RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Nikki Sixx (Mötley Crüe) anuncia estar passando por terapia EMDR

A habilidade de Ozzy na música que espanta Zakk Wylde; "ele domina como ninguém"

"Era um pecado mortal você dizer que gostava de Led Zeppelin nos anos oitenta", diz Lobão

O que mapa astral de Eloy Casagrande pode dizer sobre ida ao Slipknot, segundo astróloga

A participação do Barão Vermelho na campanha de vacinação contra o sarampo

Robert Trujillo, do Metallica, descreve a "coisa mais importante" para tocar em uma banda.

A banda de hard rock que nos anos 80 disputou quem ficava mais tempo sem tomar banho

Como era conviver com o precoce Eloy Casagrande na época da escola, segundo astróloga

O elemento que fez a diferença no álbum mais bem-sucedido no Mötley Crüe

Como era trabalhar com Dave Mustaine no Megadeth, segundo o lendário Chris Poland

O gênero onde Ellefson teria ganho muito dinheiro; "Dane-se. Eu toco Rock 'N' Roll de graça"

O melhor solo do saudoso Dimebag Darrell no Pantera, segundo Rex Brown

O clássico álbum dos Beatles que teve seu lado B rejeitado por John Lennon; "lixo"

Por que Barão Vermelho fez mais sucesso que Skid Row no Hollywood Rock, segundo Frejat

Dream Theater - Uma apresentação de encher os olhos, três horas que passaram muito


Stamp

Royal Blood: menos pesado, novo disco não empolga como o primeiro

Resenha - How Did We Get So Dark? - Royal Blood

Por Igor Miranda
Postado em 19 de junho de 2017

Nota: 7 starstarstarstarstarstarstar

Formado em 2013, o Royal Blood se tornou uma das grandes sensações do rock britânico antes mesmo de lançar seu primeiro disco. Naquele ano, o baterista Matt Helders (Arctic Monkeys) causou leve burburinho ao utilizar uma camiseta da banda durante um show no Glastonbury Festival. Na época, o duo britânico não havia lançado nenhuma música, mas meses depois seria confirmado como atração de abertura do grupo de Matt Helders. Daí, quatro singles foram lançados até o primeiro disco, autointitulado, chegar a público em 2014.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A expectativa se converteu em realidade: o Royal Blood conseguiu uma expressiva repercussão com seu primeiro álbum, que conquistou disco de platina no Reino Unido - mais de 300 mil cópias foram vendidas por lá - e uma satisfatória 17ª posição nas paradas dos Estados Unidos. O grupo fez mais de 250 apresentações entre 2014 e 2015 por todo o mundo, incluindo uma passagem pelo Rock In Rio 2015, e arrancou elogios até de Jimmy Page: o guitarrista do Led Zeppelin disse que o grupo era composto por "grandes músicos" e que sentia o início de um novo movimento no rock.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

De fato, o vocalista e baixista Mike Kerr e o baterista Ben Thatcher são grandes músicos. Ao abdicarem das guitarras e tocarem apenas com baixo e bateria, assumem uma grande responsabilidade, mas mostram naturalidade e maestria tanto em estúdio quanto ao vivo. Só que muitos se assustam ao lançar um segundo álbum após o primeiro ter feito sucesso.

"How Did We Get So Dark?", sequência da curta discografia do Royal Blood, chegou a público em 16 de junho de 2017. O registro tem sido gravado desde o ano passado no ICP Studios, na Bélgica, e pouco se falou sobre os trabalhos até o primeiro single sair em abril deste ano. Outras três músicas foram reveladas desde então e mostraram que, apesar da essência ter sido mantida, o duo parece desejar um caminho diferente - e menos pesado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A impressão se confirma no disco como um todo. Em "How Did We Get So Dark?", o Royal Blood não é, necessariamente, sofisticado, mas tem uma pegada menos "explosiva". E isso conta de forma positiva e negativa ao mesmo tempo. É bom, porque experimentar novos caminhos é algo importante na arte como um todo. Contudo, nem sempre as coisas se encaixaram nesse disco.

Por um lado, algumas características do debut foram preservadas. As músicas seguem curtas - três minutos, em média -, o baixo de Mike Kerr segue ditando as regras e os vocais continuam com uma pegada suave e carismática em meio ao caos instrumental. Tudo isso já foi apresentado e aprovado anteriormente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Na contramão, os "experimentos" me chamaram a atenção de forma mais negativa porque, no geral, contribuem para cortar o peso. Aqui, Ben Thatcher soa bem mais comportado e menos visceral, o que abrandou o som. O baixo ainda assume a função de reger as canções, mas sem o mesmo peso de outrora, além da quantidade ainda mais reduzida de solos. Os vocais principais, agora, são acompanhados de backing vocals, também gravados por Kerr, que dão uma interpretação mais indie rock e menos intensa às músicas. Em alguns momentos, fica legal. Em todas as faixas, nem tanto.

O Royal Blood optou por uma pegada um pouco mais diferente e, por isso, não dá para dizer que o grupo se intimidou com a responsabilidade de fazer o disco seguinte à estreia bem-sucedida. Apesar dos destaques negativos, o maior problema de "How Did We Get So Dark?" é mais estratégico do que puramente musical.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Mike Kerr e Ben Thatcher ainda conseguem entregar um bom trabalho, mas, aqui, tentaram se alinhar demais com uma pegada garage rock que pouco combina com a proposta soturna - e, até então, diferenciada - do duo. Além disso, as músicas mais fracas do disco foram colocadas logo no início da tracklist. O ouvinte menos paciente desiste da audição sem provar o que há de melhor no álbum.

Com tudo isso, "How Did We Get So Dark?" não soa tão bom quanto poderia. Não deixa de ser um disco digno de aplauso, nem de merecer uma boa avaliação por parte do público em geral. Só não é tudo aquilo que se esperava do Royal Blood.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Análise faixa a faixa

A faixa que abre "How Did We Get So Dark?" é a mesma que dá nome a ele. A canção cria uma expectativa, mas não entrega o que promete. Com os versos minimalistas, esperava-se um refrão de impacto, explosivo. Isso não é apresentado. Os backing vocals ao fim enterram tudo, pois são o cúmulo do brega. Na sequência, "Lights Out" lembra mais o primeiro disco, só que com um refrão menos intenso. Com essa música, primeiro single do álbum, fica clara a intenção do grupo: trilhar para um caminho levemente mais garage/indie rock, que lembra o Black Keys.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

"I Only Lie When I Love You" reforça ainda mais essa tentativa de soar indie. No entanto, essa faixa acerta na proposta: é dançante de uma forma estranha, muito devido ao bom trabalho de Ben Thatcher. Guiada por um riff chato, a dispensável "She's Creeping" lembra os momentos menos inspirados do Queens Of The Stone Age. Há poucos atrativos por aqui.

A partir de "Look Like You Know", as coisas começam a melhorar. A pegada soturna do Royal Blood começa a dar as caras, em meio a um groove que lembra um White Stripes com hormônios. Tal essência é mantida com "Where Are You Now?", música que traz o melhor do classic rock sob a ótica do duo. A seguir, a dark "Don't Tell" mostra um pouco da recente evolução vocal de Mike Kerr, que explora oitavas e parece brincar com as linhas melódicas a ele propostas. Apesar de breve, o solo de baixo mata a saudade de quem gostou tanto do álbum anterior.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Uma das melhores do disco, "Hook, Line & Sinker" mostra um caminho interessante que poderia se seguir no álbum: um tom de sofisticação na construção rítmica e melódica, mas sem abrir mão de boas músicas, com ganchos e elementos atrativos no fim das contas. A excelente "Hole In Your Heart" também é ousada para o padrão Royal Blood, visto que o baixo e a bateria são acompanhados de teclados. Outro grande momento de "How Did We Get So Dark?". "Sleep", faixa mais longa - com pouco mais de 4min15seg, fecha o full-length de forma arrastada. Soa como uma (boa) sobra do registro de estreia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Mike Kerr (vocal, baixo)
Ben Thatcher (bateria)

1. How Did We Get So Dark?
2. Lights Out
3. I Only Lie When I Love You
4. She's Creeping
5. Look Like You Know
6. Where Are You Now?
7. Don't Tell
8. Hook, Line & Sinker
9. Hole In Your Heart
10. Sleep

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps




publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
Mais matérias de Igor Miranda.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS