ELP: um dos álbuns mais importantes da história do rock progressivo
Resenha - Emerson, Lake & Palmer - Emerson, Lake & Palmer
Por Tiago Meneses
Postado em 27 de setembro de 2017
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Sem a menor dúvida um dos álbuns mais importantes da história do rock progressivo. A estreia de uma banda de apenas três integrantes, porém, poderosos músicos capazes de entreter uma multidão em performances "solos" avassaladoras. Três forças comandantes em que cada uma continha o seu próprio holofote em cima do palco. Um registro bastante complexo, muita evidência de criatividade, abordagem cheia de drama inspirado e uma ampla gama de ótimas ideias. Um tipo de música pura que agarra pelos os ouvidos e transporta o ouvinte para outro lugar.
Emerson Lake And Palmer - Mais...
KEITH EMERSON mostra que não é apenas um virtuoso, mas também mostra que sua habilidade em harmonia e desenvolvimento do tema é inegável. Também são notáveis as transições suaves entre partes improvisadas. GREG LAKE é uma voz excelente e trabalha muito bem o seu baixo e apesar de sentir que nem sempre CARL PALMER tem a mesma precisão dos outros dois, ele consegue encaixar muito bem na música. Um disco um tanto diversificado e de bastante dinâmica.
A primeira faixa, "Barbarian", é uma referência a um trabalho enérgico do compositor clássico húngaro, BELA BARTOK. Uma coisa é fato, se você quiser gostar de EMERSON, LAKE & PALMER, você tem que gostar de música clássica, pois é algo bastante apresentado no seu estilo. "Take a Pebble" é uma das melhores músicas prog com piano. A banda encontra expressão na interação e a voz de LAKE é muito cativante. O solo de guitarra acústica aumenta a dinâmica com o tom silencioso. As linhas de piano de KEITH EMERSON são destaque. Toca de maneira virtuosa, mas despretensioso e concentrado na criação de uma boa atmosfera.
"Knife Edge" é uma boa prova de que uma banda sem guitarrista pode realmente funcionar muito bem. Os riffs são bastante pesados, surpreendentemente, a música é baseada na Sinfonietta de JANACEK. No meio há uma citação a BACH. Também possui um excelente Hammond. A única bola fora da banda aqui é que as citações não são creditadas. "The Three Fates" é a vitrine instrumental de EMERSON. Essas composições sofisticadas e complexas se inclinam para a música clássica e apresentam alto nível de musicalidade. A princípio esse tipo de composição de três partes pode parecer autoindulgente e bombástica, mas não encaro esse como sendo um caso. Vejo apenas como uma peça musical bem elaborada e que pode prender a atenção do ouvinte do primeiro ao último segundo.
Quanto a "Tank", não é que eu ache uma faixa fraca, mas hoje em dia geralmente eu a pulo quando escuto esse disco. Tem um começo e final que não me prenderam e um solo de bateria no meio, sendo que algo que nunca consegui gostar é de solos de bateria. "Lucky Man" foi um single de sucesso. Tem um refrão bastante bonito com voz e back vocals (que também eram feitos por LAKE) de grande harmonia. As letras de Lake são sobre o absurdo da guerra. Uma balada agradável com uma melodia folk e um solo moog no final.
Difícil dizer qual é o melhor álbum entre os quatro primeiros da banda, mas com certeza esse é o mais indicado pra quem procura músicas mais consistentes e menos explosivas. Considero o melhor ponto de partida pra quem queira se aventurar no som da banda, mas como eu disse lá no começo, pra gostar de forma plena é preciso apreciar a música clássica principalmente barroca. Há também grandes momentos jazzísticos. Enfim, se você considera teclados proeminentes e não se importa com a falta de guitarra, conhecer esse álbum é obrigação.
Músicas:
1.The Barbarian - 4:33
2.Take A Pebble - 12:34
3.Knife-Edge - 5:08
4.The Three Fates - 7:45
5.Tank - 6:52
6.Lucky Man - 4:36
Integrantes:
Keith Emerson: órgão hammond, clavinete, piano e moog
Greg Lake: vocal, baixo, guitarra elétrica e acústica
Carl Palmer: bateria e percussão
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
O artista "tolo e estúpido" que Noel Gallagher disse que "merecia uns tapas"
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
A banda que Alice Cooper recomenda a todos os jovens músicos
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
Site aponta 3 desconhecidos supergrupos dos anos 1970 com membros famosos
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
A banda que Ian Anderson disse ter melhorado o mundo; "Grandes canções e execução inovadora"
O Big 4 do rock progressivo, de acordo com Ian Anderson, do Jethro Tull
A banda de rock progressivo que Renato Russo achava o máximo, mas deixou de gostar
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman


