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Dimmu Borgir: Death Cult Armageddon é apocalipse na forma de música

Resenha - Death Cult Armageddon - Dimmu Borgir

Por Marcio Machado
Postado em 27 de julho de 2019

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

No disco anterior, o Dimmu Borgir colocou de vez o pé no acelerador para o que seria seu rumo musical dali em diante e dois anos após, era chegado a vez de mostrar que ainda tinham bala na agulha para nos brindar com mais um lançamento de qualidade e seguir aqueles passos dados em 2001 e trazer novamente um petardo do Metal. Se alguma dúvida restava se a banda tinha porte para se manter no alto nível que galgaram até ali, a resposta vinha na forma deste disco de 2003, trazendo o fim do mundo em formato sonoro.

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Quem abre os portais do armageddon aqui é "Allegiance", que começa aos poucos vindo como uma marcha em crescendo, arrastando tropas e os ouvintes para o chamado que ali parece ser entoado. Logo Shagrath aparece com sua voz grandiosa e tudo explode numa síntese de fúria do mesmo time que compôs o trabalho anterior. Ali já notamos que a qualidade é estampada novamente e todos os músicos voltam a brilhar. Outra vez Nick Barker espanca a bateria numa mistura de técnica, velocidade e fúria, que rico são suas linhas do instrumento. Galder e Silenoz esbanjam peso nas guitarras e juntando tudo isso, o baixo de Vortex que é cavalgado. Grande começo em todos os sentidos e que empolga fácil pelo que virá em diante.

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Ah o que vem adiante…bem, no disco anterior tínhamos um hino do Dimmu Borgir que é a faixa "King of the Carnival Creation", e não menos que isso é a segunda faixa deste trabalho. "Progenies of the Great Apocalypse" é simplesmente fabulosa em todos os seus sentidos. A riqueza da música é de um tamanho gigantesco, todo o peso investido ali que é embalado por um ritmo orquestrado e simplesmente regido com precisão por Mustis (compositor da faixa) , e o maestro o faz com uma execução perfeita em conjunto com a Orquestra de Praga. O segundo verso é uma explosão de ritmo conduzido por uma bateria insana e que vira para algo totalmente quebrado para por fim nos jogar a participação de Vortex nos vocais e que momento é esse! Um dos maiores monumentos compostos dentro do Heavy Metal. Há ainda uma participação do vocalista Abbath (ex-Immortal) na canção e que é uma grande referência para Shagrath.

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Continuando após essa obra de arte, está "Lepers Among Us", que traz de novo aquele peso e o ar macabro que permeia o disco. Aqui os blast beats reinam e ganham um destaque e com tamanha precisão. As dobras de guitarras aqui trabalham em perfeita harmonia criando riffs desconcertantes e momentos intrincados que nos deixam estasiados ao ouvir, fora o vai e vem dos ritmos que a todo momento trocam e nos jogam num redemoinho sonoro.

"Vredesbyrd" é algo mais voltado à quase um Power Metal em seus primeiros momentos, é rápida e cheia de guitarras dobradas bem características do estilo (lembra também trilha do jogo Mega Man X). Mas lá pela sua metade as coisas mudam e caímos num momento bastante pesado e mais cadenciado que deixa as coisas melhores do que já estavam. Shagrath abusa de sua voz rasgada aqui e canta em seu idioma natural, o norueguês. Uma das mais queridinhas dos fãs da banda e merece seu posto.

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Sendo uma das mais pesadas do disco, "For the World to Dictate Our Death" é um soco na cara e chega sem dar tempo para respirar. Que bateria é essa do começo?! Ela segue nessa levada até perto de seu fim, onde ali cai num lugar mais arrastado e bastante sombrio numa passagem, para logo voltar a toda a loucura do começo e terminar parecendo que um tanque de guerra passou por cima do ouvinte.

Um tanto climática, "Blood Hunger Doctrine" parece trilha sonora para um pesadelo dos piores que podem nos acometer. A música é arrastada e um tanto sombria, com pouca mudança no seu andamento, mas ainda assim é uma das melhores que despontam por aqui e se faz realmente tenebrosa. Silenoz disse que a intenção era que o resultado final parecesse com uma trilha de filmes de faroeste ao qual era fã quando criança, de fato, temos uma passagem em sua metade que se assemelha com algo do tipo, mas ainda assim carregada pelos teclados climáticos de Mustis deixa tudo muito além de uma única definição, somente a experiência de ouvi-lá é que pode explicar o que ela é.

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"Allehelgens Død I Helveds Rike" é outra cantada com o idioma da Noruega, é outro momento dos mais pesados aqui e de novo há um destaque muito grande para as partes orquestradas e o domínio que a banda fez dessa mescla e fazem um casal perfeito. Mais uma vez temos uma amostra da presença de Vortex e como sempre é outro grande momento de destaque numa passagem mais melódica e embalada pelo toque dos teclados e logo caímos na agressividade do riff principal da canção. Aqui é onde a veia Black Metal mais desponta nesta obra.

Parecendo uma cavalgada em disparo, "Cataclysm Children" é o momento mais bate cabeça aqui e seu início é violência pura, sem refresco, tudo é acelerado e as mudanças vocais de Shagrath com tamanha naturalidade mostram o domínio do rapaz no que se propõe. Poderia ser um pouquinho mais curta dentro dessa proposta de ser mais direta, mas ainda assim ótimo resultado.

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"Eradiction Instincts" começa com um longo prólogo sinfônico que sem esperar, explode com o vocal trazendo a linha Metal onde começa a porradaria sem dó novamente. Sendo uma das faixas mais longas do disco, ela passeia entre mudanças na levada e até mesmo uma passagem eletrônica da as caras por ali em certo momento. Confesso não me senti tão preso à este momento, parecendo algo meio empurrado, mesmo tendo toda uma complexidade em volta de sua concepção, mas ainda assim um pouco cansativo.

"Unorthodox Manifesto" é outro dos longos momentos, o maior, dessa vez sendo quase 9 minutos. Ela segue até boa parte do seu tempo se tornando um pouco repetitiva, e só lá pelos seus 5 minutos é que as coisas se justificam por tamanho andamento, onde começamos a ver mudanças no caminhar, ainda que nada drásticos, porém podemos apreciar a riqueza dos músicos se empenhando em momentos complexos, principalmente das linhas de bateria de Barker que segue numa condução precisa e muito bem elaborada.

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Encerrando o trabalho, está "Heavenly Perverse", que novamente traz os vocais de Abbath. A faixa é bastante atmosférica em sua metade, onde está o seu melhor momento, sendo mais melódica e sombria. Os teclados de Mustis dão o tom, e ainda há os momentos da sonoridade principal da banda das as caras e pedais duplos acompanharem toda essa miscelânia de sons. Talvez o disco merecesse um encerramento maior que o apresentado não sendo essa a melhor escolha.

Apesar de alguns pequeninos erros e ainda não conseguir superar o seu antecessor, "Death Cult Armageddon" tem grandes méritos e grandes feitos na sua concepção. Consegue brilhar por si só e trazer uma riqueza musical gigante e sem muita frescura e ainda manter o alto nível. Extremamente recomendado para quem já conhece a banda ou mesmo para aqueles que pretendem se iniciar na sua musicalidade, grande obra.

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Sobre Marcio Machado

Estudante de história, apaixonado por cinema e o bom rock, fã de Korn, Dream Theater e Alice in Chains. Metido a escritor e crítico.
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