Linkin Park: Álbum é exatamente aquilo que as pessoas esperam
Resenha - Hunting Party - Linkin Park
Por Gabriel Maciel Leite
Postado em 22 de junho de 2014
O som pop e adolescente do Linkin Park nunca agradou todo o tipo de gente, mesmo os seus fãs sempre estão em constante discussão sobre qual é o melhor momento de sua discografia, essa que acaba de ganhar um novo registro de inéditas com nova direção musical mais focada no rock. Muito se fala entre os ouvintes do Linkin Park sobre como a primeira fase deles foi boa e que a banda hoje não é nada daquilo que era no inicio. Quem geralmente afirma isso deveria pensar o quanto era jovem naquela época e na proposta da banda em si.
Pelo menos pra mim, a banda nunca mudou sua atitude apenas sua sonoridade, acontece que eu fiquei velho, passei a gostar de outras bandas que fazem um bom trabalho misturando eletrônico e vertentes do rock como Radiohead e o Nine Inch Nails enquanto observava o quão inferior o Linkin Park soava se comparado a essas bandas. Talvez o único álbum que esses seis californianos lançaram sem pensar tanto no público adolescente foi o conceitual A Thounsand Suns de 2010, esse que é meu preferido, porém o mais odiando pelos fãs. Pensado nisso, quando dei play em The Hurting Party já sabia exatamente o que esperar: a banda de sempre fazendo algo diferente, mas totalmente previsível.
É preciso ouvir apenas as três primeiras músicas para se resumir o álbum: Keys to the Kingdom, All for Nothing, Guilty All the Same se aproximam muito do hardcore com partes de rap sendo divididas com os vocais agressivos e cortantes de Chester Bennington dando peso as canções.
Wastelands. Until I's Gone, Mark The Graves, Final Masquerade e a inquietante faixa final A Line In The Sand são uma viagem a todas as fazes musicais da banda, mas toda com a pegada rock/hardcore/punk imposta rigorosamente.
Há duas surpresas, War que tem uma levada punk e um solo quase legal do guitarrista pouco habilidoso que é Brad Delson e a quase heavy metal Rebellion, faixa onde o guitarrista Daron Malakian participa levando a aura do System Of Down de uma forma que nunca sonhei ouvir, é provavelmente a melhor música do conjunto.
AS participações especiais não parecem fazer muita diferença, a mais marcante é do Daron Malakian mesmo, o rapper Rakim na já citada Guilty All the Same fez aquilo que o Mike Shinoda faz normalmente em qualquer música da banda que tenha partes de rap, só se percebe o vocal do guitarrista Page Hamilton no refrão de All For Northing coisa que outro integrante da banda poderia fazer. Mesmo Tom Morello não tem muito destaque na calma faixa instrumental Drawbar, chega a ser até curiosa a participação deste.
No final das contas The Hunting Party não é nada inovador ou surpreendente, mas também não é um disco ruim, os fãs vão amar, outros vão ficar indiferentes e as pessoas que nunca gostaram do Linkin Park vão continuar não gostando. Eu vou continuar no A Thounsand Suns mesmo.
Linkin Park
Chester Bennington – vocais
Mike Shinoda – vocais, guitarra base, teclado
Brad Delson – guitarra solo
Dave "Phoenix" Farrell – baixo
Joe Hahn – turntables, programação
Rob Bourdon – bateria
Track-list
1. "Keys to the Kingdom" 3:38
2. "All for Nothing" (featuring Page Hamilton)3:33
3. "Guilty All the Same" (featuring Rakim) 5:55
4. "The Summoning" 1:00
5. "War" 2:11
6. "Wastelands" 3:15
7. "Until It's Gone" 3:53
8. "Rebellion" (featuring Daron Malakian) 3:44
9. "Mark the Graves" 5:05
10. "Drawbar" (featuring Tom Morello) 2:46
11. "Final Masquerade" 3:37
12. "A Line in the Sand" 6:35
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