Ad Infinitum: Banda suíça lança álbum de estreia
Resenha - Chapter I; Monarchy - Ad Infinitum
Por José Sinésio Rodrigues
Postado em 15 de abril de 2020
Nota: 6
E a banda suíça AD INFINITUM acaba de lançar seu primeiro álbum, um trabalho batizado como Chapter I: Monarchy. Esta banda suíça de Metal Sinfônico, que tem como vocalista a bela Melissa Bonny (que também integra a banda RAGE OF LIGHT e já fez participações ao vivo com nomes como EVENMORE e DRAGONLAND), havia lançado o single I Am The Storm, em 2018, algo que serviu para arregimentar alguns fãs, fãs estes que agora têm a chance de satisfazer sua fome por novidades desta banda. E vamos lá: se você não conhece a banda, mas aprecia o trabalho de grupos como WITHIN TEMPTATION (fase atual) e END OF THE DREAM (ambos da Holanda), pode mergulhar de cabeça e ouvir de olhos fechados (mas ouvidos bem abertos, claro).
A primeira faixa do álbum, "Infected Monarchy", é uma tentativa infeliz de criar uma atmosfera, fazendo uso de um teclado que poderia ser mais bem tocado. A música, ao longo de infindáveis seis minutos, fica na mesma. O trabalho de guitarra, aqui, é quase inexistente. A faixa "Marching On Versailles" se sai ligeiramente melhor, soando muito semelhante ao que o WITHIN TEMPTATION e o LACUNA COIL têm feito atualmente. A música apresenta um refrão grudento, contudo, correndo risco de se tornar algo enjoativo. Na música aparecem ainda uns vocais guturais masculinos que, infelizmente, não empolgam. "Maleficent" peca da mesma forma, mas apresenta um refrão mais interessante. O problema é o vocal gutural, novamente, que tenta fazer algo grandioso, mas resulta em algo embaçado, sem brilho. Contudo, o solo de guitarra, aqui, é bem feito. A seguir, vem "See You In Hell", que ganhou o primeiro videoclipe deste álbum. Aqui, a coisa melhora visivelmente, pois a música é interessante, apresenta uma atmosfera mais viajante, um vocal sensivelmente melhorado. A faixa "I Am The Storm" segue a mesma fórmula tímida e insípida, mas tem algum peso e um refrão grudento, sendo marginalmente melhor que a maioria do que foi mostrado até aqui. A faixa "Fire And Ice", por sua vez, deve agradar em cheio os fãs da atual fase do WITHIN TEMPTATION, com certeza. A seguir, "Live Before You Die" (que também já tem videoclipe) surge mais rápida, mas com uma musicalidade pouco atraente. O trabalho de bateria se mostra abaixo da média, as notas do teclado soam aleatórias, fracas. A seguir, vem a faixa "Revenge". Aqui, o vocal se mostra muito bom e a produção excelente; mas a música tem uma veia Pop Rock que não caiu legal. A faixa "Demons" vem na mesma linha, sem nada que a torne minimamente interessante. Neste ponto, sou obrigado a dizer: "Certamente, o trabalho de Melisa Bony no RAGE OF LIGHT é muito melhor que aqui". Para finalizar, vem a faixa "Tell Me Why". Isso aqui é puro WITHIN TEMPTATION atual, aquela coisa desanimada, com uns vocais tentando ser viajantes, intercalados com uns solinhos de guitarra muito sem sal.
Então é isso: temos aqui um resumo sumário do que é o álbum de estreia do AD INFINTUM. Amantes de WITHIN TEMPTATION, em sua fase atual, END OF THE DREAM e DELAIN podem cair de cabeça. Mas atenção: você tem de gostar muito deste estilo para achar este trabalho minimamente interessante. Uma coisa que não dá para entender: todos os integrantes desta banda são egressos ou participam atualmente de outras bandas; assim, tendo em vista toda a experiência deste pessoal, eles bem que poderiam ter nos brindado com algo melhor que este álbum.
Formação do AD INFINITUM:
• Melissa Bony – Vocal;
• Jonas Asplind - Baixo;
• Niklas Müller - Bateria
• Adrin Tessenvitz - Guitarra
Track List do álbum Chapter I: Monarchy:
1. Infected Monarchy ;
2. Marching On Versailles;
3. Maleficient;
4. See You in Hell;
5. I Am the Storm;
6. Fire and Ice;
7. Live Before You Die;
8. Revenge;
9. Demons;
10. Tell Me Why
Bandas Similares ao AD INFINITUM:
• END OF THE DREAM, da Holanda;
• WITHIN TEMPTATION, da Holanda (em sua fase atual);
• LACUNA COIL, da Itália (na fase atual);
• DELAIN, da Holanda;
• ANSOTICA, da Alemanha;
• GHOSTWOOD, da Ucrânia.
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