Kamelot: o décimo disco da banda é um novo início
Resenha - Silverthorn - Kamelot
Por Junior Frascá
Postado em 03 de novembro de 2012
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Depois de uma trinca iluminada, com os discos "Karma", "Epica" e "Black Halo" (para mim, o melhor disco disparado da banda), o KAMELOT passou por um período conturbado em sua carreira, incluindo o lançamento de dois discos cuja receptividade do público não foi a esperada ("Ghost Opera" e "Poetry for the Poisoned"), e com a saída do brilhante vocalista Roy Khan, cujas reais causas não foram até hoje satisfatoriamente explicadas.
Assim, "Silverthorn", o décimo disco dos caras, é um novo início para a banda. E pelo que se escuta no material, não poderia ter sido melhor!
Por óbvio, quando uma banda perde um membro tão importante quanto é o vocalista, há duas opções a seguir: ou escolher alguém com uma voz totalmente diferente, modificando do estilo da banda, ou optar por um vocalista com uma voz parecida com a do vocalista anterior, mantendo suas características. E no caso do KAMELOT, a segunda escolha seria ainda mais difícil, pois Khan tem uma voz muito peculiar e diferenciada.
Mas, por incrível que parece, o substituto escolhido, Tommy Karevik, tem timbre e entonação idênticos ao de Roy Khan, tanto que, em vários momentos do disco, os mais desavisados com certeza acharão que a banda não mudou de vocalista, tamanha a semelhança entre suas vozes. Mas há outros momentos, principalmente nas baladas, em que seu vocal se diferencia um pouco dos de Roy, lembrando Fábio Lione (RHAPSODY), principalmente nas "esticadas" de voz. Um exemplo disto é "Song for Jolee", em que tais características ficam bem claras. Ou seja, o forte do cara não é a personalidade, mas sim a qualidade de sua voz.
E, assim como os vocais, o estilo da banda quase nada mudou, praticando aquele power melodic metal pesado e repleto de influências de música oriental e mediterrânea, com uma competência de se tirar o chapéu. Mas o que diferencia o novo disco dos dois trabalhos anteriores é que as músicas estão mais diretas, sendo menos complexas, e de assimilação mais fácil, embora mantenham arranjos muito bem construídos, climas épicos e ótimas orquestrações, graças à competência do coração da banda, o guitarrista Thomas Youngblood.
A já conhecida "Sacrimony" é uma das mais legais do disco, e remete à discos como "Epica" e "Karma", com melodias grudentas, e muito peso, sendo uma típica faixa com o selo KAMELOT de excelência.
E o disco segue assim até o final, com faixas intrigantes e muito legais, como "Veritas", "My Confessions" e "Silverthorn", sendo bem homogêneo, não decepcionando os fãs.
A produção, realizada por Sascha Paeth e Miro é muito boa também, bem moderna e cristalina, realçando as características da banda, com muita personalidade.
Merece menção ainda a belíssima edição especial do disco, que acompanha, um Box que, além de pôster, arte diferenciada, e um disco a mais, com versões instrumentais das faixas e a bônus "Grace"( que conta com a participação de Apollo Papathanasio e Niclas Engelini), um belíssimo digibook com toda a história conceitual que trata "Silverthorn", em todos seus detalhes.
Portanto, o KAMELOT está de volta, em sua melhor forma, lançando um disco até certo ponto surpreendente diante de tudo que a banda passou nos últimos tempos, e que a mantém no pelotão de frente das bandas que ainda mantém o power metal melódico como um estilo agradável de seu ouvir. Disco indispensável, não perca!
Silverthorn - Kamelot
(2012- SPV - Importado)
Track List:
CD 1:
1. Manus Dei
2. Sacrimony (Angel of Afterlife)
3. Ashes to Ashes
4. Torn
5. Song for Jolee
6. Veritas
7. My Confession
8. Silverthorn
9. Falling Like the Fahrenheit
10. Solitaire
11. Prodigal Son
Part I: Funerale
Part II: Burden of Guilt - The Branding
Part III: The Journey
12. Continuum
CD 2:
Instrumental CD Bônus:
1. Manus Dei
2. Sacrimony (Angel of Afterlife)
3. Kismet
4. Ashes to Ashes
5. Torn
6. Song for Jolee
7. Veritas
8. My Confession
9. Silverthorn
10. Falling Like the Fahrenheit
11. Solitaire
12. Prodigal Son
Part I: Funerale
Part II: Burden of Guilt - The Branding
Part III: The Journey
13. Continuum
Bonus Track:
14. Grace (with Apollo Papathanasio and Nicklas Engelin)
Outras resenhas de Silverthorn - Kamelot
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Bangers Open Air dá pistas sobre as próximas bandas do line-up
Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
Fabio Lione e Luca Turilli anunciam reunião no Rhapsody with Choir & Orchestra
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
A música que Paul McCartney não toca ao vivo por ter sido "deturpada" em sua ideia original
Bryan Adams fará shows no Brasil em março de 2026; confira datas, locais e preços
Mike Portnoy comemora maior turnê do Dream Theater e indica novidades para 2026
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Viúva de Ronnie James Dio afirma que ficou feliz com último show de Ozzy Osbourne
A melhor música do melhor disco do AC/DC, segundo o Heavy Consequence
O disco de prog que Ian Anderson disse que ninguém igualou; "único e original"


Kamelot anuncia box-set com seus três primeiros álbuns
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental


