Niharp: um profissionalismo que deveria servir de exemplo
Resenha - Into Ethereal Dusk - Niharp
Por Vitor Franceschini
Postado em 18 de abril de 2019
Apesar de estar há mais de quinze anos na ativa, somente em 2018 a banda campinense Niharp chegou ao seu primeiro álbum completo. Antes disso, o quinteto havia lançado dois ótimos EP’s, "A New Beginning" de 2013 e "The Midnight Curse" (2018). Aliás, duas músicas de cada trabalho reaparecem no debut.
Mostrando um profissionalismo que deveria servir de exemplo para muitas bandas daqui (grandes inclusive), o Niharp consegue atingir níveis altos desde a sua apresentação (seu release está escrito em nove idiomas!), quanto a produção sonora de seu trabalho, até a estrutura de suas composições.
Seu som tem como principais focos o Prog e o Power Metal, mas a banda apresenta um certo flerte com o Thrash Metal. Isso a traz para o hall de nomes como Evergrey, Nevermore, Communic, etc. E sua música tem tanta qualidade quanto a de qualquer banda que seja consagrada no estilo.
Primeiro temos que ver o trabalho consistente das guitarras de Murilo e Koragem, que fazem um trabalho equilibrado desde o peso avantajado, passando por melodias na dose certa, criando uma base maciça e interessante, além dos solos propícios. Tudo com auxílio de uma cozinha que possui no baixo de Helder Silva a densidade necessária com linhas complexas e uma bateria que explora tudo que a música da banda lhe proporciona (incluindo alguns esporádicos ‘blast beats’), mérito das baquetas de Karioca.
O vocalista Douglas Rovas segue toda essa versatilidade que a banda proporciona em suas composições, usando-se de drives interessantes, flertando com o gutural e não se perdendo em momentos mais altos. Destaques? Ouça o disco todo várias vezes e descubra o quão difícil é destacar algo no tracklist positivamente equilibrado.
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