Soen: Fazendo justamente aquilo que se espera, porém, de uma forma brilhante
Resenha - Lotus - Soen
Por Ricardo Cunha
Postado em 15 de novembro de 2019
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Soen é um supergrupo de metal progressivo da Suécia, composto por músicos que ganharam fama em bandas de metal extremo. A formação original era composta pelo ex-baterista do Opeth, Martin Lopez , o ex-baixista do Death, Testament e Sadus, Steve Di Giorgio , o vocalista do Willowtree, Joel Ekelöf e o guitarrista Kim Platbarzdis.
Os mais atentos já notaram que a banda é notoriamente influenciada por nomes como Opeth, Tool e Katatonia, apenas para citar os três nomes cujas características sonoras estão mais presentes nos álbuns anteriores do grupo. Aliás, tanto Congnitive quanto seu sucessor, Tellurian , foram produzidos por David Bottrill, que já trabalhou com o Tool.
A banda abraçou-as suas influências e delas se apropriou. Eu não sei se falam abertamente ou mesmo se têm consciência disto, mas de qualquer forma, a sua música tem tanta personalidade que todos podemos concordar que a criatura aprimorou a fórmula descoberta pelos seus criadores. A sua musicalidade é inquestionável. Tudo se encaixa naturalmente e músicas como Opponent, Martyrs e Covenant mostram como Soen está comprometido com tal fórmula. Lotus quase atinge a marca de uma hora de duração, como de costume. Contudo, diferentemente da maioria dos discos que já ouvi esse ano, não me senti cansado ou aborrecido ao longo das 9 faixas em seus 54 minutos. À propósito, penso que se trata de verdadeira fruição quando o sentimento mais presente numa audição é o prazer de ouvir as músicas até o fim e, mais do que isto, sentir-se curioso quanto ao que virá nos próximos segundos. A formação que gravou o disco conta com Martin Lopez (bateria), Joel Ekelöf (vocal), Lars Åhlund (teclados), Stefan Stenberg (baixo) e Cody Ford (guitarra).
O que tem de bom?
O equilíbrio entre passagens mais calmas e conturbadas, apesar dos conflitos fornecerem o contraponto ideal para que a obra seja relevante. Nesse sentido, [1] O álbum é revigorante, pois tem o poder de evocar sentimentos de força e beleza ao final de cada faixa; [2] Lascivious, Martyrs e Rival não são meros destaques. São clássicos cheios de variações inspiradas.
O que poderia ser melhor?
É difícil apontar algo que diminua a força ou a beleza desse disco, mas como nada é perfeito, vamos lá: [1] River, apesar de estar conectada com o conceito geral do álbum, é demasiado melosa e, aos 44 minutos, se coloca como o primeiro ponto de – digamos – "atenção" da audição em virtude do alto grau de melosidade que emana; [2] Outro ponto de atenção é que por mais de uma vez, tive a sensação de dejavu, como se as faixas fossem uma mesma canção, só que, dividida em 9 partes.
Conclusão:
Acho que podemos falar de Lotus, como sendo um bom sucessor de Lykaia, oferecendo momentos que o superam e momentos que apontam para um futuro previsível, mas de modo algum, IMUTÁVEL. O grupo não apresentou algo inovador – ao contrário – fez justamente aquilo que dele se espera. Mas o fez de uma forma brilhante!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
A maior banda, música, álbum e vocalista nacional e gringo de 1985, segundo a Bizz
O clássico álbum ao vivo "At Budokan" que não foi gravado no Budokan
Os dois discos do ELP que Carl Palmer disse que deveriam virar vasos


Soen divulga lyric video de "Mercenary", faixa de seu próximo disco de estúdio
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


