Dream Theater: repetir jamais, parecer talvez
Resenha - Systematic Chaos - Dream Theater
Por Renan Corradini Colber
Postado em 24 de junho de 2007
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Repetir jamais, parecer talvez. Este é o Dream Theater atual - fase esta que pode ser considerada a partir do álbum "Six Degrees Of Inner Turbulence" de 2002.
Dream Theater - Mais Novidades
Agora, com "Systematic Chaos" (2007 - Roadrunner) os norte americanos voltam com bastante peso, melodia, mudanças de andamento e tudo o que a banda já mostrou anteriormente.
Tudo bem, eu falei que eles não se repetem no início desta resenha e reafirmo. Eles não estão se repetindo, estão mantendo uma crescente baseando-se sempre em seu estilo. Nenhuma faixa do álbum remete a qualquer outra já feita por eles - a exceção de "Repentance", que será discutida mais a frente -, mas nem por isso você deixa de reconhecer a banda e sua musicalidade e personalidade.
"In the Presence of Enemies Pt.1" abre o álbum com maestria e com o Prog Metal famoso praticado pela banda. Vigor, solos, melodias que não saem da cabeça estão lá e voltarão à tona em "In the Presence of Enemies Pt.2" que encerra o álbum. James Labrie em uma entrevista falou que elas são continuações uma da outra, mas não estão em sequência no álbum pelo contexto do mesmo, que pedia uma no início e outra no fim. Portanto, o que comentei da "Pt.1" é válido pela "Pt.2" que juntas formam uma música e tanto com aproximadamente 25 minutos. Provavelmente, a melhor do disco.
"Forsaken" é a segunda faixa do disco e podemos ouvir uma influência bastante forte do New Metal de bandas que usam guitarras pesadas e pianos com melodias marcantes, vide Evanescense. Muitos fãs vão torcer o nariz, mas é uma faixa legal que cumpre a parte que "I Walk Beside You" (U2?) cumpriu em "Octavarium".
"Constant Motion" é a seguinte e é impossível não lembrarmos do clássico "Blackened" do METALLICA. Riffs matadores e um puro Thrash Metal complexo e rápido que vai fazer muita gente suar caso tentem coverizar a música. Mais uma vez, os fãs das antigas (ou antigos fãs?) torcerão o nariz, pois aqui ouvimos, primordialmente, o peso e isso também ocorre na faixa seguinte.
Como colocado acima, "The Dark Eternal Night" continua com o peso de "Constant Motion", no entanto colocando uma pitada maior de New Metal e não se esquecendo nunca do Prog Metal que consagrou a banda. Mike Portnoy, como em "Constant Motion", faz muitos backing vocals que em primeira instância podem parecer ruins, mas na essência das músicas se mostram bastante importantes. Portnoy e seu ego trabalham juntos, às vezes para o bem, às vezes nem tanto.
A famosa "saga da cachaça" como já li em alguns fóruns é complementada com a faixa "Repentance". A saga em questão conta sobre os problemas que Mike Portnoy teve com a bebida e com as drogas que quase culminaram com o fim do Dream Theater. Ele abordou a mesma temática nas músicas "The Glass Prison", "This Dying Soul" e "The Root of all Evil", dos álbuns "Six Degrees of Inner Turbulence" (2002), "Train of Thought" (2003) e "Octavarium" (2005), respectivamente. "Repentance" tem uma influência muito forte de PINK FLOYD, e conta com muitas viagens e longas partes que demoram muito para se definir. Com certeza, esta é uma faixa que merece ser ouvida muitas vezes e deve ser entendida contextualmente. No entanto, muita gente vai achar a faixa cansativa e desnecessária. Depois de muitas tentativas, acaba por ser considerada uma boa faixa, mas a pior do disco.
"Prophets of War" traz a forte influência da banda MUSE que o Dream Theater vem demonstrando em seus últimos CDs. Com um refrão que fica em sua cabeça por longas horas, a faixa traz muitos efeitos na voz de Labrie e um ótimo trabalho de backing vocals. Uma ótima música.
Por fim, "The Ministry of Lost Souls". Esta pode ser vista com uma continuação da faixa "Octavarium". Longa e com muitas passagens melódicas e o fim que repete o início com um andamento diferente, a faixa também é muito interessante, mas pode ser vista como uma repetição da já citada faixa do álbum de 2005.
Por fim, pode-se concluir que a banda se manteve onde está desde 2002. Para alguns está cada vez mais no fundo do poço, para outros cada vez mais no topo. A realidade é que o DREAM THEATER é e vai ser sempre o maior nome do metal progressivo de nossa geração. E que venham ao Brasil!
Dream Theater
Systematic Chaos
2007
Roadrunner Records
Outras resenhas de Systematic Chaos - Dream Theater
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
A "guerra musical" dentro do Guns N' Roses que fez a banda se desmanchar
Site aponta 3 desconhecidos supergrupos dos anos 1970 com membros famosos
Robert Plant tem show anunciado no Brasil para 2026
Sharon Osbourne revela o valor real arrecadado pelo Back to the Beginning
Dream Theater divulga performance ao vivo de "Night Terror"
Cinco músicas totalmente excelentes lançadas em 2025
Confira os indicados ao Grammy 2026 nas categorias ligadas ao rock e metal
As 40 músicas que marcaram a vida do redator Mateus Ribeiro
Mike Portnoy está empolgado com relançamento de "Dressed to Kill", do Kiss
Como uma música completamente flopada me apresentou a uma das bandas do meu coração
Mike Portnoy comemora maior turnê do Dream Theater e indica novidades para 2026
A música do Dream Theater inspirada em atrocidades que civis sofrem na Arábia Saudita
Mike Portnoy diz que há um "Lars Ulrich" de diferença entre ele e Neil Peart
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman


