Emil Bulls: canções favoritas e despertando interesse pelo autoral
Resenha - Mixtape - Emil Bulls
Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 11 de maio de 2019
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Hoje algumas pessoas querem parecer descoladas e se propõe a criar mixtapes. Ora, a ideia não é nada nova e já fazíamos isso há muito tempo, gravando os discos de nossos amigos em fitas cassete, que escutávamos até engancharem nos aparelhos de som (que era quando as canetas bic vinham em nosso salvamento). A banda alemã de Metal Alternativo EMIL BULLS, que, embora tenha um trabalho autoral consistente, resolveu, ao fim de uma turnê sold-out pros lados de lá, dissipar a energia fazendo covers de canções que costumavam ouvir nos anos 80 e 90. Ao trabalho, que sairá pela gravadora alemã AFM, o quinteto deu o nome de "Mixtape". Dando uma roupagem mais agressiva a cada faixa, a banda formada por Christoph von Freydorf (vocal), James Richardson (baixo), Stephan Karl (guitarra), Andy Bock (guitarra), Fabian Füß (bateria) resgata canções como "Tell It To My Heart", de TAYLOR DAYNE, que ficou conhecida no Brasil na época da novela "Fera Radical". Não havia HBO, nem Netflix naquela época, e quem cresceu nos anos 80 acabava tendo que ver novela com o resto da família mesmo. Pelo menos as histórias pareciam inéditas.
Para single o álbum aposta em hits pop nem tão distantes, como "Survivor", do DESTINY'S CHILD (eu sei que você conhece essa música - e eu sei que já viu o clipe também). Você já pode sacar essa versão nos serviços de streaming.
É difícil de engolir que canções como "The Hills", do THE WEEKND, se encaixem na proposta do álbum de dar uma roupagem Nu Metal a canções pop oitentistas e noventistas, mas o resultado não é ruim. É o mesmo caso de "Mr. Brightside", do THE KILLERS, que ficou muito boa, mas é nova demais para remeter àqueles tempos de roupas esquisitas e músicas cheias de alma. E, claro, Bruno Mars e Ed Sheeran também encaixam na mesma categoria. Só se o quinteto andava ouvindo coisas do futuro nos anos 90 ou estas canções foram incluídas no disco apenas por uma questão mercadológica. Eles explicaram em entrevista que não queriam ficar confinados naquele tempo, mas as novatas do track list soam um tanto deslocadas das demais. Algumas podem ser tão desconhecidas da própria base de fãs do EMIL BULLS que poderiam passar por canções autorais novas.
É nas canções que já nasceram com uma pegada roqueira que o trabalho se torna mais agradável e conquista mais. Não vamos comparar originais com as versões, mas "Rebel Yell", de BILLY IDOL, "Jesus He Knows Me", do GENESIS, "Where is My Mind", dos PIXIES, "We Build This City", do STARSHIP e "Every You Every Me" do PLACEBO são os melhores momentos do álbum e fazem valer a viagem (embora deixem o sentimento de que mais do mesmo shape apenas contribuiriam positivamente para a obra em geral).
Pra quem só escuta metal tradicional ou extremo, é melhor fugir. Mas o álbum é um prato cheio pra quem curte alternativo e Nu Metal. O álbum estará disponível em 24 de maio.
Tracklist:
01 - Survivor (Destiny's Child)
02 - Tell It To My Heart (Taylor Dayne)
03 - Mr. Brightside (The Killers)
04 - Grenade (Bruno Mars)
05 - River (Eminem ft. Ed Sheeran)
06 - Rebel Yell (Billy Idol)
07 - Jesus He Knows Me (Genesis)
08 - You Should See Me In A Crown (Billie Eilish)
09 - Jungle Drum (Emilliana Torrini)
10 - The Hills (The Weeknd)
11 - We Built This City (Starship)
12 - Where Is My Mind (Pixies)
13 - Every You Every Me (Placebo)
14 - Kids (MGMT)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
Será que ele curtiu? O dia que Adrian Smith tocou na guitarra de Kirk Hammett
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Jane's Addiction anuncia que membros fizeram as pazes e comunica fim das atividades
Steve Harris admite que sempre foi "acumulador" de coisas do Maiden, e isso salvou novo livro
Regis Tadeu coloca Deep Purple no grupo de boybands ao lado do Angra
Após assassinato do diretor, Spinal Tap suspende último filme
10 bandas que encerraram suas atividades em 2025
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional


