Amon Amarth: Os Vikings ficariam orgulhosos com esse novo álbum
Resenha - Jomsviking - Amon Amarth
Por Guilherme Niehues
Postado em 29 de março de 2016
O novo álbum dos suecos do AMON AMARTH, intitulado "Jomsviking" foi lançado no dia 25 de março. Mas, obtive um acesso exclusivo para apreciar mais um belo trabalho na carreira da banda.
Em um primeiro momento, é necessário fazer uma ressalva e dizer que este é o primeiro álbum sem o baterista Fredrik Andersson (que ocupou o posto por 17 anos). As baquetas ficaram, então, por conta do veterano Tobias "Tobben" Gustafsson que já participou de bandas como Vomitory e God Among Insects.
Para os que já conhecem as músicas First Kill e At Dawn’s First Light, já entenderam que o baterista convidado não deixa a desejar e acrescenta a cozinha uma nova batida que varia muito bem entre o melódico e o agressivo. Ao ouvir todo o álbum isso fica mais evidente e você tem aquela sensação de que, ele deveria seguir atrás das baquetas da banda.
Também é interessante comentar que este é o primeiro álbum conceita, que retrata uma história com inicio meio e fim. Basicamente, seguimos a história de um Viking exilado e suas aventuras até voltar a sua terra como um homem e obter sua vingança. Não vou dar maiores spoilers. :)
O álbum do inicio ao fim, é um divisor de águas na carreira da banda. Todos os ingredientes da famosa fórmula estão aqui e ali, mas existe um tom melódico mais acentuado ao longo da bolacha e isso nos mostra que, a banda resolveu sair um pouco da sua zona de conforto que fora alcançada com os antecessores Deceiver of the Gods (2013) e um pouco do Surtur Rising (2011).
As guitarras possuem em cada faixa um momento que se destacam e resultam em um som imponente e intrigante, provendo uma sensação muito mais interessante ao ouvinte do que em seus antecessores. Realmente a banda teve uma dedicação maior nesse processo de composição e mostra ainda mais o talento para escrever riffs pegajosos.
Todas as 11 faixas do álbum se sobressaem em algum aspecto e portanto, não deixam o ouvinte com aquela sensação de sempre mais do mesmo ou de que 80% do álbum foi ignorada ao longo do play. Todos os elementos permitem você a identificar que este realmente é um álbum do AMON AMARTH em sua plenitude. Dificilmente você não reconheceria.
Vocês já conhecem duas músicas a First Kill e a At Dawn’s First Light, mas após ouvir o álbum todo, acabei me apegando a duas músicas em especial:
A Dream That Cannot Be conta com a participação da Doro Pesch (Doro, ex-Warlock) e no catálogo da banda é uma inovação, pois não tínhamos uma canção com participação de vocais femininos. Posso lhe garantir que a convidada se sente em casa e engradece a canção e mostra que é possível fazer um duo com Johann sem perder o senso e sonoridade.
A última música da bolacha Back on Northern Shores se tornou a minha favorita, não somente pela ótima conclusão, mas por ser a mais longa com mais de 7 minutos. Essa música capta toda a essência da banda e permite identificar sua melodia, agressividade e cuidado quando o assunto é música.
Os vocais não é preciso comentar, certo?
Johann consegue transmitir todo o furor de uma batalha com sua voz e é nitidamente perceptível o sentimento transmitido. Aliás, em alguns momentos ele usa sua voz limpa para fazer algumas passagens durante a bolacha e tudo se encaixa perfeitamente desde a primeira música até a última.
Se você é novato quando falamos de AMON AMARTH, Jomsviking pode ser um belo prato de entrada. Infelizmente, o clássico absoluto da banda Fate of Norns (2004) deverá ser o seu prato principal. Claro que esta nova bolacha será lançada em breve, mas cairá nas graças dos Vikings e terá aquele lugar especial em Valhala.
Em um resumo simplificado para os preguiçosos:
Toda a cozinha do AMON AMARTH está presente. Melodias, agressividade, o assunto sobre Vikings, os riffs de guitarra e uma bateria destruidora. Os convidados (baterista e Doro Pesch nos vocais), não deixam a desejar em seus postos e trazem uma evolução/inovação bastante interessante, sem perder a sonoridade já conhecida.
E antes que eu esqueça, vale ressaltar a belíssima capa que os suecos nos trazem, digna de competir com outros álbuns do catálogo da banda e até mesmo com outras bandas. Se existisse uma premiação para melhor capa, teríamos um forte concorrente.
Nota: minha resenha é instigar você a ouvir o novo álbum e é apenas minha opinião pessoal de pontos importantes ou uma síntese do que você vai encontrar. Ouça e tirem suas próprias conclusões.
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