Matérias Mais Lidas


Stamp
Summer Breeze 2024

Uriah Heep: Entrevista exclusiva com o guitarrista Mick Box

Postado em 09 de outubro de 2002

Por Rodolfo Laterza

Tradução: Márcio Ribeiro

Em seus 30 anos de carreira, o Uriah Heep sempre identificou-se pela abordagem fortemente eclética de seus temas musicais. O novo trabalho segue essa mesma tendência?

Mick / Não posso responder com certeza até estarmos completamente absortos no processo de composição, mas creio que haverá muita inovação neste trabalho.

Uriah Heep - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Rodolfo - Buscar novos sentidos e influências a cada novo trabalho é uma ousadia restrita às bandas oriundas dos anos 70?

Mick / Não. Sinto que se você segue o seu coração, ficando entusiasmado com uma idéia ou canção, você não almejará coisa melhor. Somos, até certo ponto, restritos a escrever dentro dos moldes do Uriah Heep.

Rodolfo - Atualmente, você acha que exista uma certa dificuldade das grandes legendas do Rock de fugirem de referências nostálgicas, justamente pelo tempo de carreira que possuem?

Mick / Eu considero a nostalgia algo bom, que afeta a todos, inclusive nós. Contudo, precisamos caminhar para frente e não nos enclausurar em um período de tempo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Rodolfo - Existe uma harmonia perfeita em conciliar uma imagem personificada com o passado com as tendências vigentes dos tempos atuais, em que há um panorama muito diferente daquele outrora vivido na década de 70?

Mick / Não sei se podemos dizer "perfeito", mas pode haver um certo nível de harmonia, sim. Por exemplo, canções do SOL & SO ficam muito bem ao lado de certos clássicos dos anos 70 do Uriah Heep, quando apresentados ao vivo, é claro!

Rodolfo - A forte presença de teclados sempre marcou a musicalidade do Uriah Heep, com uma sonoridade inconfundível de Ken Hesley. Sua saída, em 1979, criou alguma crise de legitimidade na banda no início, visto que era um dos membros fundadores e responsável por grandes clássicos da banda?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Mick / Não necessariamente, já que na minha visão, o orgão "Hammond" era apenas uma parte do som do Uriah Heep. Nossa grande influência, na verdade, foi uma banda americana chamada Vanilla Fudge, e foi deles que retiramos a base que o Uriah Heep usou para moldar o seu som. Quando Ken saiu, apenas passamos a deixar outros tecladistas vir tocar com a gente, todos amando tocar um Hammond. Os que gostaram e se ajustaram ao espírito do Heep, acabaram ficando, e não alguém que quisesse mudar as coisas.

Rodolfo - Você acha que cria-se uma responsabilidade difícil de compor a cada álbum hits "universais" como Easy Livi'n, tanto para gravadoras quanto para fãs, ante as cobranças que naturalmente surgem quando se atinge o apogeu?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Mick / Não há como duplicar aquilo. Existem sim, boas canções - que foram perfeitas para sua época e por isto se tornam eternas. O melhor é manter distância deste ideal e procurar algo novo, aplicando-lhe um tratamento "Heep".

Rodolfo - O que significou para a banda ser uma das precursoras em focalizar países de cultura política fechada e com identidades culturais resistentes ao modelo de vida ocidental, como Índia e ex-URSS?

Mick / Sempre tivemos esse ideal de pioneirismo dentro do Rock. Desde cedo, nossa política era que, se as pessoas não pudessem ir até a música então, levaríamos a música até elas. Inclusive, foi muito importante sermos precursores disso, para que outros pudessem seguir nosso exemplo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Rodolfo - Alguns críticos entendem que a presença das harmonias de guitarra no Uriah Heep sempre foi complementar ou simplificada frente aos arranjos de teclado na era clássica da banda, quando Ken Hesley era visto como uma espécie de líder. Você concorda?

Mick / Não concordo. Aquela época foi marcada por outras dimensões de nossa música, não devemos confundí-la com o som geral da banda.

Rodolfo - Uriah Heep sempre foi citado pelas bandas da NWOBHM como uma influência notória. Sendo um dos nomes mais influentes dos anos 70, como vocês visualizam seguidores declarados como o Iron Maiden, por exemplo?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Mick / O Iron Maiden é uma banda de grande sucesso e é um grande elogio sermos lembrados como influência, principalmente por eles que oferecem muita energia positiva em suas músicas.

Rodolfo - As passagens acústicas nortearam vários hinos da banda, como Blind Eye, do álbum Magician's Birthday (1972). Existem planos para revisitar trabalhos em formato acústico?

Mick / No momento não. Estamos focalizando nossas energias em um novo álbum agora, portanto, não iremos trabalhar com acústicos por um bom tempo.

Rodolfo - E existe algum projeto para se retomar orquestrações, como foi feito recentemente, ou compor alguma música no nivel de Salisbury?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Mick / Se as composições nos levarem nesta direção, sim. Teremos que esperar para ver.

Rodolfo - Junto com o Deep Purple (em seu álbum Concert for Group and Orchestra, de 1969), vocês foram os pioneiros em explorar arranjos com instrumentos de música clássica mesclados com instrumentos eletrificados. Vocês acreditam que apesar da pouco repercussão (na epoca) do álbum Salisbury, fincaram uma originalidade marcante na história do Rock?

Mick / Com certeza absoluta e somos muito orgulhosos por isso!!!

Rodolfo - Você entende que bandas com um sucesso já reconhecido, com uma experiência latente, como o Uriah Heep, possuem maiores graus de liberdade artística e independência criativa sobrepostas às exigências comerciais de gravadoras? Um passado glorioso cria esse tipo de privilégio?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Mick / Nós jamais assinaríamos com uma gravadora que quisesse apenas um "hit". Veja a lista das "10 mais" e me diga onde poderíamos ser encaixados? Jamais fomos uma banda que procurasse o sucesso instantâneo. Preferimos fazer uma boa música, com substância, e poder durar colhendo os frutos de um ótimo trabalho.

Rodolfo - Existem planos para tocar no Brasil brevemente?

Mick / Adoraríamos tocar no Brasil novamente. Digam aos empresários para nos fazer uma oferta e faremos as malas.

Rodolfo - Para finalizar, obrigada pela entrevista e parabéns pelos sucesso!

Mick / O Uriah Heep agradece e espera vê-los em breve.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bruce Dickinson
Jethro Tull


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS