Decomposing: one-man-band é diversão garantida
Resenha - Corpses in the Attic, Toys in a Shallow Grave - Decomposing Serenity
Por Christiano K.O.D.A.
Postado em 17 de dezembro de 2012
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Primeiramente, faltam palavras para descrever a emoção em ter na coleção material em vinil, no caso, de 7’’, um investimento feito por selos que ainda acreditam no seu inigualável charme. A Black Hole Productions é um desses e novamente está de parabéns pela iniciativa.
Falando da parte visual, a capa, embora não tenha nada de sanguinário, é morbidamente impactante e causa um desconforto em quem a vê. O restante arte gráfica mantém sua beleza, um incômodo que prolonga sua admiração.
Falar do Goregrind executado por essa one-man-band é diversão garantida. Caos, quanto caos no som criado pela mente insana de Witter Cheng! No lado A, seis composições gravadas em 2011 e, no B, cindo faixas de 1995, da demo "Rectify the Anal Bombshell", nunca lançadas. Ou seja: essa quantidade limitada de quinhentas unidades é ou não um verdadeiro item de colecionador?
E abrindo o material de forma ensurdecedora, "Why did you put Candy in the Cadaver?" (título sensacional!) desce a lenha na porradaria típica do estilo, mas com uns experimentos de guitarras curiosos no meio. Essa experiência se repete na seguinte, "Please Bleed into my Mouth" (outro título doentio), ou seja, Goregrind bruto com barulhos esquisitos, que combinam com a barulheira.
Essa estética sonora segue por todo o lado A e causa uma boa impressão, mesmo com a qualidade da gravação extremamente suja. Dá a impressão inclusive de que o "grupo" beira o Noisecore. Pois bem, quando você está no clima do disquinho, ele subitamente acaba... sem desânimo, temos o lado B!!!
É nele que, curiosamente, a gravação está muito melhor. Os pedais duplos de "Hiding Beneath the Urine Residue" assustam pelo peso e dão origem a uma música instrumental introdutória potentíssima e viciante, levemente menos extremo do que o outro lado do disco.
Depois dela, a faceta mais violenta da Decomposing Serenity reaparece com "Directed Views on Distorted Wounds" e... bom... simplesmente comove. É um Goregrind de gente grande! As outras canções restantes, embora levemente mais trabalhadas do que as registradas em 2011, são paulada pura, ditadas por um peso descomunal da guitarra. Há mais variações rítmicas, mas prezando sempre pela agressividade.
Uma curiosa coincidência: A última música tem o nome de "Black Hole Pulsations". Seria alguma homenagem à gravadora que lançou este petardo? Difícil, já que, como dito, é de 1995, enquanto a Black Hole Productions é de 2002. Mas que o fato é espantoso, isso ninguém nega.
E novamente, quando menos se esperava, o EP termina. Pena que seja tão curto, mas a saída mais óbvia é recomeçar tudo e pirar. Uma pena o material não vir com letras, uma vez que os mencionados títulos, impagáveis, instigam o ouvinte. Recomendado até a última gota de sangue jorrado das tripas.
Decomposing Serenity - Corpses in the Attic, Toys in a Shallow Grave (7’’ EP)
Black Hole Productions – 2012 – Austrália/Estados Unidos (atualmente)
http://www.facebook.com/DecomposingSerenity
[email protected]
Tracklist:
1. Why did you put Candy in the Cadaver?
2. Please Bleed into my Mouth
3. Jenny the Corpse took all the Blanket
4. Your Liver is Prettier than Candy
5. Four Pieces of Britney's Skull
6. No Space in the Fridge for Chloe
7. Hiding Beneath the Urine Residue
8. Directed Views on Distorted Wounds
9. Senseless Pleasure will End
10. Rhythmic Suffering of Lust
11. Black Hole Pulsations
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
Como foi lidar com viúvas de Ritchie Blackmore no Deep Purple, segundo Steve Morse
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Bloodbath anuncia primeira vinda ao Brasil em 2026
O músico que fez o lendário Carlos Santana se sentir musicalmente analfabeto
O clássico do Anthrax que influenciou "Schizophrenia", do Sepultura
A opinião de Rob Halford sobre o Slayer e "Angel Of Death"
Bob Rock revela segredos do "Black Album", clássico disco do Metallica
A canção do Pink Floyd que Gilmour disse ser "ótima", mas nunca mais quer ouvir


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



