Chá de Flores: O trabalho de estreia, lançado em 2003
Resenha - Chá de Flores - Chá de Flores
Por Mário Orestes Silva
Postado em 13 de agosto de 2014
O início do século foi um tanto prolífero para o rock manauara, muitas bandas surgiram e várias chegaram a lançar CDs. Dentre estas, algumas encerraram suas atividades, outras persistem até hoje na árdua estrada de banda independente de rock em Manaus. Uma dessas guerreiras tem seu primeiro trabalho resenhado aqui agora. Lançado no ano de 2003 o disco de estréia homônimo da banda "Chá De Flores" traz um rock and roll básico com pitadas de grunge e merece uma certa atenção.
Abrindo a bolachinha temos "Maria Fernanda Spice Girl" que é um rockão estilo Misfits. O refrão é bastante pegajoso, mas a letra um tanto adolescente. A segunda é uma música que se tornou bastante conhecida. "Luciana" é quase uma balada, mas possui uma letra dramática. Como terceira faixa, consta "Antes Do Inverno" que tem uma levada ramoníaca e merecia um acabamento melhor em sua produção. Na sequência vem "Supermouse". Uma música sugestiva em sua letra. Seus arranjos cairiam bem na forma acústica. "Camélia No Alto Dos Prédios" vem em seguida e mostra uma face mais adulta da banda. Seu refrão também é um pouco pegajoso. A música parece ter sido gravada ao vivo. "Bela Adormecida" é a próxima e também ficaria boa acústica.
"A Última Graça Dos Nossos Dias" talvez seja a melhor do disco. Um riff inicial que remete novamente a Ramones com toques de Offspring. Chega a dar vontade de cantar junto. "Além" é outra que é bem conhecida e também era executada em shows pela banda Underflow. A letra causa um pouco de identificação do ouvinte. "Caos Juvenil" tem uma boa introdução e a letra mostra a influência grunge que nada mais é do que uma releitura do punk, sendo que aqui está um pouco mais pop. "Aquela Coisinha" chegou a tocar nas rádios locais por um tempo. Tem uma letra bastante irônica e é ótima para acampamentos. "Alma De Flores" completa a sequência e faz uma síntese da essência da banda. Distorção ramoníaca, backing vocals no refrão, ritmo vocal pop, letra com ira adolescente e outras características afins.
"Com Ódio, Amor e Prantos" é a penúltima e tem um jogo de guitarras simples, mas bem bacana. Pra fechar a bolacha vem a mais pesada do disco. "Algemas Malditas" é uma espécie de desabafo sobre a política num contexto geral. Mais uma vez a influência grunge se faz presente.
Em suma, um bom disco. Merecia uma produção um tanto mais refinada e profissional, mas isso é típico de banda iniciante e era o caso da Chá De Flores naquela época. A arte gráfica também deixa a desejar. Contudo, o trabalho é memorável e tem de ter o seu destaque dentre os que marcaram o rock local. Vários anos depois eles lançam o segundo CD, mas falaremos sobre ele numa próxima resenha.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
Mamonas Assassinas: a história das fotos dos músicos mortos, feitas para tabloide
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
O disco de hip-hop que fez a cabeça dos irmãos Cavalera nos anos 80
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Mark Morton, do Lamb of God, celebra sobriedade e explica por que ainda aborda o assunto
Queen: 10 coisas que você não sabe sobre Bohemian Rhapsody
O dia que Digão assistiu ensaio da Legião Urbana sem saber que era a banda
O maior disco de todos os tempos, na opinião de Geddy Lee, baixista e vocalista do Rush

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



