Dream Theater: Caos Sistemático em Demasia
Resenha - Systematic Chaos - Dream Theater
Por Vitor Sobreira
Postado em 12 de setembro de 2017
Infelizmente, por algum motivo inexplicável, existem bandas que não chamam muito a nossa atenção ao longo da vida, e o Dream Theater acaba sendo uma delas para mim. Entretanto, posso admitir ao leitor de forma bastante sincera, que isso não me impede de considerá-lo como um gigante do Progressive Metal, com ótimos trabalhos e músicos envolvidos nesses quase trinta anos de expressiva carreira.
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Lançado em junho de 2007 pela RoadRunner Records e amparado por uma ótima qualidade sonora - resultante da produção feita por John Petrucci e Mike Portnoy, juntamente com a masterização de Vlado Meller - "Systematic Chaos" atingiu a décima-nona posição no chart Billboard 200, sendo na época a maior conquista do Dream Theater em solo estadunidense (até a chegada do sucessor "Black Clouds & Silver Linings", de 2009, que estreou na sexta posição!).
Não para menos: o trabalho esbanja qualidade, complexidade e grandiosidade do início ao fim em uma verdadeira aula de Prog, iniciada em "In The Presence of Enemies – Part I", uma excelente abertura que não poderia ter sido melhor escolhida, com seus nove minutos que passam voando. Não se deixando intimidar, "Forsaken" apresenta melodias cativantes mais concentradas, belas notas de teclado e um refrão forte, para ficar na cabeça por muito tempo, enquanto que "Constant Emotion" chama a atenção pelo peso e por ser um pouco mais direta e marcante.
Ainda mantendo as forças, "The Dark Eternal Night" nos proporciona tudo o que de melhor pode, como um dos melhores refrãos, o indispensável peso e passagens instrumentais de outro mundo. Como não poderia faltar uma balada, aqui temos "Repentance", que ainda conta com a participação mais do que especial, nas partes ‘faladas’, dos músicos e vocalistas Steve Vai, Joe Satriani, David Ellefson, Neal Morse, Chris Jericho, Steve Hogarth, Mikael Åkerfeldt, Steven Wilson, Jon Anderson e Corey Taylor (!!), em uma viagem de mais de 10 minutos, com muito sentimento e algumas partes mais "sombrias". Seguindo uma linha mais Progressiva e não tão pesada, "Prophets of War" nos prepara para a reta final, com a dramática "The Ministry of Lost Souls" e a mais longa de todas "In The Presence of Enemies – Part II", que apesar de contar com momentos inspiradíssimos e até épicos, também possui outros que poderiam ter sido cortados na edição final. Pessoalmente, acho que não superou a "Part I", mas encerra muito bem esta jornada musical.
Este, é um daqueles discos para se ouvir com calma, e apreciar todas as suas nuances técnicas e viagens melodiosas. Então, o que está esperando para se surpreender?
Faixas:
01 – In The Presence of Enemies – Part I
02 – Forsaken
03 – Constant Motion
04 – The Dark Eternal Night
05 – Repentance
06 – Prophets of War
07 – The Ministry of Lost Souls
08 – In The Presence of Enemies – Part II
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