Jeff Beck: "Blow by Blow", sinônimo de fusion
Resenha - Blow by Blow - Jeff Beck
Por Guilherme Espir
Postado em 24 de janeiro de 2014
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Existem certos músicos que além de serem realmente grandes expoentes dentro do ramo de seu instrumento específio são capazes de trabalhar de uma maneira que muito me agrada, adjacente à qualidade soberba de seu trabalho. Certos nomes dentro da música ganharam um respeito extra vindo de minha parte por terem em seu staff uma banda sempre magnífica, músicos renomados, grandes apostas, muitas vezes revelando muita gente para o bem do ramo, e trabalhando com esses caras muito bem em seus discos, de uma forma que dê destaque a banda, mas explorando um viés diferenciado, alguns diriam pela tangente.
Em certos discos você fica simplesmente abismado com o vocal, o instrumental ou seja lá o que for e percebe que as linhas de uma maneira geral chegam até a tirar o foco do artista principal, e isso só melhora a jam, é momentâneo sei disso, e parando pra pensar agora pode parecer algo bobo, mas poucos caras abrem espaço para que isso aconteça.
Existem CD's seminais que você escuta e perceba que as linhas dos músicos da banda de apoio são sensacionais, mas poderiam ser melhores, mereciam e poderiam ter mais destaque, seria melhor para o disco, vale a pena raciocinar em relação a isso, e para tal temos muitos exemplos. Jeff Beck é um cara bom pra deixar esse ponto claro, a obra do cidadão sempre revela belos músicos para o mundo, caras que trabalham e trabalharam com ele no com ele no passado (e sem ele ele também), aliás, ''recentemente'' o próprio Beck fez isso mais uma vez ao introduzir ao o mundo os dotes da bela e talentosíssima Tal Wilkenfeld, baixista de sua banda que espanta pela bela beleza e pouca idade, fora é claro a destreza de seu Groove, uma pena que ela não tocou no ''Blow By Blow'' em 1975, a performance do Trio que acompanhou o mestre é brincadeira meu rapaz!
Line Up:
Richie Bailey (bateria/percussão)
Phil Chen (baixo)
Max Middleton (teclado)
Jeff Beck (guitarra/baixo)
Track List:
''You Know What I Mean''
''She's A Woman''
''Constipated Duck''
''Air Blower''
''Scatterbrain''
''Cause We've Ended As Lovers''
''Thelonius''
''Freeway Jam''
''Diamond Dust''
Tal nem era nascida quando esse disco foi pensado e depois lançado, a australiana só viria a dar o ar da graça em 1986 mas ela chegou somando no Groove no tempo em que está, não dá pra reclamar que ela demorou pra aparecer também por que parece que estou negligenciando o trampo de Phil Chen, e Phil, isso é a coisa que eu menos queria que o senhor pensasse, afinal vai saber, nunca se sabe quem lê o que você fica jogando na internet.
Esse disco foi o sétimo de Jeff e mesmo que as circunstâncias não tivessem ajudado inicialmente deu tudo certo, o guitarrista criou mais um clássico e outra bolacha seminal para a molecada que surgiu depois, a velharada e a mulherada, quem escuta isso aqui se apaixona, muito guitarrista teve sua vida alterado por discos como esse.
Um ano antes do lançamento e criação de ''Blow By Blow'' (em 74) nosso heroi dissolveu seu power trio anterior e tirou um tempo pra trabalhar com outros grupos para também procurar novos músicos. Nesse intervalo fez uma Jam com os Stones para ocupar o cargo de guitarrista mas viu que não teve química, fora que Beck é um pouco demais para os pedregulhos rolantes, não orna como dizem os decoradores, é outro patamar de músico.
E visto que não ia rolar nada útil decidiu gravar um disco instrumental repatriando Max Middleton do Jeff Beck Group e contratando George Martin para a produção, fora o prazer de ter temas cedidos pelo grande Stevie Wonder, coisa que ajuda qualquer disco em progresso! Stevie cedeu a mítica ''Cause We've Ended As Lovers'' (dedicada ao grande Roy Buchanan) e a bela ''Thelonius'', e para fechar, Beck fez outros cinco takes com a banda incluindo um cover dos Beatles pra treinar a criatividade em ''She's A Woman''.
E o resultado disso tudo é um dos melhores discos já feitos, as minhas preferidas são ''Diamond Dust'' e ''Scatterbrain'', mas todas as faixas são fantásticas, e a banda de apoio é coisa de loco, tem hora que seus ouvidos até esquecem do Guitar Hero, a bateria em especial sempre é o que mais destaco nesse disco, mais o baixo e a tecladeira são igualmente excelentes, fora, é claro, a guitarra do mecânico, que feeling, não sei como eu ainda gosto mais do Wired!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
As duas músicas que Robert Plant e Jimmy Page apontam como o auge do Led Zeppelin
O disco do Queensryche que foi muito marcante para Kiko Loureiro e para o Angra
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
A banda que Alice Cooper recomenda a todos os jovens músicos
O guitarrista que fundou duas bandas lendárias do rock nacional dos anos 1980
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Keith Richards relembra o dia que Jeff Beck (quase) entrou para os Rolling Stones
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Ritchie Blackmore revela traço pouco conhecido da personalidade de Jeff Beck
Em raro depoimento, Ritchie Blackmore presta tributo a Jeff Beck
Rick Rubin elege o maior guitarrista de todos os tempos; "ele encontrou uma nova linguagem"
O guitarrista em que Jimmy Page e David Gilmour concordaram; "o mais incrível"
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman


