Quiet Riot: Novo disco é morno, decepcionante e não empolga
Resenha - 10 - Quiet Riot
Por Igor Miranda
Fonte: IgorMiranda.com.br
Postado em 15 de julho de 2014
Nota: 5 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O décimo segundo álbum do Quiet Riot já começa errado. O motivo pelo qual o título "10" é utilizado, sendo que já foram lançados outros 11 discos de estúdio antes deste, ainda é um mistério. Só me resta concluir que desconsideram os dois primeiros, feitos com Randy Rhoads. Mas perto do trabalho musical aqui apresentado, é apenas um detalhe.
Por insistência da mãe de Kevin DuBrow, vocalista falecido em 2007 por uma overdose de cocaína, Frankie Banali decidiu manter a banda, icônica no cenário hard rock/heavy metal, em atividade, para levar adiante a obra do baterista e do cantor. A volta do Quiet Riot aconteceu em 2010 e, como de costume na banda, demorou para que uma formação se firmasse. O problema mesmo foi o cantor, pois a base com Banali, Alex Grossi (guitarra) e Chuck Wright (baixo) se manteve sólida.
Mark Huff, Keith St. John e Scott Vokoun assumiram os vocais até a chegada de Jizzy Pearl (ex-Love/Hate, Ratt, Adler's Appetite, L.A. Guns), com quem "10" foi registrado. O disco contém seis músicas inéditas, registradas com Pearl, e quatro registros ao vivo, compilados de shows entre 2006 e 2007, ainda com Kevin DuBrow.
A parte de estúdio de "10" não é trágico, nem altamente deplorável. Mas é muito morno. Não empolga. Coloquei para ouvir algumas vezes e simplesmente não consegui prestar atenção. Não tem nenhuma música interessante e parece ter sido feito para cumprir tabela - algo diferente de todos os outros lançamentos do Quiet Riot. Vale destacar que a produção, assinada por Frankie Banali, não colabora: é abafada, destaca pouco os timbres.
Jizzy Pearl é um cantor mediano, que não compromete, mas também não tem o menor destaque. Alex Grossi também é fraco, especialmente na parte dos riffs. Pouco criativo, o guitarrista exagerou na repetição de clichês em "10". Dá saudade de Carlos Cavazo, que arrebentou no último trabalho do Ratt, "Infestation". Frankie Banali permanece com atuação irretocável, como de costume, e Chuck Wright aparece de forma tímida, diferentemente de outros registros do Quiet Riot em que participou, apesar de seus graves ainda impactarem - positivamente - a audição.
A parte ao vivo saiu um pouco do óbvio, o que é ótimo. Duas canções do disco "Rehab" ("Free" e "South Of Heaven"), uma de "QR III" ("Put Up Or Shup Up") e um medley, intitulado "Rock 'N' Roll Medley", com versões de canções de Buddy Guy, Humble Pie e Led Zeppelin, constituem o mini repertório. O registro não é dos melhores em termos de qualidade - provavelmente é uma bootleg melhorada -, mas mostra que Kevin DuBrow ainda tinha muita lenha para queimar.
Por conta dos clichês que permeiam as seis primeiras faixas, "10" permite análises um pouco menos aprofundadas, especialmente por quem não acompanha o trabalho do grupo de perto. Convence quem pega para escutar uma vez, mas não o atrai a repetir a audição. Classifico o disco entre razoável e ruim, apesar de ter visto avaliações mais positivas. A pergunta que paira é: esse álbum tem qualidade o suficiente para ser ouvido por mais vezes além desta época, de lançamento, ou será facilmente esquecido? Opto pela segunda alternativa.
Jizzy Pearl (vocais)
Alex Grossi (guitarra)
Chuck Wright (baixo)
Frankie Banali (bateria)
01. Rock In Peace
02. Bang For Your Buck
03. Backside Of Water
04. Back On You
05. Band Down
06. Dogbone Alley
07. Put Up Or Shut Up
08. Free
09. South Of Heaven
10. Rock ‘n’ Roll Medley
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
We Are One Tour 2026 anuncia data extra para São Paulo
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Como foi lidar com viúvas de Ritchie Blackmore no Deep Purple, segundo Steve Morse
Para criticar Ace Frehley, Gene Simmons mente que ninguém morre devido a quedas
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
As 5 melhores bandas de rock de Brasília de todos os tempos, segundo Sérgio Martins
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
O segredo do sucesso do Metallica, na opinião do guitarrista Kerry King
O clássico do rock que para Ronnie James Dio é "Uma das maiores canções de todos os tempos"
Tom Grosset: O mais rápido baterista do mundo segundo o Guinness


O álbum de hard rock que Corey Taylor chamou de "um dos piores de todos os tempos"
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



