RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Stamp

Me And That Man: Versatilidade, criatividade e acima de tudo, músicos se divertindo

Resenha - Me And That Man - New Man, New Songs, Same Shit Vol.1

Por Marcio Machado
Postado em 02 de abril de 2020

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Sempre falei que se o diabo tivesse uma personificação em forma de música na Terra, esta seria o Behemoth, principalmente por seu vocalista, Nergal, que traz uma voz saída das entranhas mais profundas de si mesmo e explode em algo agressivo e ensurdecedor à frente da banda. Mas lá em 2017, o vocalista se desvinculou um pouco dessa imagem ao criar o projeto Me And That Man e lança o debut, "Songs Of Love And Death". Agora três anos depois, Adam Darski, traz a sequência do trabalho e lança "New Man, New Songs, Same Shit Vol.1", distribuído pela Nucler Blast e recheado de participações, numa sonoridade que trazem as influências do cantor além da música extrema, ali há o passeio do country, do folk e do gótico em um álbum que surpreende e vale a conferida. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

"Run With the Devil" é quem abre e já de cara surpreende com a pegada mais animada, parece ter saído direto da abertura de algum filme do Tarantino. Quem embala a faixa é Jørgen Munkeby do Shining e literalmente é um embalo, tendo um ritmo contagiante e certeiro. "Coming Home" é a seguinte e abre com cara de blues, cantada por Siver Høyem, do Madrugada, mas em seu refrão as coisas se alinham em um tom mais contagiante como antes e aqui vale o destaque das linhas vocais que passeiam entre o mais grave e algo mais leve e solto no segundo verso, com uma bela passagem mais climática em sua metade. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

"Burning Churches"  continua o trabalho, e dessa vez com Mat McNerney do Grave Pleasure nas vozes. Aqui o tom do folk dá as caras e um coro evoca o refrão de forma forte e as melodias vão se acentuando com o caminhar, trazendo belos trabalho na linha das cordas e um dos melhores vocais do disco todo. A próxima, "By The River", entoada por Ihsahn do Emperor, é apoteótica desde os seus primeiros instantes, com o vocalista se esbaldando e colocando um sentimento explosivo em cada verso que solta, numa letra falando sobre a morte que é das melhores aqui, fora um solo muito bem encaixado, que surge no momento certo transformando a canção maior. 

Agora quem entra em ação nas vozes é o próprio Nergal, em Męstwo, cantada toda pelo próprio e em seu língua nativa, o polonês, está é uma baladona gótica com um refrão matador embalado por palmas e mostrando a versatilidade do músico que não decepciona mostrando essa outra vertente. "Surrender" começa em coro, com uma leva impressão de vozes protestantes, mas logo a veia blues dá as caras e cria uma atmosfera densa e mais uma vez, a cada momento a faixa vai em crescendo até ser embalada num solo muito bom, porém bastante curto e a voz de Anders Landelius, do Dead Soul, vai ganhando corpo a cada momento até ganhar linhas bem fortes em seu final. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Numa onda mais rancheira, "Deep Down South", um dueto entre Nicke Anderson, do Entombed e Johanna Sadonis  do Lucifer, surge e traz um momento bem leve ao som de um banjo que dita os rumos, para em sua metade dividir espaço com a guitarra e outro solo e aqui a mescla de vários instrumentos é um tanto bem arranjada, há solos de gaita e de violino, inclusive esse último bastante divertido. "Man Of The Cross" traz uma voz bastante grave de Jerome Reuter, do Rome, invocando o finado gigante Peter Steele, sendo a faixa mais densa do disco todo, parecendo evocar uma nuvem pesada sobre a cabeça do ouvinte, principalmente quando ouvida nos fones. 

"You Will Be Mine" evoca uma leve flertada com as baladas de Elvis em seu início, com um Matt Heafy, do Trivium, jogando sua voz no mais baixo possível, mas sabendo trazer momento mais melódicos também, principalmente no refrão que pega fácil, e é um xodó do disco, simples, mas muito bem entoada e extremamente cativante, se tornando das minhas favoritas. A seguinte, "How Come?" é a chave do trabalho. Aqui temos três participações especiais, de Brent Hinds, do Mastodon, Rob Caggiano, que já passou pelo Anthrax e Volbeat, nas guitarras e nas vozes, Corey Taylor do Slipknot e o cara manda vê no seu melhor estilo das vozes, carregando sua identidade e ótima forma em linhas fantásticas, numa baita canção, completa em todos os sentidos, tanto na sua letra forte como no instrumental que é certeiro e cheio de nuances com dois solos matadores. Poderia e devia ser o encerramento da obra. A tarefa fica com "Confession", com Niklas Kvarforth do Shining, que traz o momento black metal do disco sendo mais um interlúdio para finalizar o todo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Versatilidade, criatividade e acima de tudo, são músicos se divertindo num momento grande e que rendeu um ótimo trabalho, mesclando vários ritmos e rendendo ótimas música e um dos trabalhos que já lista entre os melhores do ano. 

Tracklist:

01. Run With The Devil (feat. Jørgen Munkeby of SHINING)
02. Coming Home (feat. Siver Høyem of MADRUGADA)
03. Burning Churches (feat. Mat McNerney of GRAVE PLEASURES)
04. By The River (feat. Ihsahn of EMPEROR)
05. Męstwo
06. Surrender (feat. Anders Landelius of DEAD SOUL)
07. Deep Down South (feat. Nicke Anderson of ENTOMBED / Johanna Sadonis of LUCIFER)
08. Man Of The Cross (feat. Jerome Reuter of ROME)
09. You Will Be Mine (feat. Matt Heafy of TRIVIUM)
10. How Come? (feat. Corey Taylor of SLIPKNOT and STONE SOUR) / Brent Hinds of MASTODON)
11. Confession (feat. Niklas Kvarforth of SHINING)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Marcio Machado

Estudante de história, apaixonado por cinema e o bom rock, fã de Korn, Dream Theater e Alice in Chains. Metido a escritor e crítico.
Mais matérias de Marcio Machado.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS