Lizzo: explorando as facetas da black music em um excelente disco
Resenha - Cuz I Love You - Lizzo
Por Ricardo Seelig
Postado em 04 de outubro de 2019
Se tem uma coisa que eu sempre gostei e que continua me encantando é um bom disco de música pop. Minha coleção está cheia de CDs de metal, rock, jazz e blues, mas o pop também bate ponto em minhas estantes. Dito isso, digo o seguinte: esse álbum é legal pra caramba!
"Cuz I Love You" é o terceiro disco da cantora norte-americana Lizzo e o primeiro trabalho da artista a sair por uma grande gravadora – no caso, a Atlantic Records. O álbum foi lançado em abril, e depois de ver a linda capa inúmeras vezes nos últimos meses, resolvi conferir o conteúdo.
Lizzo faz um pop cheio de ingredientes de rhythm & blues, porém sem excesso de elementos pasteurizados. A eletrônica marca presença, mas o som é bem "orgânico" e verdadeiro. A voz da garota é incrível, poderosa, e ganha ainda mais força através de linhas vocais muito em construídas. Coros femininos que dão um certo ar gospel aparecem aqui e ali, assim como reminiscências de toda a variedade da rica tradição da música negra norte-americana. Isso quer dizer que podemos ouvir influências de soul, funk e até mesmo jazz nas onze músicas do disco.
Produzido pela própria Lizzo ao lado de um time variado de produtores, Cuz I Love You chegou ao quarto lugar na Billboard puxado pelos singles "Juice" e "Tempo", além do hit "Truth Hurts", presente apenas na versão deluxe. Aclamado pela crítica – nota máxima na NME, 4 de 5 estrelas na Rolling Stone, 4 de 5 estrelas no AllMusic -, é um belíssimo e criativo trabalho, onde Lizzo explora as variadas facetas da black music para construir um disco forte e com discurso contundente.
Destaque para a música título, "Like a Girl", "Juice" (com um delicioso clima funk disco setentista que remete ao Chic e Michael Jackson), a linda "Jerome", a parceira com Missy Elliott em "Tempo", o clima low-fi totalmente relax de "Lingerie"e os pops certeiros de "Boys" e "Truth Hurts".
Existe música boa e música ruim em todos os gêneros, e aqui temos mais um grande exemplo disso.
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