Cure: rock gótico, alternativa, pós-punk, college rock...
Resenha - Seventeen Seconds - Cure
Por Paulo Severo da Costa
Postado em 19 de fevereiro de 2013
Rock gótico, alternativa, pós-punk, college rock são algumas das definições encontradas na literatura musical para o som ímpar dos ingleses do THE CURE. Sob a batuta do sempre estranhíssimo ROBERT SMITH, a banda surge no período que antecede ao fim do punk e que, dada a efêmera explosão inicial- posterior e levianamente retomada – se transforma no pós–punk - gênero que abarca mundos tão equidistantes quanto os de KILLING JOKE e COCTEAU TWINS.
Contemporâneos ao verniz lúgubre de BAUHAUS e SIOUXSIE AND THE BANSHEES e antecedendo ao THE SISTERS OF MERCY, o THE CURE ajudou a trazer o caixão e a vela preta para os anos 80 em sua própria versão de mundo; se o SABBATH trouxe a desilusão vinda do mundo exterior, da ação humana como tendente à corrupção social, a música que vinha da voz monótona e a maquiagem caricata de SMITH olhava o mundo para dentro; angústia, incerteza e melancolia eram- e são- a matéria prima fundamental de seus temas.
Após o lançamento do debut "Three imaginary Boys" de 1979 que iniciou a alavancagem de dois singles - as mais que conhecidas "Boys Don´t Cry" e "Killing an Arab" que, na realidade fizeram parte de um registro autônomo lançado apenas em alguns países no ano seguinte,- o grupo resolveu apostar em um registro que chegasse – no bom sentido, se é que isso é possível – aos limites depressivos e etéreos que suas composições pudessem alcançar.
Se uma temática específica sempre foi a tônica do estilo composicional na carreira de SMITH - a loucura ("Pornography"), os limites da fé ("Faith") e auto-destruição ("Desintegration") - "Seventeen Seconds" é um clássico do minimalismo, gravado em sete dias e que trouxe o tema do vazio a toda prova. Lançado em 1980, a obra traz existencialismo e falta de um propósito claros criando pérolas como "A Forest" e "Play For Today", condensadas em pouco mais de meia hora. O experimentalismo de "Three" e a atmosfera sufocante de "The final Sound" soam como um pesadelo trabalhado nas mãos de LOU REED. A faixa título consegue sintetizar toda a leveza do JOY DIVISON adornada com um belíssimo órgão Hammond enquanto "At Night" mostra em dois ou três acordes o que muitos não fazem com duzentos. Ouça sem radicalismos.
Track List:
1. "A Reflection"
2. "Play for Today"
3. "Secrets"
4. "In Your House"
5. "Three"
6. "The Final Sound"
7. "A Forest"
8. "M"
9. "At Night"
10. "Seventeen Seconds"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Robert Plant tem show anunciado no Brasil para 2026
Lynyrd Skynyrd é confirmado como uma das atrações do Monsters of Rock
Hellfest terá 183 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
A reação das divas do metal a cantora de death metal que venceu concurso de Miss
O guitarrista que, segundo Slash, "ninguém mais chegou perto de igualar"
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
Duff McKagan elege as músicas do Guns N' Roses que mais gosta de tocar ao vivo
Cover de Chuck Schuldiner para clássico de Madonna é divulgado online
O disco que une David Gilmour e Steve Vai na admiração pela genialidade de seu autor
A banda norueguesa que alugou triplex na cabeça de Jessica Falchi: "Chorei muito"
A bizarra teoria que aponta cantora do Calcinha Preta no Angra após post enigmático
Para alguns, ver o AC/DC é um sonho. E sonhos não têm preço
A banda que arruinou o show do Creedence em Woodstock, de acordo com John Fogerty
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
Bill Wyman conta que era um "pesadelo" financeiro ser membro dos Rolling Stones
Dave Grohl, ex-Nirvana, afirma que Cobain não gostava de seu modo de tocar
Mingau do Ultraje a Rigor completa 60 dias de internação após ser alvo de tiro na cabeça

O curioso motivo que leva Robert Smith a ser fã de Jimi Hendrix e David Bowie ao mesmo tempo
O ícone do thrash metal que comprou um modelo de guitarra por causa dos caras do The Cure
A música do The Cure tão depressiva que seu vocalista Robert Smith não queria cantar
A banda que Robert Smith nunca gostou: "Só falam de cerveja, futebol e quem grita mais"
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



