Warbringer: Representando o Thrash Metal moderno
Resenha - Woe to the Vanquished - Warbringer
Por João Moreira
Postado em 10 de abril de 2017
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Apesar de não ser uma banda tão jovem – são 13 anos de carreira e 5 álbuns de estúdio – o WARBRINGER continua sendo um bastião do Thrash Metal e atuando como antítese à tese de Gene Simmons.
O WARBRINGER é uma daquelas bandas que revivem o Thrash pós-década de 90, flertando com vários dos elementos que cruzaram o caminho do estilo durante esse tempo. As influências de bandas como SLAYER nos primeiros álbuns, KREATOR na velocidade e potência e SODOM nas temáticas abordadas são visíveis. Tal combinação dá a luz a um grupo técnico, agressivo – o uso de blast-beats pode surpreender alguns novos ouvintes – e que abusa menos dos backing vocals que seus parceiros de estrada HAVOK, e até mesmo LICH KING.
A jornada até o lançamento de "Woe to the Vanquished" pela Napalm Records foi repleta de percalços. Várias substituições e um período em inatividade tiveram consequências diretas no som que a banda explorou no álbum, positivas e negativas. Os exemplos quase formam um paradoxo, já que o álbum demonstra passagens muito rápidas e riffs alucinantes à utilização de melodias mais tênues e ‘levadas’ que, para o grupo, podem ser consideradas simples. Apesar dos contratempos, o som da banda continua em uma visível evolução, recuperando em partes a alma exibida em "Worlds Torn Asunder" e que foi menos visível no penúltimo disco "IV: Empires Collapse".
A audição de "Woe to the Vanquished" começa ainda pela arte da capa. Além do título criativo, a linda capa coloca em pauta o que será a temática do álbum e principalmente a abordagem da primeira faixa "Silhouettes". A faixa 1 é a música mais rápida – em contagem de tempos – que o WARBRINGER já produziu, de acordo com a própria banda, para demonstrar algumas das atrocidades da Primeira Guerra Mundial. Quando os riffs começam a soar é possível perceber que a música pode mesmo danificar alguns metrônomos. Seguida da ótima faixa-título, e de "Remain Violent", os primeiros 12 minutos do álbum – um terço do tempo total do trabalho (!) – são de muito alto nível.
Até esse momento o ouvinte se coloca na difícil posição de não saber definir qual será a melhor música do álbum; indecisão que se vai a partir do início de "Shellfire", a quarta faixa. Riffs precisos, um refrão de arrepiar e uma bela melodia fazem de "Shellfire" uma das grandes músicas na carreira da banda.
Confira a faixa "Shellfire" no YouTube:
"A lost generation dies by gunshot to the head
A forward advance over mountains of the dead"
A partir de então, a segunda metade do disco preza por mais técnica, utilizando a velocidade para compor algumas músicas maiores, mas que mantém a qualidade superior do disco. "Descending Blade" é uma boa música, com peso e técnica apurada. "Spectral Asylum" é o tipo de música que gera conflitos entre fãs, pois apesar da passagem mais lenta que as demais, possui sua característica individual e encantará muitos. "Divinity of Flesh" demonstra mais da variedade de riffs que a banda possui e em conjunto formam uma música sólida, com mais velocidade, e letra que convida o ouvinte a cantar junto do vocalista.
A maior surpresa do álbum, porém, chega junto da última faixa: "When The Guns Fell Silent", um épico de 11 minutos que também dividirá as opiniões dos ouvintes. Apesar da controvérsia que geralmente é incitada por músicas mais extensas e que possuem várias abordagens durante o longo tempo de execução, fecha o álbum com estilo, mostrando que o WARBRINGER não se limita a realizar o revival do Thrash que já passou, mas cria músicas que os identifica como grupo e lhes dá cada vez mais características individuais.
Tracklist:
1 – Silhouettes (4:45)
2 – Woe to the Vanquished (4:01)
3 – Remain Violent (3:24)
4 – Shellfire (3:59)
5 – Descending Blade (4:15)
6 – Spectral Asylum (5:34)
7 – Divinity of Flesh (3:50)
8 – When the Guns Fell Silent (11:11)
Abaixo você pode conferir uma playlist com um pouco da evolução da banda entre os cinco álbuns:
Outras resenhas de Woe to the Vanquished - Warbringer
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
O convite era só para Slash e Duff, mas virou uma homenagem do Guns N' Roses ao Sabbath e Ozzy
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
Janela de transferências do metal: A epopeia do Trivium em busca de um novo baterista
Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
O único guitarrista que, para Lindsey Buckingham, "ninguém sequer chega perto"
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
Os 11 melhores discos de rock progressivo dos anos 1970, segundo a Loudwire
O que realmente fez Bill Ward sair do Black Sabbath após "Heaven & Hell", segundo Dio
Em 2008, David Gilmour falou sobre sua posição política, e Roger Waters
O disco que salvou o rock'n'roll, de acordo com Gene Simmons
Quando Nina Simone mostrou para John Lennon como uma canção polêmica pode ser subvertida

Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental



