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Hevilan: O Heavy Metal nacional está muito bem, obrigado!

Resenha - End Of Time - Hevilan

Por Felipe Cipriani Ávila
Postado em 15 de abril de 2014

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

O Heavy Metal nacional está em ótima fase, com bandas antigas e novas lançando excelentes trabalhos, nas suas mais variadas vertentes. O Hevilan (derivação de uma palavra hebraica, HEVILA, que significa algo como cheio de tesouros), certamente se enquadra neste grupo. A banda paulistana iniciou as suas atividades em 2005 e gravou uma demo no ano seguinte, "Blinded Faith", tendo ficado inativos por um período, até que em 2013 gravaram o seu primeiro álbum de estúdio, "The End Of Time", surpreendendo pelo virtuosismo e criatividade, contando com nada mais nada menos que o incrível Aquiles Priester (Ex-Angra, Hangar, Noturnall) como convidado especial.

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O que impressiona prontamente em "The End Of Time" é o alto nível técnico de todos os músicos envolvidos. Os arranjos de todas as músicas são muito complexos, mas, ao mesmo tempo, as composições são muito cativantes, o que denota que a técnica dos instrumentistas foi utilizada em prol da música, e não para o exibicionismo puro.

A banda, que conta com o guitarrista Johnny Moraes, o baixista Biek Yohaitus e o vocalista Alex Pasquale, contou com a adição do aclamado Aquiles Priester para a gravação de todas as faixas do álbum, mas não como membro permanente, e sim como convidado especial. Os arranjos de bateria, inclusive, estavam todos prontos à época da gravação, o que não impediu, levando-se em consideração o alto nível técnico do convidado, que ele adicionasse a sua marca e o seu jeito singular de executar a bateria, tendo feito um excelente trabalho, como já é de praxe.

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O que podemos notar durante a audição integral do álbum é que as composições "passeiam" por várias vertentes do Heavy Metal, assim como por outros gêneros musicais, como a música erudita, sem se limitar à rótulos pré-estabelecidos.

A faixa de abertura, "Regenesis", já dá mostras do que ouviremos durante todo o trabalho, contando com muito peso, com riffs de guitarra excelentes, que flertam descaradamente com o Thrash Metal, e muita dinâmica, já que as composições são muito versáteis, e a adição de um coral, que contribui de forma muito positiva, já que a carga emocional contida nas canções é muito alta.

As músicas seguintes nos brindam com a já mencionada criatividade, mesclada com muito peso, refrães cativantes e grandiosos, contando com um coral que dá um "tempero" a mais às mesmas. O vocalista Alex Pasquale é excelente, muito versátil, e canta de vários modos, ora de forma mais agressiva, ora de forma mais melódica e emocional, impressionando e interpretando muito bem as canções, deixando tudo ainda mais grandioso.

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É complicado citar destaques, pois o trabalho como um todo já impressiona e as faixas se interligam, até por se tratar de um trabalho conceitual. A parte lírica é muito interessante e versa sobre o fim dos tempos. Embora para alguns possa ser um tema clichê, a banda o aborda de forma ímpar, suscitando discussões e nos fazendo refletir acerca de muitos outros temas atuais, como a política, os problemas ambientais, as mudanças sociais, históricas, culturais e acontecimentos que fazem parte do mundo em que vivemos.

A última música do trabalho (excetuando-se a regravação da faixa "Blinded Faith", da demo de mesmo nome, de 2006, que foi nomeada como "Blinded Faith 2013"), "Loneliness", já vai para um lado mais pessoal, sendo uma bela balada, que conta com a adição de um quarteto de cordas, que abrilhanta e muito o resultado final.

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É, o resultado final do álbum não poderia ser mais satisfatório. E, se pensarmos bem, isso não surpreende tanto. A combinação de muito talento, profissionalismo, determinação e esmero não poderia trazer um resultado diferente. Parabéns a toda banda, por todo comprometimento e paixão, e que alcem vôos cada vez maiores na sua carreira, contribuindo cada vez mais para o enriquecimento do Heavy Metal nacional e mundial! Audição obrigatória, não percam a oportunidade de ouvir esse belo trabalho!

Formação:
Alex Pasquale - Vocal
Johnny Moraes - Guitarra
Biek Yohaitus - Contrabaixo
Aquiles Priester (convidado especial) - Bateria

Faixas:
1 - Regenesis
2 - Shades Of War
3 - Minus Is Call
4 - End Of Time
5 - Desire Of Destruction
6 - Sanctum Imperium
7 - Dark Throne Of Babylon
8 - Son Of Messiah
9 - Loneliness
10 - Blinded Faith 2013 (Bonus Track Brazil)

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Sobre Felipe Cipriani Ávila

Headbanger convicto e fanático, jornalista (graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas), colecionador compulsivo de discos, não vive, de modo algum, sem música. Procura, sempre, se aprofundar no melhor gênero de música do mundo, o Heavy Metal, assim como no Rock'n'Roll, de um modo geral, passando pelo clássico, pelo progressivo, pelo Hard setentista e oitentista, e não se esquecendo do Blues. Play It Loud!
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