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Roger Waters: É como o time que entra em campo com o jogo ganho

Resenha - Roger Waters; The Wall - Roger Waters

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Postado em 15 de outubro de 2015

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Assistir esta magnífica apresentação de Roger Waters no cinema foi exatamente como aquela analogia do time que entra em campo com o jogo ganho. The Wall é uma das maiores obras do Pink Floyd, e certamente do Rock Progressivo, já escritas por alguém. Eu amo tanto esta obra que fiz questão de tentar encontrar o vinil dela em uma feira de vinis; assisti o filme de 1982 incontáveis vezes, aquele estrelando Bob Geldof. Portanto eu já sabia o que esperar indo ao cinema para assistir esta sensacional apresentação de 2014 do ex-baixista e compositor do Pink Floyd com sua banda. O que eu certamente não sabia era como ele conseguiu melhorar vários aspectos da performance. Parece que a ideia de The Wall é muito atual, mas isso é fruto de uma constante que permeia toda a existência do ser humano, que é sua infinita ignorância. E este trabalho de Rock político e social do Floyd enfrenta justamente esta característica humana. É a principal parede que o grupo tenta derrubar em sua obra-prima.

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Contando aqui com uma banda sensacional, efeitos especiais e pirotécnicos e uma produção impecável, Waters destila seu tratado social de maneira estonteante. Não somente temos o filme do concerto, naturalmente, mas também alguns enxertos que Waters adicionou na fita final de seu filme, nos dando um escopo muito maior deste trabalho.

O filme se inicia com o ator Liam Neeson (Taken, Batman Begins, Schindler's List) nos contando sobre sua primeira experiência assistindo o concerto do Floyd ainda no início dos anos 80, e o quanto esta experiência mudou sua perspectiva de vida. Certamente eu me vi em Neeson também, me lembrando de meu primeiro contato com o filme de 1982 e o grande impacto que aquilo teve sobre mim. Em seguida, vemos Waters caminhar por alguns lugares em campo aberto e ele passa por um cemitério gramado, saca uma corneta e começa a soprá-la. É aí que ouvimos os primeiros acordes de "In the Flesh", e o concerto inicia.

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Eu não preciso ficar descrevendo o álbum para vocês, todos sabem como ele é e todos conhecem as músicas, certo? Se você não conhece, meu amigo, então usa o Google ou o Youtube aí que eu não vou ficar aqui explicando isso porque você viveu as últimas décadas em uma caverna, isolado do contato social. The Wall está entre aquelas obras que são obrigatórias, todo e qualquer ser humano vivente caminhando ainda por este mundo, conhecer, independente de gostos e preferências, e já-já este meu argumento vai se provar.

Durante o concerto, muitos dos conceitos do álbum iam aparecendo em vídeo nas performances das músicas. Uma parte que eu acho sensacional é a imagem dos aviões abrindo as comportas e despejando objetos vermelhos como se fossem bombas. Saem de lá, desde cruzes e pentagramas e outros símbolos religiosos, o símbolo da Shell e da Audi representando o capitalismo feroz, a foice e o martelo representando o comunismo, enfim, todo e qualquer tipo de ideologia e fanatismos que podem matar e destruir as pessoas, e que jogam pessoas contra pessoas, provocando caos e destruição. "Another Brick in the Wall (Part II)" recebeu algum arranjo novo e uma performance impecável, com um novo coro de crianças no palco fazendo os refrões que versam sobre o controle mental que professores tomados por ideologias ignorantes tentam exercer sobre seus alunos, ao invés de lhes dar uma boa educação. O arranjo novo está em uma parte posterior que é dedicada ao brasileiro Jean Charles de Menezes, que morreu na Inglaterra, vítima de uma batida policial.

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E quando meu momento favorito do álbum, "Comfortably Numb", começa a soar os primeiros acordes, vendo aquela cena magnífica do guitarrista em cima da parede de fundo do palco, lá do alto, executando a música com Waters, eu me emociono e quase vou às lágrimas. Aplaudo timidamente no cinema ao lado de outro cara sentado ao meu lado que também resolveu fazer coro comigo. Um momento bastante cômico, aliás, dois momentos, foi "In the Flesh" e sua reprise, lá mais para frente, em que Waters, vestido de ditador com o símbolo dos martelos em seu braço, fica fazendo careta de Hitler, sarcasticamente rindo do falecido ditador.

O clímax da apresentação, que é a música "The Trial", foi sublime, conforme vemos a parede atrás de Waters se despedaçar aos gritos de "TEAR DOWN THE WALL!", e enfim, recompensados com o número final, "Outside the Wall".

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Entre a apresentação, víamos vídeos de Waters na estrada contando alguns fatos que lhe aconteceram durante a vida, alguns divertidos e outros dramáticos e reflexivos. E no final da apresentação, o filme ainda termina com Roger Waters e o baterista Nick Mason respondendo perguntas de várias pessoas no mundo sobre eles dois, o Pink Floyd, e outros assuntos. Entre os momentos divertidos, está um que um cara pergunta quem venceria uma luta debaixo d'água, Roger ou Nick, entre outros em que os dois músicos riem de si mesmos. E acreditem ou não, eles até chegam a responder uma pergunta envolvendo David Gilmour! E sem rancor nenhum no coração! Que "adorável"!

Mas um momento ótimo desta parte da fita está em que um rapaz de 19 anos de idade envia um email aos dois dizendo o quando a obra deles mudou a vida dele. E aí é que se sustenta este meu argumento lá de cima de que todas as pessoas tem obrigação de conhecer esta obra-prima do Floyd. Imagine só: eu que tenho 34 anos e era recém-nascido quando o disco saiu vindo aqui e dizendo a vocês o quanto esta obra me influenciou, e agora um garoto de 19 anos vem dizer o mesmo! Você ainda tem alguma dúvida?

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Enfim, Roger Waters: The Wall não só confirma mais uma vez o fato de que The Wall é uma obra seminal e sempre atual como também emociona, diverte e nos proporciona reflexão em seus 132 minutos de duração. E é por isso que eu tomo as palavras de Liam Neeson no começo da projeção para dizer que quem for assistir este sensacional filme/documentário/concerto, "irá ver algo especial", especialmente se você for fã de Floyd. Não deixe de ir conferir esta performance descomunal de uma das obras-primas mais essenciais de todos os tempos da música mundial.

The Wall (2014)
(Roger Waters)

Direção: Sean Evans, Roger Waters
Produção: Clare Spencer, Roger Waters
Roteiro: Sean Evans, Roger Waters
Música: Roger Waters

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Banda:
Roger Waters: voz, guitarra, baixo
Dave Kilminster: guitarras
Snowy White: guitarras
G.E. Smith: guitarras
Jon Carin: teclados
Harry Waters: piano Hammond
Graham Broad: bateria

Setlist:
01. In the Flesh?
02. The Thin Ice
03. Another Brick in the Wall (Part I)
04. The Happiest Days of Our Lives
05. Another Brick in the Wall (Part II)
06. The Ballad of Jean Charles de Menezes
07. Mother
08. Goodbye Blue Sky
09. Empty Spaces
10. What Shall We Do Now?
11. Young Lust
12. One of My Turns
13. Don't Leave Me Now
14. Another Brick in the Wall (Part III)
15. The Last Few Bricks
16. Goodbye Cruel World
17. Hey You
18. Is There Anybody Out There?
19. Nobody Home
20. Vera
21. Bring the Boys Back Home
22. Comfortably Numb
23. The Show Must Go On
24. In the Flesh
25. Run Like Hell
26. Waiting for the Worms
27. Stop
28. The Trial
29. Outside the Wall

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Elenco: Francesco Bugliosi, Randon Cusma, Marlo Fisken, Dennis Heffernan, Francois Jaubert, Chris Kansy, Darren Kent, DeeDee Luxe, Madison Maley, Peter Medak, Marta Morilla, Sonia Niekrasz, Sébastien Peyrasse, Georgina Porchetta, Willa Rawlinson, Audrey Seyler, Ugo Svioi, Sascha Trebor, Angie Tresalet, Aleena Wahdat, India Waters, Jack Waters, Duncan 'Pompey' Wilkinson

Para mais informações sobre música, filmes, HQs, livros, games e um monte de tralhas, acesse também meu blog:
acienciadaopiniao.blogspot.com.br

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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