Muse: esbanja vigor a cada trabalho lançado
Resenha - 2nd Law - Muse
Por José Cláudio Carvalho Reis
Postado em 19 de outubro de 2012
Nota: 9
Ao contrário das "salvações do rock", que desaparecem na velocidade em que ascendem, o MUSE esbanja vigor a cada trabalho lançado. Em seu sexto álbum, não podia ser diferente!
Formado no distante 1994, o grupo britânico vem angariando fãs desde que SHOWBIZZ (seu disco de estreia) fora lançado, em 1999. De lá para cá, a banda vem colecionando um belo catálogo de canções, das quais destaco (cometendo a injustiça de citar uma só) KNIGHTS OF CYDONIA, uma obra-prima do rock moderno, presente no álbum BLACK HOLES AND REVELATIONS (de 2006).
Com o sucesso crescente culminando em THE RESISTANCE, de 2009, o MUSE se tornou o queridinho da Inglaterra, e uma das bandas mais bem-sucedidas na cena mundial da atualidade. Ao contrário de figuras forjadas, que aparecem aos borbotões (THE STROKES, alguém?), o trio composto por Matthew Bellamy (vocal, guitarra e piano); Christopher Wolstenholme (baixo, voz secundária e teclado) e Dominic Howard (bateria e percussão) galgou cada degrau à custa de seu talento; de fato irrefutável.
Em 2012, o MUSE meteu o pé na porta: SURVIVAL foi tema dos Jogos Olímpicos de Verão 2012. A canção trouxe a reboque um trailer do novo álbum, intitulado THE 2ND LAW. Com influência confessa de dubstep, o disco veio precedido de uma certa apreensão. Por mais que a banda seja variada em sua musicalidade, uma mudança tão radical não agradaria aos fãs.
Mas para o bem de todos, o MUSE sabe o que faz. E THE 2ND LAW é um disco ambicioso e sofisticado. O caldeirão de referências inclui QUEEN (em MADNESS) e um funk rock matador (PANIC STATION), que remete ao clássico SUPERSTITION, de STEVIE WONDER. Chris dá uma palhinha de seu potencial, como grande baixista que é. E ainda canta nas faixas SAVE ME e LIQUID STATION - assinando também a autoria de ambas.
Há momentos de calmaria; mais do que o habitual. Mas tal detalhe não depõe contra a obra. Apenas evidencia - mais uma vez - a musicalidade do trio. Ainda que haja uma salada de referências, o estilo do MUSE está lá, inconfundível como a voz de seu líder.
Caótico e inquieto, o MUSE vem crescendo e amadurecendo a cada obra lançada. Com THE 2DN LAW, eles não superaram "The Resistance". Mas provaram que não precisam fazer mais do mesmo. O material já está entre os melhores do ano, como já era de se esperar.
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