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Shaman: Um disco perfeito, em todos os sentidos

Resenha - Ritual - Shaman

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Postado em 07 de julho de 2019

Nota: 10

Em 1998 a banda Angra estava lançando seu terceiro álbum, Fireworks, último disco com a formação original. Depois disso, a banda teve desentendimentos internos que se concentraram mais nas figuras do próprio Matos e do guitarrista Kiko Loureiro. Por mais que a gente, que é fã, tente imaginar o que aconteceu nesta época, nem convém pensar nisso agora, porque até mesmo o Kiko confessou recentemente em vídeo da grande admiração que ele sempre sentiu pelo amigo, mesmo com os tais desentendimentos: corre a boca livre que a Dona Florinda até ofereceu um cafezinho ao amigo do Kiko. Desculpem, não pude resistir! Foi só uma piadinha pra espantar a tristeza!

Bruce Dickinson

Enfim, a banda debandou, Matos quis sair, e seus amigos Luis Mariutti e Ricardo Confessori foram junto com ele, deixando o Angra apenas nas mãos hábeis de Loureiro e Rafael Bittencourt, que conseguiram fazer a banda renascer logo depois.

Enquanto isso, os três motineiros resolveram formar uma banda nova. Luis foi atrás de seu irmão Hugo Mariutti, guitarrista, para os quatro formarem o Shaman. O compromisso deles era de continuarem a realizar o trabalho que faziam no Angra, mas com uma nova roupagem. Se no Angra já tínhamos todo o misticismo da deusa do fogo da mitologia guarani que dá nome à banda, nesta nova empreitada o misticismo do chefe curandeiro das tribos indígenas, o 'shaman', impregnou as fantásticas letras do novo grupo.

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Assim, Ritual, o novo álbum de André e sua turma sairia em 2002. Eu e meu irmão acompanhávamos todo o processo, e víamos as notas, com Matos dizendo, por exemplo, que o novo disco era para os fãs, e que tudo que seria feito naquele momento era para agradar as pessoas que eram fãs do Viper e do Angra, e que os seguiam desde o início. Ou seja, era nada mais do que uma carta de amor aos fãs do trabalho de Matos.

Uma verdade que já se vê logo na primeiríssima faixa do disco, o parzinho "Ancient Winds" e "Here I Am", que traziam de volta aquele heavy metal melódico acelerado e energético com pitadas de música erudita, especialidade do Matos, que acabou com isso criando essa sonoridade maravilhosa da qual pudemos desfrutar durante todos estes anos.

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Ritual é um clássico do metal brasileiro do começo até o final. Não dá pra eu vir aqui e pegar minha favorita, num dia pode ser a balada "Fairy Tale", no outro pode ser a porrada "Time Will Come", ou "Distant Thunder", eu não sei dizer; noutro dia eu posso trocar pela folk "For Tomorrow", ou querer aceleração e bater cabeça ao som de "Pride", não importa! O negócio, a coisa que me consola e me faz pelo menos acalmar um pouco meu coração agora que o Matos se foi, é que eu tive pelo menos uma chance na minha vida de cantar essas músicas junto de Matos e da banda, no show deles ao vivo de 2005 aqui na minha cidade, e eu aproveitei cada momento daquela ocasião estando na audiência, vibrando com os presentes lá naquele show, tendo a chance de assistir esse talento único que a gente admirava.

Fiquei meio melancólico agora, né? Desculpem. Mas nada me tira da cabeça que a gente aqui no Brasil perdeu algo que jamais será reposto, algo que nos dava orgulho de sermos quem somos, algo que jamais teremos outra vez. E pensando numa realidade tão cruel como a de hoje, em que a cultura musical está completamente destruída neste país, a coisa acaba te dando uma certa melancolia. Mas não devemos esmorecer. As letras de Matos falavam muito disso, dessa paixão pela vida, dessa coisa de tudo na vida ter um sentido.

Este disco mesmo, em meio às letras que falam de rituais, magias e espiritualidade, passa essa mesma mensagem, e isso fica tão bem visível na letra da faixa que fecha o disco, que diz que um dia, poderemos sair por aí entendendo nossos sonhos e dificuldades, e tendo orgulho de nós mesmos. Está na letra: "someday I'm gone away with nothing but my pride".

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É o tipo de mensagem que te faz acordar de bem com tudo e seguir em frente com sua vida, mesmo frente as adversidades. E é o que você sente quando ouve as melodias tão bem costuradas e arranjadas neste discaço, seja nos solos de guitarra, seja no piano e voz de André, ou em qualquer outra coisa. Tudo aquilo que André fazia tinha aquele senso de perfeccionismo, era da própria natureza dele, e a sua carreira solo também é prova incontestável disso.

Portanto, esta é uma das minhas recomendações máximas quando se fala em André Matos, e principalmente quando se fala em metal nacional. Um disco perfeito, em todos os sentidos.

Bruce Dickinson

Ritual (2002)
(Shaman)

Tracklist:
01. Ancient Winds
02. Here I Am
03. Distant Thunder
04. For Tomorrow
05. Time Will Come
06. Over Your Head
07. Fairy Tale
08. Blind Spell
09. Ritual
10. Pride

Faixas bônus - relançamento 2015:
11. Time Will Come (Demo)
12. Here We Go (Demo de "For Tomorrow")
13. Blind Shell (Demo de "Blind Spell")
14. Be Free (Demo de "Freedom", lançada posteriormente no álbum Immortal)

Selos: Universal Music / Substancial Music (relançamento)

Banda:
André Matos: voz, piano
Hugo Mariutti: guitarra
Luis Mariutti: baixo
Ricardo Confessori: bateria

Músicos convidados:
Tobias Sammet: voz (10)
Marcus Viana: violino (06)
Derek Sherinian: teclado (06)
Ademar Farinha: instrumentação de sopro (04)
Sascha Paeth: guitarra (10)

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Site oficial (desativado):
http://www.shamanofficial.com.br

Para mais informações sobre música, filmes, HQs, livros, games e um monte de tralhas, acesse também meu blog.

http://acienciadaopiniao.blogspot.com.br

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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