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V.A.I.N.: Segundo álbum desafia os ouvidos mais preguiçosos

Resenha - 8 - V.A.I.N.

Por Afonso Ellero
Postado em 27 de setembro de 2014

A banda V.A.I.N. (Violent Attitude if Noticied) acaba de lançar seu mais recente álbum chamado simplesmente de "8".

Se você pensou que esse seria o oitavo registro da banda, se enganou, pois estamos falando do terceiro "full álbum" dessa que se auto rotula como uma banda de "Pós Punk Progressivo".

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Diferentemente de seu predecessor, "Timeline", a obra em questão mostra uma banda mais introspectiva e com uma sonoridade menos pesada, com altas doses de eletrônica em cada uma das, aí sim, "oito" canções distribuídas ao longo de quase 48 minutos.

"8" não é um álbum para ser ouvido enquanto se lava o carro, num churrasco ou balada. Sua sonoridade vai além do lugar comum e desafia nossa compreensão com sua letras subjetivas e arranjos de uma complexidade quase deselegante, que desafia os ouvidos mais preguiçosos.

Se me permitem fazer uma pequena analogia, diria que se esse trabalho deve ser digerido tal qual um Bourbon envelhecido, em doses homeopáticas, e não como uma cachaça qualquer.

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Não é possível traçar uma similaridade com qualquer outra banda do gênero, o que não significa dizer que se trata de algo revolucionário e inovador. "8" é um verdadeiro caldeirão de influências que vão de David Bowie à Peter Gabriel, passando por Genesis e Jon Anderson.

A subjetividade lírica se mistura com arranjos forçosamente desconexos por vezes, nos remetendo àquela pseudo sofisticação do Jazz, que nos dá a impressão de que cada instrumento está tocando uma melodia diferente. No final tudo se ajeita e é possível entender a essência da proposta.

Não é difícil encontrar entre uma canção e outra aquele famoso efeito que dá a vós a sonoridade de um megafone. Aliás, com um pouco de atenção é possível encontrar inúmeros efeitos incidentais distribuídos aleatoriamente.

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Se você prefere um som mais direto e de arranjos simples aconselho a ficar longe desse trabalho, mas caso você se considere um garimpeiro de sonoridades "8" é um álbum indispensável!
Longe de mim dizer que é um álbum "difícil", muito pelo contrário. É possível ouvi lo sem compromisso, mas confesso que não tem a mesma graça.

"8" foi concebido para se entender, se absorver, para mergulhar em seu universo lírico e sacar que suas melodias são pertinentes ao tema proposto. Sem querer viajar demais na filosofia eu diria que sua sonoridade é a trilha sonora das entrelinhas de suas histórias.

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O álbum possui ótima arte gráfica que ficou a cargo de Erick Müller Thurm e foi gravado em três estúdios diferentes. Produzido por Will Geraldo e masterizado por Jon Astley a bolachinha fatalmente deu muito trabalho aos dois, dado a complexidade dos arranjos.

As "Oito Faces de "8":
"Just Another Day" é o abre alas e se mostra uma canção "tensa" dividida em dois climas distintos, calmo e intenso. Mas é a batida quase tribal d bateria que nos salta aos ouvidos, sendo o grande destaque da faixa.

"8", que dá nome ao álbum talvez seja a canção mais complexa do trabalho. Cheia de nuances melódicas e distorções de vós, possui um riff surpreendentemente simples e pesado que de uma hora pra outra se transforma em um som acústico de sutileza progressiva que lembra algumas bandas setentistas do gênero. A letra poderia ser usada em qualquer Thrash Metal. Passagens industriais e complexas se misturam deixando um "Q" de experimentalismo no ar. A canção tem a participação da pequena Lorena Geraldo (filha do vocalista Will Geraldo) nos vocais do segundo refrão. Mas a parte mais interessante e bonita fica por conta do coro de vozes infantes executados pelo Grupo Encanto da Paróquia Espírito Santo, de Jacareí/SP.

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"Delirium" é basicamente um acústico eletrônico que lembra alguma canção perdida do Genesis da década de 80. O feeling do violão acústico solando segue uma linha sofisticada e por vezes beira o blues.

"AloneAgain" confronta Deus e sua questionável "onipresença". Outra canção que mistura acústica e eletrônica com uma letra forte e pequenas passagens mais pesadas de guitarra contrastando com um piano que surge de repente. A canção tem a participação feminina de Cleo, nos vocais.

"TomorrowWon´tHappen" é a faixa instrumental do trabalho e assusta um pouco no começo com uma mistura improvável de Capital Inicial com U2, mas logo passa e segue com seu desfile de distorções de guitarra.

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"HandleWithCare", composição baseada em fatos reais, é minha preferida. Nem tanto pela sonoridade, mas pela história contada com uma melodia ora melancólica, ora intensa. Muita gente deve se identificar se prestar bem atenção na mensagem de sua letra.

"TreeTallEnough" não tem nada de trivial e mergulha de vez em arranjos eletrônicos com tudo o que tem direito. Batidas industriais e vocais trabalhados em efeitos diversos. Sem dúvida a faixa "menos rock" do trabalho.

"Salvation", talvez aqui colocada propositalmente, contrasta com a canção que a antecedeu e traz uma sonoridade que lembra o trabalho anterior da banda, o bom "Timeline". Rock direto com vocais cheio de efeitos e mais uma participação feminina, desta vez com Camila Pereira, dividindo o refrão.

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