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Bangers Open Air

A música que fez Chris Barnes ser demitido do Cannibal Corpse

Por Mateus Ribeiro
Postado em 21 de agosto de 2024

O vocalista estadunidense Chris Barnes, frontman do Six Feet Under, fez parte da icônica banda de Death Metal Cannibal Corpse entre os anos de 1988 e 1995. Chris, que foi um dos fundadores do Cannibal Corpse, gravou os quatro primeiros discos de estúdio do grupo, lançados entre 1990 e 1994.

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Foto: Metal Blade - Vince Edwards
Foto: Metal Blade - Vince Edwards

A história de Chris no Cannibal Corpse se encerrou em 1995, durante as gravações de "Vile", quinto disco de estúdio do quinteto, que foi lançado em 1996. O baterista Paul Mazurkiewicz falou sobre a demissão de Chris durante entrevista concedida à Metal Hammer, que foi publicada em 2007.

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Foto: Metal Blade - Vince Edwards
Foto: Metal Blade - Vince Edwards

"Estávamos nos desenvolvendo musicalmente e o objetivo era realmente levar as coisas para o próximo nível. As letras que Chris estava criando simplesmente não pareciam se encaixar onde o resto de nós estava levando as músicas. Ele estava preso aos velhos hábitos, enquanto nós queríamos progredir. Tentamos ajudá-lo, mas Barnes era tão teimoso que foi muito difícil. Lembro-me de uma das últimas conversas que tive com ele fora do estúdio. Eu disse que queríamos apoiá-lo o máximo possível, e ele admitiu que estava lutando para acelerar o ritmo", disse Mazurkiewicz, que na mesma entrevista, contou qual música selou o destino de Barnes.

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"A gota d’água, porém, veio quando ouvimos o que ele tinha feito em ‘Devoured By Vermin’. Essa sempre seria a música de abertura do álbum. Como tal, tinha que ter um impacto imediato, para fazer uma declaração sobre o que estava por vir. Mas Chris não aceitou o desafio. Depois de ouvir o que ele tinha feito, Alex Webster [baixista do Cannibal Corpse] se voltou contra ele [Chris] sem rodeios e disse: ‘Vou reescrever completamente a letra’. Ele ficou arrasado", acrescentou o baterista do Cannibal Corpse.

Não havia outra saída a não ser demitir Chris Barnes. E segundo Paul, o vocalista foi demitido por telefone: "Sabíamos que o Chris tinha que sair - era a única coisa a fazer. Então, ligamos para ele quando ele estava na estrada e dissemos: 'Cara, você está fora'. Foi tão simples quanto isso. Nenhum de nós conseguia viver com o que ele havia feito no estúdio e sabíamos que não havia como ele mudar".

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Pois bem, depois que demitiu Chris, o Cannibal Corpse precisava encontrar outro vocalista. Definitivamente, Paul Mazurkiewicz e seus camaradas tinham um nome no radar: George "Corpsegrinder" Fisher, que cantava no Monstrosity. Para a sorte do Cannibal Corpse, George aceitou o convite para ser frontman de uma das bandas mais brutais da história da música.

"Tínhamos uma pequena lista de possíveis substitutos? Sim, e havia um nome nela. George foi a única pessoa que consideramos. Acreditávamos que ele poderia fazer o que queríamos. Se ele tivesse recusado ou não tivesse dado certo, não tenho certeza do que teria acontecido. Poderia ter sido o fim do Cannibal Corpse", relatou Paul.

Bem, o Cannibal Corpse resolveu todos os seus problemas trocando Chris Barnes por George Fisher, certo? Errado. O ex-vocalista ainda tinha alguns laços com a banda, que foram cortados.

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"Foi Chris quem desenhou o logotipo", relembrou Mazurkiewicz. "Precisávamos de um logotipo quando a banda começou, e ele criou algo adequado. Mas, depois que o demitimos, ele começou a pedir pagamento por todos os CDs e mercadorias que vendíamos com seu logotipo. Portanto, decidimos criar um novo logotipo para o lançamento do ‘Vile’, que também marcou uma nova era para nós".

No fim das contas, George "Corpsegrinder" se encaixou perfeitamente no Cannibal Corpse, tanto que continua na banda até os dias atuais. Atualmente, o Cannibal Corpse conta com George "Corpsegrinder" (vocal), Rob Barrett (guitarra), Erik Rutan (guitarra), Alex Webster (baixo) e Paul Mazurkiewicz (bateria). O trabalho mais recente do quinteto é "Chaos Horrific", lançado em setembro de 2023.

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Sobre Mateus Ribeiro

Fã de Ramones, In Flames e Soilwork. Ouve (quase) tudo, desde rock clássico até black metal.
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