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Poets of the Fall: performances como de costume impecáveis

Resenha - Ultraviolet - Poets of the Fall

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Postado em 22 de outubro de 2018

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Após exatos dois anos, o Poets of the Fall voltou agora dia 5, e como sempre para mim é um grande prazer ouvi-los de novo. Muito embora eu não ache esta a fase mais excitante da banda, não existe disco deles que seja ruim, eles parecem ser incapazes de fazer isso. E pra ninguém me entender mal, já aviso que após diversas audições do álbum pelo Spotify, eu já encomendei a minha cópia em CD pela loja estrangeira recordshopx.com.

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Segundo os próprios caras da banda, este disco dá continuidade à proposta iniciada no álbum anterior, Clearview, que marca o início de uma nova fase na carreira deles.

Mas dando sequência ao que eu dizia antes, a melhor fase do POTF para mim até o momento, é a fase que foi de 2010 a 2014, envolvendo os álbuns Twilight Theater, Temple of Thought e Jealous Gods, três álbuns sensacionais da carreira deles na minha opinião, com muito mais ênfase nas guitarras, nos solos e no peso, com ótimas letras e dramaticidade. Dando uma guinada em relação a tudo isso, temos esta nova fase, com a mesma ênfase nas belas letras, mas com muito mais foco nas harmonizações, sem solos de guitarras (no máximo um ou outro riff bem executado) e com uma puxada mais Pop do que Rock, e que se estenderá, segundo a banda, até o próximo disco, e depois vamos ver que rumo tomarão.

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O que eu falei no disco anterior, o Clearview, eu repito na resenha deste aqui: é um disco que você ouve, mas sente que faltou alguma coisa. As guitarras de Olli e Jaska ainda continuam servindo só de base, enquanto a ênfase maior está nos teclados de Captain. No disco Jealous Gods era o contrário, a guitarra era a privilegiada, com os dois instrumentistas esbanjando técnica e solos eletrizantes, eu costumo dizer sempre que o Jealous Gods é um disco de guitarra, muito por conta dessa ênfase que eles deram ao disco. Foi uma fase mais roqueira da banda. Esta nova, a partir do Clearview, é uma fase mais "A-ha" do grupo. Os teclados são mais privilegiados, há muita canção acústica, as guitarras são apenas o suporte, não tendo destaque, e o som é menos roqueiro e um pouco mais pop. Eu gosto, acho bacana, até por ter essa variedade sonora, mas vez ou outra, eu sinto falta de um peso a mais no som, um solo de guitarra, e coisas do tipo.

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Não se engane, caro leitor: ainda é o mesmo Poets de lá de trás, e existem muitos momentos deste disco aqui que ilustram isso, mesmo nas novidades que escrevem, ainda percebemos que eles continuam sendo eles mesmos; portanto, não se preocupe, tem muita coisa aqui para você e eu, fãs de longa data, mas eu gostaria que tivesse aparecido mais coisas. Entretanto, entendo perfeitamente essa guinada deles em busca de agradar pessoas que prefiram esse som mais diverso.

A primeira música que ficamos conhecendo do novo disco, ainda em Fevereiro, no início deste ano, foi "False Kings", que acabou como terceira no tracklist final. Na época, eu cheguei a pensar que se tratava de um single solto do grupo. É uma belíssima faixa, bem sofisticada, com uma cadência sedutora meio jazzística até, e falando sobre dualidade, e que se assemelha muitíssimo a um tema de filme do James Bond. Eu acredito que eles até deveriam considerar a ideia de ceder os direitos da música para um eventual próximo 25º filme do espião inglês, seria muito bacana. Só uma ideia!

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Agora em Setembro, viemos a conhecer o segundo single do disco, a faixa que abre o novo álbum, "Dancing on Broken Glass", uma faixa up tempo, bem alegrinha, com uma historinha de amor dramática de superação e com um videoclipe que meio que remete àquele livro The Fault in Our Stars. É uma música dançante e animada, nada fora do padrão ou que impressione, mas divertida. Achei muito fera mesmo a ótima segunda faixa, "My Dark Disquiet", é uma faixa um pouco mais pop, com relances dramáticos, ênfase no som de sintetizador, bem naquele estilão synth-pop do A-ha por exemplo, mas bem mais dramático, lembrando trilha de Silent Hill.

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O que eu mais gostei nestes dois primeiros exemplos, foi o contraste luz / trevas. A primeira faixa é sobre sair das trevas e buscar a luz, enquanto que a segunda é sobre abraçar as trevas que nos envolvem e procurar tirar proveito de alguma luz que encontramos no meio do caminho; ambas se complementam.

"Fool's Paradise" retorna naquela pegada clássica do Poets of the Fall, é uma faixa na média, decente, bacana de ouvir, cuja letra fala sobre aparências. Seguindo em frente, apenas nas cordas, temos "Standstill", uma pequena baladinha semi-acústica que poderia muito bem ser confundida com algo saído dos dois primeiros álbuns do grupo, o Signs of Life e o Carnival of Rust; bonita, agradável e com uma mensagem positiva sobre não desistir de seus objetivos.

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Depois vem uma pequena surpresa. Não algo que cause comoção, nem nada do tipo, mas é legal, porque difere do que a banda faz comumente. Muito embora se trate de mais uma balada, essa daqui, chamada "The Sweet Escape", é para entrar para aquelas clássicas do grupo; ela começa com uma drumbox, aquela batida eletrônica, bem estilo Phil Collins e Tears for Fears, melodia leve e com tom dramático; já vimos muito disso antes, mas só o Poets consegue poetizar na letra de forma tão inspirada como eles fazem. Uma belíssima e inspirada balada para se ouvir a dois.

Das quatro faixas finais, gostei bastante dos climas e a atmosfera dramática de "Moments Before the Storm", da bonita melodia acústica e dramática de "In a Perfect World", e do arranjo sensacional e quase gospel da bonita "Choir of Cicadas", que arranjo mais caprichado nesta faixa de fechamento! Sério, me bateu uma emoçãozinha ouvindo o som de órgão com os violões, quase como se estivessem em tom solene de oração. E muito embora eu não seja um grande fã de batidas eletrônicas, a agitada e dançante "Angel" se fez uma ótima obra, com um arranjo melódico muito bom.

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As performances no disco estão, como de costume, impecáveis, cada um dos integrantes dando o seu máximo, a voz de Marko em dia, potente e marcante como sempre. Eu recomendo muito, com certeza, em todo disco da banda a gente encontra momentos que marcam, mesmo que em um nível menor, e o fã que porventura seja novo, pode ficar tranquilo em começar por este novo disco aqui, porém reforço novamente que ainda acho a melhor fase do grupo finlandês até o momento, a de 2010 a 2014. Como fã de longa data - desde o começo da banda, para ser mais exato - me sinto livre para expor minha opinião crítica ou elogiosa ao trabalho dos caras, mas até o presente momento, meu discurso sempre termina com a mesma frase: vá atrás deste novo disco deles! Como sempre, um ótimo trabalho.

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Ultraviolet (2018)
(Poets of the Fall)

Tracklist:
01. Dancing on Broken Glass
02. My Dark Disquiet
03. False Kings
04. Fool's Paradise
05. Standstill
06. The Sweet Escape
07. Moments Before the Storm
08. In a Perfect World
09. Angel
10. Choir of Cicadas

Selo finlandês: Insomniac

Poets of the Fall é:
Marko Saaresto: voz
Olli Tukiainen: guitarra, violão
Markus "Captain" Kaarlonen: teclados e efeitos

Músicos de apoio:
Jaska Mäkinen: guitarra
Jani Snellman: baixo
Jari Salminen: bateria

Discografia anterior:
- Clearview (2016)
- Jealous Gods (2014)
- Temple of Thought (2012)
- Twilight Theater (2010)
- Revolution Roulette (2008)
- Carnival of Rust (2006)
- Signs of Life (2005)

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Site oficial:
http://www.poetsofthefall.com

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http://acienciadaopiniao.blogspot.com.br

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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