Klatu: resenha de Um Pouco Mais Desse Infinito
Resenha - Um Pouco Mais Desse Infinito - Klatu
Por Pedro Zambarda de Araújo
Postado em 29 de junho de 2013
Acompanho a banda Klatu desde 2009 e é bacana ver um grupo brasileiro seguindo em frente e lançando novos trabalhos. Depois de emplacar a música "Nunca é Tarde" de seu primeiro álbum, "Em Busca do Rock Infinito", no filme de Lays Bodanzy, "As Melhores Coisas do Mundo", a banda lançou seu segundo disco de carreira.
"Um pouco mais desse infinito" é uma continuação direta de "Em busca do rock infinito" e foi lançado em maio deste ano. A sonoridade está similar ao trabalho anterior, mas a banda optou por lançar um álbum com menos músicas. São sete faixas novas, contra nove do primeiro material.
O disco abre com "Não Cante Essa Música", que virou clipe no YouTube em 2011 e mostra que a banda com influências de Pink Floyd, Rush e Frank Zappa realmente se voltou para temáticas simples e letras cantadas sempre em português. Embora seja visível um contrabaixo de rock progressivo, o grupo brasileiro evita firulas e adornos desnecessários, fazendo um som totalmente acessível.
Leco Peres e Carol Arantes, o casal que deu origem ao Klatu, escreveu a música "Um Pouco Mais Desse Infinito", sobre seguir em frente fazendo o que se gosta. A letra otimista é recheada por uma guitarra distorcida e um groove gostoso de ouvir. O som elétrico parece guiar a música, que é atraente para fãs de rock clássico.
"Preciso de Dinheiro" é a letra mais crítica no CD, sobre a futilidade da riqueza. Fala sobre comprar amor e até sobre corrupção na política. Do ponto de vista melódico, a música dá uma interrompida nas duas primeiras faixas mais frenéticas que abrem o disco. Mesmo com uma lentidão inicial, o solo de guitarra elétrica chama atenção, ao explodir da metade pro final.
"Mais blablabla" é a música mais funk desse segundo disco, com um contrabaixo cativante de Leco Peres. As linhas de baixo casam com o vocal adocicado de Carol, que também conta com uma base de backing vocals consistente. Para os fãs de um groove mais agressivo, essa música provavelmente vai se tornar a favorita do CD.
Assim como "Preciso de Dinheiro", "Na Cidade" é outra música com forte crítica e ligação com a vida cotidiana. A composição aborda a vida nas grandes metrópoles, além de retratar a falta de comunicação entre as pessoas. Esses fatos, lembram a letra, ofuscam o fato de que "a cidade tem mais cores / do que dá pra perceber".
"Mente Colorida" é a sexta faixa e a última composição original no segundo disco. Com um instrumental consideravelmente pesado na introdução, a música narra a vida de um hippie meio roqueiro que frequenta festas e age de forma engraçada. A música encerra com um gostinho de quero mais.
Infelizmente o Klatu encerra o disco com "Molho Inglês", uma música que Leco Peres tocava em suas bandas antes de entrar nessa viagem de rock infinito. "Molho" não é uma música ruim, nem de longe, mas a sensação que permanece é que a banda poderia ter entregado mais material inédito, assim como foi no caso do primeiro CD, "Em busca do Rock Infinito".
Comparado com trabalhos anteriores, o Klatu agora está fazendo um som mais eletrificado, mais simples e ainda assim coerente com toda sua trajetória. A banda transformou o rock infinito em um tema e em um estilo próprio de seu trabalho. A banda mudou várias vezes de formação desde sua fundação, em 2008, mas continua mostrando que o casal Carol Arantes e Leco Peres ainda conseguem mesclar influências musicais clássicas com letras críticas, alegres e, principalmente, atuais.
O guitarrista André Ayres Barará consegue se destacar com solos de guitarras bem encaixados, além de bases que também embalam as músicas. Suas intervenções pontuais, por exemplo, não ofuscam o baixo consistente de Leco Peres. Já o baterista Felipe Silva parece tocar em sincronia com o baixista, provocando grooves pesados quando a banda quer mudar o andamento da música.
Não conhece o Klatu? Dá uma conferida no canal do Youtube deles e tente comprar o disco através das informações na página do Facebook.
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