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The Winery Dogs: Uma grande força no Rock moderno

Resenha - Hot Streak - Winery Dogs

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Postado em 21 de outubro de 2015

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

O The Winery Dogs, para quem não conhece ou está por fora das atividades de Mike Portnoy recentemente, é o supergrupo que o baterista resolveu formar, após sua saída do Dream Theater, com o baixista Billy Sheehan (Mr. Big) e o guitarrista e vocalista Richie Kotzen (Mr. Big, Poison). É um power trio, uma espécie de Dr. Sin, se eu fosse comparar com alguém, são três excelentes músicos, todos pros em seus instrumentos e fazendo o som que mais lhes agradam e o fazendo tecnicamente com muito esmero na instrumentação. O trio teve um ótimo primeiro disco sendo lançado há dois anos atrás e este ano lançam o segundo, Hot Streak.

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Algumas pessoas meio que torceram o nariz para essa iniciativa do Portina. Ouvia-se coisas como "ur-dur, ele foi atrás de um cachorro pra lamber porque agora ele não vai mais fazer as coisas complicadas e profundas que fazia no Dream Theater, só esse hard rockinho farofa, ur-duuurr!". Nem vou te falar muito, mas a vontade que eu tinha na época quando eu ouvia uns bobalhões falarem esse tipo de coisa era de mandar ir procurar uma... é, isso, você acertou. Poxa, deixa o cara fazer o som que ele quer, que neura essas pessoas tinham! Pessoalmente eu acho até legal ele procurar essa variedade, mostra como o cara pode ser versátil e não se ater apenas a um gênero específico.

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Foi com essa positividade que eu recebi na época o primeiro álbum do The Winery Dogs em 2013, que me agradou bastante. Aqui no segundo disco, o trio continua a mesma proposta sonora, aliás, até mais interessante em certos aspectos do que o primeiro álbum. Eu particularmente gostei bem mais deste segundo disco do que do primeiro. Cada um dos músicos continua aqui trazendo um pouco de seu mundo e de suas influências, Kotzen e seu Pop Rock com relampejos jazzísticos, sem falar de sua grande voz e interpretação que ele esbanja com estilo e categoria em sua carreira solo; Sheehan e seu baixo veloz e carregado, cheio de firulas interessantes dos tempos de Mr. Big; e Portina e sua bateria enérgica e rica, cheia de viradas interessantes e passagens que ele sempre esbanjou, tanto no Dream Theater quanto no Transatlantic.

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Sendo assim, vamos soltar os cães e falar de vários destaques bacanas neste novo álbum. A faixa de abertura, "Oblivion", eu curti logo de cara. Um hardão veloz e dinâmico, enérgico e com arranjos e viradas muito legais, tendo bastante aquele estilão do Kotzen misturado com a velocidade do Mr. Big, algo que se tornou marca forte no trio. Também gostei muito de "Captain Love" que me lembra o estilão do Free. A faixa título "Hot Streak", mais funkeada também é outro grande destaque no disco, aliás, bem dançante. Eu gosto de ver o Portnoy tocando algo mais dançante do que mais contemplativo para mudar os ares. É ótimo ver o cara investir em um som diferente.

Também adorei os refrãozinhos de "How Long", a gente escuta e fica impossível ficar indiferente com a energia que o trio passa. Há uma balada bonita também no disco, "Fire"; tem uma melodia meio batida, mas é bonita. As pauladas continuam com "Ghost Town", outra acelerada que eu gostei bastante, tem um swing legal e riffs matadores. Faixas aceleradas sempre foram mais a especialidade de Billy Sheehan, até por causa de seu histórico do Mr. Big, e em "Devil You Know" o cara mostra de novo aquele estilão de fazer o baixo dele assobiar e também aquelas acrobacias que ele faz nas cordas do instrumento. Como um último destaque do álbum, gostei muito do fechamento da versão normal, "The Lamb", uma faixa com um pouco mais de soul e com muita classe, que fecha um segundo e ótimo disco do trio americano.

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A versão japonesa foi agraciada com uma bela faixa bônus, "Solid Ground", que começa com uma batida de country e tem o trio inteiro cantando junto. Achei simplesmente um pecado essa música fazer parte somente da versão japonesa, porque na minha opinião ela é uma balada muito bacana e que fecharia bem a versão normal. É por isso que eu detesto essas versões de álbuns com bonus tracks, se tem mais alguma coisa interessante, alguém sempre acaba perdendo.

Enfim, achei um belo novo lançamento de três músicos talentosíssimos que ainda continuam representando uma grande força no Rock moderno e espero que eles continuem por aí nos proporcionando esse som vibrante e contagiante que tem feito nos últimos anos. Creio que é o que teremos, uma vez que Mike Portnoy declarou após o lançamento do primeiro disco do trio, que o The Winery Dogs era sua nova casa, sua nova banda fixa. Fico feliz com isso. Enquanto esses cães continuarem uivando por aí, eu ficarei esperançoso com o futuro do Rock'n'Roll.

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Hot Streak (2015)
(The Winery Dogs)

Tracklist:
01. Oblivion
02. Captain Love
03. Hot Streak
04. How Long
05. Empire
06. Fire
07. Ghost Town
08. The Bridge
09. War Machine
10. Spiral
11. Devil You Know
12. Think It Over
13. The Lamb
14. Solid Ground (faixa bônus da versão japonesa)

Selos: Wowow Entertainment, Inc. / Loud & Proud Records / THREE DOG records / Ear Music

The Winery Dogs é:
Richie Kotzen: voz e guitarra
Billy Sheehan: baixo e voz
Mike Portnoy: bateria e voz

Discografia anterior:
- The Winery Dogs (2013)

Site oficial:
http://www.thewinerydogs.com

Para mais informações sobre música, filmes, HQs, livros, games e um monte de tralhas, acesse também meu blog:
acienciadaopiniao.blogspot.com.br

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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