Gov't Mule: celebrando 25 anos com ao vivo antológico
Resenha - Bring on the Music - Gov't Mule
Por Ricardo Seelig
Postado em 17 de dezembro de 2019
O Gov’t Mule é uma banda de palco. É nos shows que toda a força do quarteto formado por Warren Haynes (vocal e guitarra), Danny Louis (teclado), Jorgen Carlsson (baixo) e Matt Abts (bateria) se revela em toda a sua plenitude. É em frente ao público que a mágica da banda acontece. Não à toa, a turma de Warren Haynes possui diversos álbuns ao vivo antológicos no currículo como os obrigatórios "Live at the Roseland Ballroom" (1996), "Live ... With a Little Help From Our Friends" (1999) e "The Deepest End" (2003).
Essa lista ganha uma adição de respeito com "Bring on the Music: Live at the Capitol Theatre", lançado em agosto de 2019. O material foi disponibilizado no Brasil pela Hellion Records em um super box com 2 CDs e 2 DVDs, sendo que o vídeo traz uma seleção de músicas diferente da presente no material em áudio. Ao todo são 39 faixas passeiam por uma ordem não cronológica através da carreira do Gov’t Mule. Entre elas, três covers (algo que é uma tradição na trajetória da banda): "Dark Was the Night, Cold Was the Ground" de Blind Willie Johnson, "Sin’s a Good Man’s Brother" do Grand Funk Railroad e "Come Back" do Pearl Jam. Todas elas, evidentemente, releituras impregnadas com a personalidade fortíssima do Gov’t Mule.
Para quem não conhece a banda, um breve histórico: o Gov’t Mule foi formado em 1994 como um projeto paralelo do vocalista e guitarrista Warren Haynes e do baixista Allen Woody. Ambos tocavam na Allman Brothers Band na época. Matt Abts veio da Dickey Betts Band, grupo do também guitarrista da ABB, Dickey Betts. O primeiro disco, auto intitulado, foi lançado em 1995 e logo colocou os holofotes sobre o trio, que acabou se transformando na banda principal dos músicos. Woody faleceu de forma repentina em 2000 após um ataque cardíaco fulminante, enquanto Haynes permaneceu dividindo o seu tempo com a Allman Brothers até o final do lendário combo liderado por Gregg Allman, em 2014. Com uma longa discografia (11 álbuns de estúdio e mais vários registros ao vivo), o Gov’t Mule é um dos principais nomes do rock clássico norte-americano, uma jam band aclamada e protagonista de shows antológicos ao longo dos anos.
Warren Haynes é o comandante de tudo isso. Guitarrista dono de um feeling desconcertante e uma técnica única, também é um vocalista excelente e um intérprete espetacular. O Gov’t Mule gira ao seu redor, com o trio Louis, Carlsson e Abts caminhando no mesmo nível. É uma banda que transborda musicalidade, com performances fortíssimas e um repertório amplo e repleto de canções de cair o queixo. Ao vivo isso fica ainda mais evidente. O quarteto entrega versões indubitavelmente melhores que as originais de estúdio, que são devidamente amplificadas por doses generosas de feeling e improvisação em cima de um palco.
Entre as faixas estão preferidas dos fãs como a linda "Beautiful Broken", o reggae rock "Time to Confess", o arregaço jazz rock que é "Thorazine Shuffle", o peso de "Blind Man in the Dark" e muito mais, totalizando um tempo superior a cinco horas de músicas somando os dois CDs e os dois DVDs. E, como bônus, temos o clipe de "Soulshine", a canção mais conhecida do grupo e uma das músicas mais belas dos anos 1990, cujo impacto foi tanto que acabou entrando inclusive no repertório da Allman Brothers Band.
Pra fechar, uma informação: esse é só o terceiro álbum do Gov’t Mule a ganhar uma edição nacional. Saíram por aqui apenas a estreia de 1995 e o último disco de estúdio, "Revolution Come ... Revolution Go" (também lançado pela Hellion). Ou seja: é uma oportunidade única de ter um item pra lá de excelente de uma das melhores bandas das últimas duas décadas na sua coleção.
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