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Iron Maiden: 30 anos do épico e grandioso "Powerslave"

Resenha - Powerslave - Iron Maiden

Por David Torres
Postado em 08 de setembro de 2014

Existem álbuns que são tão bons que chega a ser impossível classifica-los com apenas meias palavras. ‘’Powerslave’’, o quinto álbum de estúdio do patrimônio do Heavy Metal britânico que atende pelo nome de Iron Maiden, é, sem sombra de dúvidas um desses trabalhos. Grandioso e épico desde a fantástica capa ilustrada pelo magnífico Derrick Riggs até o âmago das composições que existem nele, o álbum foi lançado em 3 de setembro de 1984 através da gravadora EMI Records e completa hoje o seu aniversário de 30 anos. Sucintamente, é um registro que realmente dispensa apresentações para os "headbangers". Após uma sequência de quatro discos completamente irrepreensíveis, a "Donzela de Ferro" retorna com um trabalho que divide águas na carreira da banda. Aqui, nossos ouvidos são presenteados com uma sonoridade que se diferencia dos quatro primeiros trabalhos realizados pela banda comandada pelo exímio e talentosíssimo baixista e compositor Steve Harris. Entretanto, se o ouvinte mais ingênuo acha que isso poderia prejudicar esse lançamento, informo que ele está redondamente enganado...

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As belíssimas guitarras gêmeas de Adrian Smith e Dave Murray marcam o início da empolgante e clássico faixa de abertura, "Aces High". Sendo um dos "singles" gravados para o álbum e possuindo um videoclipe, a música retrata os confrontos aéreos na época da Segunda Guerra Mundial, presenteando os ouvintes com grandiosos "riffs" e solos brilhantes de guitarra, um deslumbrante trabalho de baixo e bateria, cortesia da "cozinha" concebida pelo baixista Steve Harris e pelo baterista Nicko Mc Brain (esse é o segundo álbum em que ele toca, diga-se de passagem), além de vocais absurdamente matadores daquele que é indubitavelmente um dos maiores vocalistas e "frontmens" da história do Metal, Bruce "Mr. Air Raid Siren" Dickinson. O refrão de "Aces High" também é um espetáculo à parte. Poderoso e duro como uma rocha, é daqueles refrões que grudam na cabeça do ouvinte durante horas e os fazem cantá-lo sem parar. Simplesmente fantástico! O trabalho prossegue com mais um tremendo clássica da carreira do grupo, a fabulosa "2 Minutes to Midnight", mais um "single" do álbum e que também possui um videoclipe. Abordando a temática da ameaça nuclear, novamente temos uma banda 100% coesa e que executa um maravilhoso trabalho instrumental e vocal, apresentando uma composição com "riffs" marcantes, solos recheados de "feeling", marcação impecável de baixo, belas linhas de bateria, além de um refrão e vocais impressionantes.

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A belíssima instrumental "Losfer Words (Big' Orra)" vem logo após e hipnotiza os ouvintes com suas fascinantes melodias de guitarras, viradas empolgantes de andamento, baixo pulsante e bateria calibrada. Uma canção no maior estilo egípcio do álbum. Uma grande canção que infelizmente não foi executada ao vivo muitas vezes. Os riffs de Dave Murray e Adrian Smith abrem a esmagadora "Flash of the Blade". Com letra composta por Bruce Dickinson, é mais uma grande composição recheada de "riffs" e solos incríveis que fixam na mente do ouvinte e os fazem cantarolar cada melodia de guitarra. Logo após, é a vez de "The Duellists" dar continuidade ao trabalho. Mais uma vez a banda não desaponta um segundo sequer e entrega mais um petardo absurdamente sensacional, repleto de solos e harmonias excepcionais, vocais impressionantes, variações rítmicas muito bem inseridas e construídas, além de grandes e portentosas linhas de baixo e bateria.

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"Back in the Village" é a sexta faixa e mantém o pique do álbum, jamais deixando a qualidade do registro decair, brindando novamente os nossos ouvidos com um competente trabalho de toda a banda. Eis que é a vez de uma dobradinha realmente épica encerrar esse brilhante disco: a faixa título "Powerslave" e a grandiosa e indescritível "Rime of the Ancient Mariner". Composta novamente por Bruce Dickinson, "Powerslave" possui uma letra que aborda temas egípcios, o que obviamente se reflete na sonoridade da composição, e como as pessoas podem se tornar "escravas do poder". Com seus quase sete minutos de duração, essa composição é realmente fantástica e certamente é uma das melhores já realizadas pela banda, brindando os ouvintes com um genial trabalho de guitarras, melodias e solos virtuosíssimos, "cozinha" sempre fantástica de baixo e bateria e vocais fenomenais.

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Eis que é a vez da épica "Rime of the Ancient Mariner" encerrar o disco com chave de ouro. O que dizer sobre essa música?! Com seus quase catorze minutos de duração, é a composição de maior duração já gravada pelo Iron Maiden, entretanto, essa música não é excelente apenas pelo tamanho de sua duração e sim, pela sua qualidade lírica e instrumental. E que qualidade! Inspirada no poema homônimo do poeta romântico inglês do século XVIII, Samuel Taylor Coleridge e possuindo uma letra aborda a história de um homem amaldiçoado por uma sereia da morte, essa brilhante e complexa composição entrega aos ouvintes uma estrutura rítmica complexa, incrivelmente trabalhada e muito bem construída, apresentando uma atmosfera esplendorosa, além de quebradas e variações de andamento impressionantes. Há um trecho no meio da música onde ela é intercalada por uma narrativa extraída da obra homônima do poeta Samuel Taylor Coleridge e subitamente abre caminho para a banda finalizar a canção e o álbum de uma maneira espetacular. Nada mais a declarar!

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"Powerslave", como eu disse anteriormente, é um trabalho extremamente fantástico e acima de qualquer rótulo ou descrição. Sua complexidade e "feeling" influenciaram e ainda influenciam diversas bandas e artistas ao redor do planeta. É uma verdadeira obra de arte e deve ser contemplada para todo o sempre, sem sombra de dúvida. Um grande feito não apenas para a carreira do Iron Maiden como para todo o Metal.

UP THE IRONS!
\m/

01. Aces High
02. 2 Minutes to Midnight
03. Losfer Words (Big' Orra)
04. Flash of the Blade
05. The Duellists
06. Back in the Village
07. Powerslave
08. Rime of the Ancient Mariner

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Bruce Dickinson (Vocal)
Steve Harris (Baixo e "Backing Vocals")
Adrian Smith (Guitarra e "Backing Vocals")
Dave Murray (Guitarra)
Nicko McBrain (Bateria)

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Sobre David Torres

Formado em Propaganda & Marketing, se autodenomina "Fanfarrão" graças ao seu senso de humor e modo de enxergar o mundo à sua volta. Apaixonado por filmes de terror, quadrinhos e bandas como D.R.I., Faith No More e Napalm Death, escreve também para o blog Blasting Noise Fanzine. Possui muitos sonhos, dentre eles dar início a um projeto de grindcore.
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