenso do show, bem impressionante para alguns e vai fazer muitas pessoas voltarem para casa pensando sobre o assunto do protesto, pensando em que podem fazer para mudar o que está acontecendo. Ao menos é o que eu espero. Nada é apenas parte do show, tudo tem um motivo para estar lá e nós queremos trazer o público para dentro do Theatre.

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A banda teve uma boa resposta internacional. Existe algo concreto para o Shadowside, como por exemplo convites para shows? E como o novo álbum está se saindo lá fora?

Dani Nolden - Existem alguns convites, especialmente de países como Peru e Argentina. Nada está confirmado até agora, mas existe a possibilidade. O álbum está sendo muito bem recebido, nesses dois países e no Reino Unido, América do Norte e Central, nós temos recebido ótimos comentários dos fãs estrangeiros, que estão ouvindo as músicas de trabalho nas rádios e por internet. Não sei se realmente vamos investir em turnês headliner fora do país agora, acho mais provável uma turnê com uma banda estrangeira, se as datas coincidirem. Tudo isso ainda está em aberto, também temos a opção de uma turnê curta para entrar logo em estúdio e gravar o segundo álbum. É algo que vamos decidir nos próximos meses.

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Dani, obrigado pela entrevista. Este espaço é seu para deixar uma mensagem aos fãs brasileiros e boa sorte em 2006!

Dani Nolden - Obrigada pelo espaço! Espero que todos gostem do álbum, sei que vocês foram muito pacientes, esperando tanto tempo por esse lançamento. Nós trabalhamos muito duro, estou muito feliz com o resultado final e espero que ele signifique para vocês uma hora de puro "headbanging". Estamos ansiosos para tocar, preparando um show muito enérgico e espero vê-los na estrada em breve!

Site Oficial: http://www.shadowside.ws

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Sobre Rafael Carnovale

Nascido em 1974, atualmente funcionário público do estado do Rio de Janeiro, fã de punk rock, heavy metal, hard-core e da boa música. Curte tantas bandas e estilos que ainda não consegue fazer um TOP10 que dure mais de 10 minutos. Na Whiplash desde 2001, segue escrevendo alguns desatinos que alguns lêem, outros não... mas fazer o que?
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