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Within Temptation: A eterna busca pela reinvenção

Resenha - Hydra - Within Temptation

Por Gustavo Maiato
Postado em 01 de fevereiro de 2014

Hidra é um monstro mitológico contra qual Hércules teve que lutar em um dos seus famosos Doze Trabalhos. A fera tinha nove cabeças e sempre que uma era decepada, duas nasciam no lugar. Hércules então usou outra tática e com sua força suspendeu o monstro até que o ar puro e a luz do sol o destruíssem. Um dos ensinamentos desse mito é que temos que reinventar nossas maneiras de lidar com os conflitos, pensar novas possibilidades e buscar o caminho do autoconhecimento e descobrir quem realmente somos.

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Hydra também é o nome do sexto álbum de estúdio da banda holandesa de metal sinfônico Within Temptation. Assim como Hércules no mito, o sexteto capitaneado pela vocalista Sharon den Adel e pelo guitarrista Robert Westerholt parece estar descobrindo quem realmente são e pensando em novas possibilidades musicais num caminho que começou com o último álbum The Unforgiving (2011).

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A música Let us burn abre os trabalhos mostrando uma sonoridade que vem sendo marca do Within Temptation com versos limpos onde a voz de Sharon é soberana e um refrão grudento feito para funcionar bem ao vivo. Em seguida vem Dangerous que já ganhou videoclipe filmado no Rio de Janeiro com atletas paraquedistas. A música começa com um empolgante riff de teclado/guitarra e tem como principal destaque o dueto de Sharon com o norte-americano Howard Jones (Ex- Killswitch Engage) com sua voz rasgada.

O álbum abre muito espaço para participações especiais. And we run começa como uma balada, mas logo ganha mais ritmo e velocidade. O refrão angelical entoado por Sharon é seguido por um surpreendente verso gravado pelo cantor de hip hop Xzibit, muito famoso nos Estados Unidos. É o tipo de encontro que vai dividir os fãs, uns a favor do ineditismo do encontro e outros que irão achar um desvirtuamento da sonoridade clássica do metal sinfônico.

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Uma das músicas mais aguardadas do álbum com certeza é a que vem a seguir: Paradise (What about us?) com participação da finlandesa Tarja Turunen. A música também já ganhou um clipe super produzido. Logo no começo a orquestra dá o tom para os vocalizes de Tarja. O verso é um dos mais interessantes do álbum, com Tarja e Sharon alternando suas vozes, que se juntam no refrão (What about us? / Isn´t it enought / No we´re not in Paradise). O encontro tinha tudo para ser perfeito, já que duas das melhores vocalistas de metal da atualidade estão juntando suas forças. Mas a música não chega a empolgar tanto quanto promete. A voz de Tarja soa muito baixa no refrão e o riff de guitarra é bem previsível. De qualquer forma, não deixa de ser um ponto alto de Hydra.

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Edge of the world começa com uma batida tribal e uma sonoridade que remete a cantora britânica Florence Welch (Florence and the Machine). O refrão é um dos mais agradáveis de ouvir, com uma melodia simples e fácil que funciona muito bem. Já Silver Moonlight dá a impressão de que já tocou nesse álbum. O Within Temptation conseguiu se reinventar durante os anos, mas precisa tomar cuidado para não fazer suas músicas previsíveis e nem que soem parecidas entre si. Os riffs graves de guitarra acompanhados por uma atmosfera sinfônica funcionam bem, mas são usados com muita frequência.

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Roses começa com mais uma combinação "riff pesado + orquestra + voz de Sharon" ao fundo e emenda em um verso que é bem característico também. O refrão dessa vez não empolga. O piano da introdução de Dog days começa a soar. Mais uma vez as batidas com surdo e tom dão um aspecto tribal e o refrão dessa vez é MUITO inspirado na Florence Welch. Uma busca por uma atualização de sua sonoridade parece ser uma coisa muito importante no Within Temptation dos últimos anos.

Tell me why é a mais pesada do álbum, com uma introdução mais rápida e um verso diferenciado onde a bateria e a guitarra dão um tom mais agressivo. É uma música que está longe de estar entre as melhores do disco, mas que mostra um caminho que pode ser seguido pela banda com um verso mais pesado e mais enérgico. Fechando o álbum, vem a excelente The whole world is watching, que é a melhor do disco. A música não abusa da atmosfera sinfônica e não obedece a nenhuma fórmula, com o uso de guitarra limpa e um refrão incrível. O dueto com Howard Jones engrandece a música, fazendo com que a voz de Sharon ganhe mais destaque. O feeling da música contagia e com certeza será cantada a plenos pulmões pelos fãs.

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Hydra é um álbum que busca uma afirmação de uma nova sonoridade do Within Temptation. Ele cumpre o seu papel, mas mostra que a fórmula que deu muito certo principalmente no The Unforgiving começa a dar sinais de saturação. Justamente quando a banda foge e tenta ousar, como Hércules ousou na mitologia e assim conseguiu matar Hidra, é que vemos os melhores momentos do álbum.

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Sobre Gustavo Maiato

Jornalista, fotógrafo de shows, youtuber e escritor. Ama todos os subgêneros do rock e do heavy metal na mesma medida que ama escrever sobre isso.
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