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Shadow Gallery - Entrevista exclusiva com Gary Wehrkamp.

Postado em 28 de fevereiro de 1999

O Shadow Gallery é uma banda que tem imensamente se destacado no meio do metal progressivo. Com seu terceiro disco "Tyranny" lançado pela Magna Carta (gravadora que está com eles desde o primeiro álbum), o bem-humorado guitarrista/pianista/tecladista Gary Wehrkamp nos concedeu essa entrevista batando um papo descontraidíssimo com a Equipe Whiplash. Confira.

Tradução Haggen Kennedy

Whiplash! / Olá Gary! É um prazer tê-lo aqui!

Gary / Olá, é um prazer estar aqui.

Whiplash! / Falando de grandes nomes, você já sonhou em ser um deles?

Gary / Não ser um deles, mas bater papo junto deles - wow...é um sonho virando realidade [risos] [N.doT.: Na entrevista, os nicks dos entrevistadores da Equipe Whiplash eram de nomes famosos como Malmsteen, Van Halen, Lennon, etc.]

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Whiplash! / Você entrou na banda para ser um músico de apoio em apresentações ao vivo, porém, você acabou se tornando um membro permanente e fundamental, como isso aconteceu?

Gary / Quando eu fiz a audição, eu toquei alguns materiais que eu vinha escrevendo e eles não estavam esperando alguém que escrevesse também, e basicamente não precisavam de outro compositor na banda... mas eu estava trazendo novas coisas à mesa, além de tocar guitarra ou teclado, enquanto nós discutíamos como minha "compensação ao vivo" seria... Eles me chamaram para uma reunião da banda e me apresentaram a oportunidade de entrar nela... e eu disse ‘por que não?’.

Whiplash! / E algum daquele material que você tocou acabou se tornando alguma música do Shadow Gallery? Qual?

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Gary / Bem... na verdade não... O que eu toquei para eles na ocasião, eu não tocaria para muitas pessoas hoje (típica atitude de compositor - "o novo material é melhor" [risos]). Eu toquei para eles uma grande variedade de músicas...talvez apenas um ou dois minutos de cada de muitos estilos diferentes de músicas que eu estava trabalhando... variando de bobas ao pop, ao jazz, ao rock progressivo... não foram muitas, quando eles ouviram uma "música" que eles gostariam de trabalhar, então eles viram que eu era alguém capaz de compor músicas de vários estilos. Porém, uma música que eu escrevi pouco depois de entrar na banda (mas nunca tinha tocado para ninguém da banda exceto para Carl [Cadden-James, baixista] 3 anos depois) era um solo de piano que eu escrevi chamado "Our Last Goodbye" que se tornou "Spoken Words"

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Whiplash! / Que por sinal é um bela canção, muito bonita

Gary / Obrigado

Whiplash! / Falando sobre a "mesa" que você mencionou... vocês são sempre seus próprios produtores, há alguma aversão a produtores ou isto é apenas por que é o modo como a banda trabalha?

Gary / Bem, talvez seja porque nós nunca pensamos em fazer de um outro modo, talvez porque Carl seja um produtor, ou eu seja... nós dois produzimos outras bandas regularmente. Por que não produzir nós mesmos? Porém, como produtor, tenho que admitir que algumas vezes, não importa quem você seja, é sempre bom ter uma opinião "de fora" de como as coisas estão indo... quem sabe, talvez no futuro nós sigamos esse caminho, mas para uma banda como o SG, e o estilo de música que nós criamos esse tempo todo, a produção é um papel muito importante. O elemento criativo teria que ser de alguém que estivesse totalmente em sincronia com o que nós estivéssemos fazendo... isso é difícil, eu tenho certeza que em alguns aspectos nós podemos sofrer, mas em outros nós nos beneficiamos, por produzir nós mesmos.

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Whiplash! / Mudando o assunto um pouco...Por que Kevin deixou a banda? Aconteceu amigavelmente? Ele ainda mantém contato com alguém do SG?

Gary / Bem... Kevin tinha suas próprias coisas rolando o tempo todo. Ele mora mais ou menos perto de nós, e foi meio que uma escolha de úlitmo minuto para "Carved In Stone" (sem ensaios). Ele ficou muito interessado no projeto, e mostrou interesse em continuar também, mas ele também é muito ocupado, como músico e músico de estúdio. Não foi muito uma "saída", pois foi apenas falta de tempo para fazer outro álbum com ele. É engraçado vocês mencionarem isso, eu estava hoje pensando em ligar pra ele para dizer um alô. Ele é uma grande pessoa, ótimo baterista, e eu tenho certeza que o que ele estiver fazendo, é boa coisa.

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Whiplash! / E o que você acha do Joe (Nevol)?

Gary / Oh, Joe é excelente. Ele é engraçado - nós nos devertimos muito com ele. Nós estamos em contato constatemente, mesmo quando as coisas estão devagar. É um pouco irônico que Joe tenha tocado na banda de Greg Howe logo antes do Kevin tocar... Joe é realmente talentoso, e é ótimo trabalhar com ele. E o que VOCÊS acham do Joe Nevolo?

Whiplash! / Oh, eu acho ele ótimo, perfeito para a banda. E ele deve estar muito feliz com isso também...

Gary / É, ele também, como Kevin, tocou em vários grandes álbuns, então é difícil dizer se ele considera o SG como sua "casa" como o resto de nós. Mas ele tem mostrado interesse na banda e mantido contato conosco regularmente desde que as faixas de bateria foram gravadas (foi há bastante tempo, Novembro/97)

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Whiplash! / Ele tem um estúdio bem profissional, não tem?

Gary / Sim, se chama BIG BEAT MUSIC, fica ao sul de New Jersey. Ele está ocupado e muito bem sucedido com isso também.

Whiplash! / Vocês têm feito um álbum atrás de outro, sem longas turnês e etc, a banda pretende continuar assim ou vocês querem cair na estrada?

Gary / Bem, algumas vezes o que nós queremos e o que acontece são separados por muitos obstáculos. Nós queríamos excursionar depois de "Carved in Stone". Ensaiamos exaustivamente...mas aí o negócio dos tributos apareceu no nosso caminho - e eu não estou criticando isso, foi ótimo poder participar, mas isso tirou nossa "energia de turnê", por ter que começar a gravar um outro disco. Então, uma coisa depois da outra. Nós estamos de volta ao estúdio, ou eu deveria dizer "ainda trancados" no estúdio... e então você se pega dizendo "o que aconteceu com a turnê?"

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Whiplash! / Gary, ainda falando sobre turnês, deve ser um desafio para o SG fazer apresentações ao vivo, você faz os teclados e guitarras, Carl faz os baixos e solos de flauta, isso significa que além de fazer as suas partes você ainda tem que manter o baixo tocando nos teclados enquanto ele está solando. E ainda tem muitos backing vocals, sem contar a complexidade natural das músicas que o SG traz! Para você, quais as músicas mais desafiantes de serem tocadas ao vivo? Você considera alguma impossível de ser tocada ao vivo por uma banda de 6 membros?

Gary / Eu tenho certeza de que tem algumas que são extremamente desafiantes. Eu posso lhe dizer dos nossos ensaios que algumas músicas, como "Darktown", foram um pouco mais complexas....Há momentos em que precisamos de guitarras solo e base, teclados solo e base, e baixo e flauta. Então, há momentos que eu estou tocando teclado (partes de baixo) com uma mão, e guitarra (Sr. Hammer-ons) com a outra...e isso é muito parecido para Cris em algumas partes. Muitos não sabem disso... Chris é um explêndido guitarrista... sério, muito bom. E muito, muito bom no baixo - eu não estou falando de baixo simples, eu quero dizer que ele pode tocar qualquer coisa... então isso é um benefício também. E Carl também toca teclado, e Brendt é um pianista brilhante, por isso somos sortudos, ainda temos que muito o que explorar disso. Em "Don't Ever Cry Just Remember" por exemplo, eu toco as partes de piano e todos cantamos. Chris faz as cordas, e daí troca para o violão para o chorus. Ele dobra Brendt no solo de guitarra, e eu cubro os outros teclados durante esse tempo, depois trocamos de volta, é muito engraçado.

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Whiplash! / Então, em shows vocês tocam muitos instrumentos? Isso não fica muito confuso?

Gary / Você ficaria surpreso...uma música fácil de tocar é algo como "Ghostship" [risos]. Bem, depois de ensaiar, não é confuso. E nós contamos com MIDI e computadores para trocar os programas para nós. Temos meio segundo onde eu pularia de uma parte de guitarra base para um solo de órgão nos teclados, e algumas vezes simplesmente não há tempo suficiente para tirar o volume da guitarra, e achar o programa e volume correto de órgão antes de trocar, então programamos muito desse negócio... mas quem sabe isso pode mudar, nós podemos querer um meio de simplificar isso.

Whiplash! / Você falou sobre multi-instrumentistas na banda, você mesmo começou sua vida de instrumentista tocando bateria, depois começou a tocar guitarra e mais tarde piano, e ainda toca baixo. Na época do lançamento de "Carved In Stone" você gravou ‘Time’ no "The Moon Revisited (A Tribute to Pink Floyd)" onde você excelentemente gravou todos os instrumentos, sendo um absoluto multi-instrumentista. Você tem a pretensão de gravar álbuns solo? E nos conte um pouco da sua formação musical.

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Gary / Bem, eu tenho material suficiente para uns 70 cd's solo, mas meu foco está no SG. Eu já pensei num disco solo, e ultimamente eu tenho avistado mais num disco "New Age Progressivo"... mas isso plano mais pra frente - algo na linha da faixa 20 escondida no Carved In Stone. Obrigado por comentar, porém dado ao meu tempo restrito e tal, eu não sugeriria que alguma coisa que eu fiz desde o ‘Time’ (Tributo ao Floyd) tenha sido "excepcionalmente tocado". [risos] Falando de formação, eu não tive aulas ou estudos...eu provavelmente seria melhor se eu tivesse feito isso, eu acho.

Whiplash! / Você quer dizer que aprendeu tudo sozinho?

Gary / Sim, auto-didata... mas isso não é tão recompensante como você pode pensar. Eu fiz tudo errado e tive que voltar para corrigir meus infinitos problemas de técnica - ainda estou corrigindo. Eu tenho um longo caminho a percorrer antes de me considerar bom em algum instrumento.

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Whiplash! / Falando de tributos, além do Pink Floyd, você tocou em um ao Rush, um ao Yes e um ao Genesis, certo? Como foi isso? Como você foi convidado para trabalhar nesses tributos? O que você acha deles?

Gary / Foi uma honra! Quero deixar claro que você está falando de algumas de minhas bandas favoritas da adolescência, logo não é como simplesmente dizer "toque essa música cover" - Foi verdadeiramente um tributo, e enquanto alguns acabaram melhores que outros, nós não tivemos tempo de colocar uma produção neles como num álbum do Shadow Gallery. Foi simplesmente um grande prazer fazer parte daquelas bandas, sem contar todos os grandes talentos que aparecem ao nosso lado. Eu não acho, nós não nos achamos uma banda de talento ou estrelas ou qualquer outra coisa, apenas caras que fazem música juntos, e até nos compararmos com Yes ou Rush ou Floyd é uma meta aos meus olhos!

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Whiplash! / Você é o compositor da linda TG94 (a faixa escondida de "Carved In Stone" que você mencionou). Você poderia nos explicar o significado das batidas que precedem a música?

Gary / [rindo] Você gostaria de saber, né?

Whiplash! / Todos nós gostaríamos :)

Gary / Eu provavelmente não deveria... eu nunca falo. Mas eu direi uma ou duas palavras sobre isso essa noite....normalmente nós mantemos um "sem comentários" para essa pergunta... Em primeiro lugar, TG significa Thanks Giving (Ação de Graças), um feriado americano... terceira quinta-feira de novembro - Foi quando eu a escrevi... esperando bem tarde pelo jantar (típico) do meu pai. Eu tinha acabado de comprar meu novo teclado (um Ensoniq TS-12) e essa música foi mais um exercício "aprenda o sequencer" do que outra coisa... eu realmente não pensei muito nela naquela hora. Pensei, porém, no meu caminho, voltar e trabalhar muitos dos pequenos detalhes da peça, e minha namorada na época pensou "Isso é muito bom - eu posso ver uma estória de cinema nela" e escreveu toda essa estória sobre isso, completamente diferente do que eu tinha imaginado... de qualquer forma, nós logo terminamos. E por acidente, a música ficou gravada no meu sequencer. Um dia quando Carl e eu estávamos indo gravar alguns teclados para Crystalline Dream (do "Carved in Stone"), essa música começou a tocar. Eu não liguei muito no momento, e ele se "plugou" na música ao primeiro minuto dela. Quando eu ia apagá-la, ele disse "Não, deixe tocar, é legal", e fez uma cópia DAT dela. Nós nem checamos os volumes ou qualquer coisa, apenas uma rápida cópia em fita. De qualquer modo, ele gostou, e meses depois eu mencionei a ele que gostaria de levar o SG mais naquela direção no futuro, e nós começamos a discutir, até brinquei dizendo que seria engraçado colocar aquela música no cd... e colocamos - secretamente. Não dissemos a ninguém, nem à gravadora, nem a Mike, Brendt, Kevin ou Chris. Eu fiquei um pouco nervoso sobre isso... mas então eu disse, "ok, então, vamos fazê-la uma peça secreta, não listada, não mencionada, escondida". Talvez Mike ou Brendt não soubessem até algumas semanas mais tarde (certo?). Então eu tive algumas outras idéias para batidas. Não posso divulgá-las todas para vocês agora, exceto dizer que as batidas NÃO são sem siginificados... mas provavelmente não significam muita coisa para qualquer um. Há uma grande coisa de numerologia por trás quando ela começa, quanto tempo ela continua, quando a música continua, etc., até mesmo o tempo total da música (ninguém pensou nisso até agora). Porém, eles mexeram na masterização, e o tempo da música é 1 segundo maior na maioria dos cd players, e, bem, eu já disse muita coisa [risos]. Ah!, mas o DAT que Carl fez dela aquele dia não foi a que usamos - ela estava inacabada na época, eu terminei-a umas semanas depois. Pronto, agora acabei! Acho que não deveria ter tomado aquela última cerveja a mais depois do jantar. [risos gerais]

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Whiplash! / Quais são suas principais influências, como guitarrista e tecladista?

Gary / Bem... como guitarrista, eu estava apenas começando quando Chris Alia, um amigo do meu irmão mais velho, veio a minha casa e tocou para mim no meu quarto e isso chocou meu mundo terrivelmente - ele era MUITO bom, o melhor que eu já havia escutado, ainda hoje, o melhor guitarrista, e eu estava em transe por semanas, anos, tentando lembrar tudo que ele tocou e recriar....Esse foi um ponto de virada na minha vida (aos 15 anos de idade)!! Esse cara me fez querer ser totalmente nada mais nada menos que tão bom quanto ele... era impossível pra mim, mas eu sou uma pessoa muito, muito determinada, e desde então eu percebi que as duas coisas mais importantes para um músico são: ser influenciado e influenciar.. e espero que eu continue fazendo as duas... Mas continuando, eu era um grande fã do Pink Floyd. Só que desde o começo, eu sempre fui mais interessado em MÚSICA do que num instrumento. Meu primeiro brinquedo favorito foi um gravador... então tocar guitarra (após ser baterista por vários anos) foi apenas uma evolução para se tornar o que me tornei. E eu não estava feliz em aprender alguns poucos acordes, eu queria saber cada detalhezinho do "Rising Force" do Malmsteen, nota por nota antes de partir pra outra coisa - e, bem, na verdade, eu ainda não faço isso, mas aprendi o suficiente para saber que eu precisava melhorar, e ainda ouço muito dele [N.doT.: de Malmsteen] em mim mesmo hoje, mesmo que seja de uma parte do meu passado que esteja distante de mim. Quanto aos teclados... nunca tive realmente nenhuma influência. Se tive alguma, bem... eu gostava do Jens Johansson. Nunca aprendi muito de nenhum material dele, mas meu estilo natural era parecido. E é engraçado porque eu o conheço (mais ou menos) pessoalmente agora, e ele é incrível, uma grande pessoa e muito formoso. Espero poder trabalhar com ele algum dia (isso QUASE aconteceu em ‘Carved In Stone’). Além disso, Chris Ingles [teclados, piano] foi uma influência daquilo. Quando ele deixou a banda por um tempo, tive que aprender todo o trabalho dele e, na hora, eu era melhor guitarrista que tecladista, então tive que me esforçar um pouco pra ficar bom naquilo. Daí eu realmente tinha que saber seu estilo e técnica. E, estranhamente o suficiente pra mim, era exatamente o que eu estava fazendo, apenas um pouco melhor... então ainda o acho grande (mesmo sendo ele um dos meus melhores amigos agora).

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Whiplash! / E Vitalij Kuprij?

Gary / Recentemente alguém me enviou uma fita com o Vitalij Kuprij e foi a primeira vez que fui inspiradoa praticar - ele é maravilhoso, cheguei a me encontrar praticando novamente. Ele é super talentoso! Vitalij gravou algum material logo mais abaixo na rua onde eu costumava morar, num estúdio onde eu trabalhei um bocado. Eu estava impressionado com aquilo, e seu trabalho é simplesmente fora de série. Na verdade, espero algum dia ser um melhor COMPOSITOR para teclado, porque obviamente eu sou horrível com isso, não é? [risos]

Whiplash! / Quer dizer que Jens Johansson quase tocou no "Carved in Stone" ?!

Gary / Quando o Chris não era mais disponível para o resto das gravações desse álbum, nós consideramos todas as opções. Eu mantia contato com o Jens na época e o perguntei se ele estaria interessado. Ele estava, mas era complicado, pois aconteceu bem quando ele tinha que trabalhar com o Dream Theater, quero dizer, na mesma época, talvez em 6-8 semanas (talvez?) e ele estava fazendo outros projetos, se bem que ele estava interessado o bastante para continuar a me mandar e-mails por um tempo, mas então, eu terminei fazendo a parte do Chris. Bem, eu provavelmente não diria isso. Não vamos elaborar, a não ser por dizer que eu acho que o Jens é um dos tecladistas mais talentosos de nossa época e o acho um músico impressionante. Caras, vocês estão realmente me fazendo falar um monte essa noite, hein [risos]. Ah, será que vocês poderiam se certificar de que alguém consertará meus erros de digitação aqui? Infelizmente, eu teclo como eu toco bateria ou teclados: muito rápido, mas com muitos erros. [risos]

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Whiplash! / não se preocupe, quando traduzirmos, nada disso será notado. Mas mudando um pouco o assunto, o que você acha do primeiro disco do Shadow Gallery, no qual você não toca?

Gary / É um dos meus favoritos. Top 20, talvez Top 10 dos meus discos prediletos de todos os tempos - eu amo. Coloquei-o para tocar em meu carro nove vezes semana passada sozinho [risos]. Aposto que gosto mais dele do que qualquer outro na banda. Meu irmão, Bill, gosta bastante, também. Ele é um dos que me fizeram ficar louco por ele, quero dizer, eu já estava na banda e gostava do debute, mas ele insistia dizendo "cara, você já deu uma escutada naquela ‘queen of the city of ice’ pelo menos umas vinte vezes?", e eu dizia "não, talvez umas cinco...". Aí ele falava "ei, você não está pegando a coisa toda ainda, então". E eu dei mais umas quinze ouvidas e, sabe o quê?, ele estava certo - que música. E é o mesmo princípio aplicado ao CD inteiro e, da mesma forma, tão engraçado como pode soar... eu tentei fazer disso a política para todos os discos do SG, um jeito onde vinte ouvidas sejam recompensadas MESMO. É claro que eles não precisaram de mim para fazer isso!

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Whiplash! / Na minha opinião, ele é muito mais progressivo e menos heavy. O fato de você ter se juntado à banda mudou um pouco o estilo ?

Gary / Não, eu faria alguma coisa mais pro debute, mesmo. Não sou responsável por todo o peso. Pode ser um pouco dele, mas lembre: músicas como a base para "Cliffhanger", e até a maioria do disco já estava sendo gravado na época em que entrei.

Whiplash! / Sobre o disco novo... "Tyranny" tem sido aclamado pelo público e pela crítica especializada como um dos melhores álbuns de 98 entrando no topo com bandas de nome. Como você se sente com isso tudo, essa repercussão?

Gary / Eu gosto agora. Foi difícil no começo, fizemos o disco numa época bem complicada para nós. Sempre é difícil julgar como será recebido e sempre se sai melhor do que tínhamos previsto, então é uma surpresa bem legal. É realmente uma honra - eu nunca espero que alguém tire dele algo que nós colocamos, então quando isso acontece é realmente recompensante.

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Whiplash! / "Tyranny" tem convidados muito especiais: James LaBrie e DC Cooper. O que você acha das participações deles no álbum? Como a banda os contatou?

Gary / Os convidados foram escolhidos com uma grande ajuda da Magna Carta (N.doT.: a gravadora deles). Todos exceto Laura Jaeger - amicíssima minha e ex-colega de banda de anos atrás (tocamos juntos numa banda de rock progressivo no final dos anos 80). O talento deles apenas realça o "Tyranny", quero dizer, se você vai ter cantores adicionais, porque não fazer com os melhores no ramo?

Whiplash! / Depois que ouvi o "Carved In Stone", fiquei muito instigado com a banda e tinha que ouvir o novo disco o mais rápido possível! Visitei o site da internet de vocês várias vezes e li uma vez que vocês queriam soar perfeitos, que queriam ter certeza que tudo soaria do modo como queriam. Vocês alcaçaram o que tinham em mente?

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Gary / Nós temos uma atitude perfeccionista, mas não é algo como uma lei. É por natureza, mesmo. E o pior é que a maioria de nós tem isso. Muitas vezes você vai ter a chance ver um cara ou uma garota numa banda que tem atitudes de grande visão e perfeccionismo, mas o Shadow Gallery é abençoado com vários integrantes assim - não é à toa que poderíamos levar uma década fazendo um disco!

Whiplash! / Notei algumas similaridades entre músicas do "Carved In Stone" e do "Tyranny". Similaridades tanto musicais (como em "Cliffhanger" e "Out Of Nowhere") como líricas ("Alaska" e "Ghost of A Chance"). É apenas coincidência ou há realmente uma conexão entre elas?

Gary / Não, não é coincidência. Em primeiro lugar, no "Carved In Stone", ao final da "Cliffhanger", escrevemos umas notas a lápis de "a ser continuada". E inicialmente, o Brendt [Allman, guitarrista] - quem escreveu toda a base de ‘Out Of Nowhere’ (com o Chris, acho) - a começou como "Cliffhanger Part II", alguma assim. Contudo, quando decidimos fazer um disco conceitual, a linha de história não conseguia encaixar, então ou jogaríamos a música fora ou colocaríamos ela dentro [do disco] - bem, o Carl [Cadden-James, baixo e flauta] escreveu umas linhas vocais muito boas pra ela que funcionaram na nossa nova linha de história, então continuamos com ela. Mas eu concordo com você que é similar, mas agora talvez entendendo um pouco de como aconteceu, você possa entender melhor. Com "Ghost Of A Chance" e "Alaska", é diferente - aqui está a conexão, mas dessa vez intencional. Ouça a estória e figure com as outras músicas antigas do Shadow Gallery e a história toda pega outra dimensão. "Tyranny" é mais que um simples disco.

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Whiplash! / Ok, e já que estamos falando em detalhes (e há vários deles nas músicas do SG), o que é que se fala na "Warcry" alguns segundos antes de "Celtic Princess" e quem diz aquilo?

Gary / Talvez tenha sido eu, nem sei mais [risos]. Bem, talvez fosse alguma coisa como "by and through, the ground was wet and I smiled" [por e através, o chão estava úmido e eu sorri] e eu não posso te contar o que significa, mas te digo que talvez você possa ouvir isso no "Tyranny" também. Olha, eu realmente acho que vocês caras estão levando vantagem em cima de mim agora. [risos]

Whiplash! / Está bem, vamos mudar o assunto agora, então. Você parece estar realmente por dentro de música clássica e ser responsável por arranjos de músicas. Será que veremos um Shadow Gallery com ainda mais arranjos clássicos/orquestrados?

Gary / Eu apenas posso torcer por isso. E eu estou envolvido com escrita [N.doT. de música] clássica, mas não tenho ouvido a coisas do estilo até poucas semanas atrás. Voltei graças a Mozart e aos grandes violinos de Paganini.

Whiplash! / E você gostaria de algum dia contar com uma orquestra de verdade para tocar as partes orquestradas ou preferiria que você mesmo as executasse nos teclados?

Gary / Não sou responsável por todos os arranjos das músicas do SG, mas talvez alguns dos overdubs orquestrados pudessem, se é o que você quer dizer - só quis esclarecer. Eu gostaria de ter uma orquestra tocando o que eu escrevo, contudo não sou nenhum maestro, então preciso de assistência. Nós podemos ver isso no futuro, espero que sim. Eu já estive trabalhando nisso. Paul Chou, violinista, é uma boa opção - ele atuou em "Spoken Words" e "New World Order", então há esperanças de que possamos levar a idéia adiante. Ei, tem um brasileiro amigo que está mandando um alô pro Rio. [risos gerais] (N.do T..: Isso ele falou em português, mesmo).

Whiplash! / Olá, brasileiro amigo. [risos]

Gary / O que significa o que eu acabei de dizer??

Whiplash! / "There’s a brazilian friend who’s sending a ‘hello’ to Rio".

Gary / Ah... mas que safado! Ele acabou de me mandar uma mensagem por ICQ. Eu disse que estava ocupado com uma entrevista com um pessoal do Rio, e ele disse "oh, minha cidade". Então, ele falou aquilo e eu copiei aqui.

Whiplash! / Bem, Gary, vocês fazem música não comercial no país que mais produz música comercial no mundo, o que você acha disso?

Gary / Péssimo. Talvez eu devesse me mudar ou ter outro emprego...? Não, que nada. Eu faço música. Se não posso ser rico, bem, então eu faço música. Não importa o que faça em minha vida, sempre serei um músico e sempre criarei e produzirei música. Dinheiro nunca foi tão importante pra mim. Talvez se eu tivesse muito dinheiro, importasse-me, mas pra mim, agora, eu só faço e sou o que faço e sou. Amor, bondade, dádiva, criatividade - ISTO é o importante. Se eu estivesse no meio musical para fazer dinheiro, eu seria um pop star ou um idiota. Não sou nenhum dos dois (pelo menos espero que não), então faço música para os poucos que a apreciam.

Whiplash! / Nós há pouco falávamos do Rio, você sabe alguma coisa sobre música brasileira (questão típica, né?)? Talvez Heitor Villa-Lobos?

Gary / Não, não. Diga-me algo sobre isso, por favor. Oh, espere, eu conheço uma banda. Angra? Eles são daí, não é?

Whiplash! / Isso mesmo! Angra é brasileira!

Gary / Não ouvi muito, mas conheço o nome

Whiplash! / É, Angra é uma banda grande. E é do Brasil.

Gary / Legal. Ouço dizer que são fantásticos. Se eles representam o país do jeito que vocês representam, então eles devem ser iluminados e excepcionalmente agradáveis!!

Whiplash! / Nossa, obrigado. [risos]

Gary / Espero poder ver o Rio algum dia.

Whiplash! / Realmente esperamos que possa! A propósito, há outra banda brasileira, o Sepultura.

Gary / Ah, sim, conheço / banda realmente grande da Roadrunner!!! Não sabia que eram do Brasil. Nossa, que legal. O Brasil (não apenas por causa do Sepultura) deve ser maravilhoso!

Whiplash! / Venha um dia, e traga a banda também pra tocar aqui.

Gary / Ah, está bem.

Whiplash! / Você tem que vir aqui pra ver.

Gary / Se eu for (ou se for a tour da banda - de qualquer jeito) então vocês terão que me mostrar o lugar! Fechado?

Whiplash! / Seria um prazer! FECHADO!

Gary / É, mas acho que isso vai levar um ano ou dois! Mas eu vou ver vocês aí e vamos cair na gandaia, então não esqueçam, hein. [risos]

Whiplash! / Lembraremos, não se preocupe. Mas, afinal, nesse momento, o que vocês estão fazendo? Divulgação? Preparando a turnê? Preparando novo material ou aproveitando merecidas férias?

Gary / [rindo] Talvez um pouco de cada. Estamos todos trabalhando (empregos para sustento) tentando conseguir algum dinheiro, descansando um pouco e desenvolvendo material novo para o SG - tem que começar de algum lugar e geralmente começa com idéias próprias de cada um. Trabalhamos nelas um pouco por nós mesmos, para então trabalharmos em grupo.

Whiplash! / Já que você está vindo a tona com esse material, poderia nos antecipar o quanto o próximo álbum se parece com os precedentes? Há alguma perspectiva para data de lançamento?

Gary / Oh, é muito novo ainda. Quero dizer, não poderia lhe explicar como vai soar até que tenhamos trabalhado nele um pouco. As coisas podem mudar um bocado com o tempo e Deus sabe como o Shadow Gallery gasta tempo gravando. Não posso dizer muito exceto que como todos os CDs que fazemos, geralmente há MUITO material, mas sempre tentamos ser bem afiados naquele "algo mágico" - aquela parte que é excepcional. É muito, muito fácil escrever, mas muito mais difícil escrever algo com força permanente - algo extraordinário - e quando alguns pensam que somos uma banda brilhante, pode surpreendê-los o fato de que trabalho duro tem muita coisa a ver.

Whiplash! / Está bem. Direi alguns nomes e gostaria que você comentasse algo a respeito deles.

Gary / Claro.

Whiplash! / Rick Wakeman

Gary / Energético. Ele lança mais discos solo do que doze bandas fazem em suas carreiras inteiras.

Whiplash! / Keith Emerson

Gary / Chris [Ingles, antigo tecladista] poderia lhe dizer mais - nunca conheci muito dele [N.doT.: de Keith Emerson]. É obviamente brilhante, tem um papel muito importante na definição de Rock progressivo para tecladistas, mas talvez eu fosse jovem demais ou algo do tipo para conhecê-lo em primeira mão.

Whiplash! / Richard Wright.

Gary / Oh, Deus, eu amo esse cara! Qualquer um do Pink Floyd é uma grande inspiração como compositor. Ele usava muito Dó maior à sétima e segue com Si menor à sétima, ou então Dório pra caramba! Mi menor a sétima, Lá dominante à sétima; ou Fá menor a sétima para Si bemol - grande! E eu tenho tudo do Floyd, incluindo Wet Dream e mais.

Whiplash! / Kevin Moore (Ex-Dream Theater, agora no Chroma Key)

Gary / Eu gosto bastante do Kevin - "Images and Words" é um disco fantástico, mas também sou louco pela "Space Dye Vest" [N.doT.: música do "Falling Into Infinity"]. tanto quanto qualquer outra coisa, pois é completamente dotada de emoção. E eu realmente gostei de "Watercolor" ou "On The Page", quero dizer, essas são músicas com grande significado emocional e isso me acerta fundo. Eu poderia ouvir umas 10.000 vezes sem cansar. Sou um fã do Kevin Moore de verdade, gostaria de conversar com ele um dia.

Whiplash! / Derek Sherinian

Gary / Derek... não sei. Não conheço muito bem. Acho o cara fantástico, digo... como eu poderia dizer o contrário de todos os que você está mencionando? Se ele teve qualquer parte na escrita da música "Anna Lee" - que acho que teve - então, sou um grande fã de seu trabalho. Aquela música é tão bem estruturada, tão grande, tão emocional - pra ele, pra banda, nossa, é um grande trabalho! De fato, lembro de falar com o James [Carl Cadden-James, baixo] sobre isso um tempo atrás, e ele disse que realmente gostaria de fazer algo daquele tipo um dia, talvez até com ele mesmo tocando o piano.

Whiplash! / O que você achou do Derek Sherininan ser substituído por Jordan Rudess?

Gary / Bem, eu já vi o [trabalho do] Jordan Rudess e devo dizer que, em primeiro lugar, eu deveria tê-lo mencionado quando estávamos conversando sobre tecladistas antes, porque acho que eu falo por quase todos os tecladistas vivos, porque... nossa, eu fico claramente assustado! Esse cara tem uma vantagem injusta. Ele é como um Deon Snaders [do Dallas Cowboys] - ele simplesmente nasceu mais rápido. O cara é tão incrível que acho que deveria estar no Guiness Book, talvez ele e o Vitalij. Quer dizer, eu toco rápido, mas eu sôo igual aos caras quando eu abaixo a velocidade deles a cinquenta por cento. E nem é só velocidade, chega a ser a claridade. É como "me inscreve aí, estou pronto pra algumas aulas". [risos]

Whiplash! / Gary, temos alguns guitarristas, também. Fale um pouco sobre eles, por favor. O primeiro é o Jason Becker.

Gary / Cara, nem sei o suficiente pra comentar. Ouço sobre ele pra caramba, mas nunca ouvi nada dele.

Whiplash! / Greg Howe?

Gary / Bem... Greg... olha, antes de qualquer coisa, se eu tiver que reconhecer Greg Howe como um guitarrista, então tenho que denunciar que nunca fui um, porque não sou, na verdade. Sou meramente um estudante do instrumento, enquanto o Greg o toca. É engraçado, eu deveria conhecê-lo, nós moramos tão perto um do outro, talvez uns 15 minutos, e ambos trabalhamos com o Varney (Schpnel/Magna Carta) e até já compartilhamos dos mesmos bateristas. Mas nunca o encontrei - eu conheci ou trabalhei com quase todo mundo com quem ele já tocou, mas não ele. O último trabalho que eu ouvi foi o CD do Vitalij e percebi que necessito trabalhar bastante - ele é maravilhoso, e não apenas com a técnica, mas com tudo. Diria que ele é um dos melhores guitarmen vivos no estilo! Tenho grande respeito por ele.

Whiplash! / Paul Gilbert.

Gary / Faz um tempo que não ouço falar no Paul. Tinha uma música que ele fez pra um projeto chamado "Guitars That Rule The World" que eu amava demais. Era uma música meio progressiva, meio qualquer-coisa que me mostrou que ele era não apenas um exímio guitarrista (é óbvio!), como também uma pessoa incrivelmente criativa. Mesmo que nunca mais tocasse guitarra na vida, seria um músico respeitado. Se você desse pra ele duas pedras, e desse a ele uma semana, ele viria e seria o melhor "tocador de duas pedras" que já existiu [risos]. Ele não precisa de um instrumento, uma desculpa ou uma razão... ele simplesmente é!

Whiplash! / O nome da música é "I Understand Completly"

Gary / Isso, obrigado! Tem tempo que não escuto. É até agradável encontrar mais alguém no planeta que conheça a música. Não é maravilhosa? [risos]

Whiplash! / Falando em "Guitars That Rule The World", você ouviu o Nuno Bettencourt. O que você acha dele?

Gary / Pra mim, por aí já mostra que o cara é mais que um guitarrista! Nuno é um dos meus favoritos: ele ESCREVE solos e quando o faz, são ótimos. Já ouvi um monte de grandes guitarristas que tocam muito, mas quero ver um desses metidos a Steve Vai que escreva e componha um bom solo, algo que, quando eu ouvir, saiba que o cara está 100% naquele solo e não simplesmente improvisou uma escala de blues a 90 mph. Nuno é assim, é 100%, eu me vejo como ele. Ele não é um guitarrista apenas, mas um músico. Ele tem alguma coisa tao grande que nem ele entenderia! Ele poderia viver até os 200 e ainda encontraria novos maneiras de agradar pessoas com seu talento!

Mas bem, caras, eu realmente gostaria de resumir, já que a maioria das entrevistas que faço duram cerca de 25 minutos e essa já tem 3 horas e 5 minutos, a mais longa que já fiz em toda a minha vida - e foi legal! Essa noite foi bem legal e relaxante, já tinha tempo que não tinha uma noite assim, então nem me importei em passar o tempo aqui no computador, mas tenho um monte de mails pra escrever pra hoje a noite. Mas eu realmente gostei da entrevista! E não esqueçam de consertar meus erros de digitação. [risos]

Whiplash! / Gary, só podemos dizer uma coisa em nome da Whiplash: Obrigado!!!!!!!!!

Gary / Ah, de nada! A proposito, não esqueçam que eu vou dar uma passada pelo Rio daqui a algum tempo com a minha namorada, então vocês vão ter que me mostrar o lugar, hein!

Whiplash! / Claro, sem problema! Esperamos vocês ansiosamente.

Gary / Obrigado, a noite foi ótima. Grandes abraços a todos, vejo vocês em breve.

Whiplash! / Grandes abraços, Gary. Boa noite.

Gary / See ya.

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