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Poets of the Fall: Um autêntico disco de rock europeu

Resenha - Temple of Thought - Poets of the Fall

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Postado em 21 de março de 2012

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Falar a essa altura que o Poets of the Fall é uma das grandes bandas da atualidade em termos artísticos é chover no molhado. Se você já tomou um tempo para ouvir algum dos álbums desse excelente trio finlandês já sabe o quão bom eles são. Já sabe que se trata hoje de uma das bandas menos reconhecidas pelo seu trabalho, mas que mesmo assim dá um show em muita banda que tem melhor reconhecimento midiático. E se já leu alguma das minhas opiniões anteriores sobre o grupo, também sabe que o mercado brasileiro está pouco se lixando para eles, prefere artistas de menor calibre e nenhuma categoria.

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A banda vem pavimentando seu caminho de álbum a album e com este novo lançamento este maravilhoso trio finlandês novamente se consolida como uma das melhores revelações da primeira década do séc. XXI. E com o novo Temple of Thought, o quinto álbum de estúdio do trio composto por Marko, Olli e Captain, eles novamente provam seu talento e sua habilidade de encantar tocando desde melodias poéticas, baladas românticas, épicas e rocks rápidos, pedradas magistrais com uma musicalidade simplesmente descomunal. É claro que essa é uma opinião que vem de um fã da banda de longa data que não mede esforços para elogiá-los a cada trabalho. Mas vou tentar deixar o lado fã um pouco para que a crítica não saia tendenciosa.

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O álbum teve sua data de lançamento marcada para 21 de março de 2012, mas acabou vazando na Internet 8 dias antes de seu lançamento, possibilitando assim que os fãs afoitos por novidades do trio pudessem ter contato mais cedo com o material novo. O disco abre com "Running Out of Time", uma das melhores introduções de álbum que eu já vi do trio, ponto. Um rock enérgico, rápido, sem frescuras, direto ao ponto, literalmente um chute na porta, como sempre com grandes letras e instrumental impecável, com uma bateria poderosa e Olli em grande momento, detonando em seus solos. Em outras palavras, um excelente começo de disco. A música perfeita para se abrir um show do trio. A seguir temos a música que dá nome ao álbum e parece com uma continuação de "Carnival of Rust", tanto em termos instrumentais quanto líricos, uma daquelas músicas que já se espera que a banda faça. Uma quase-balada com letras inteligentes e uma cozinha muito bem entrosada.

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A terceira, "Cradled in Love" trata-se do primeiro single do álbum e é uma balada ao pé da letra, com letras românticas, mas sem ser brega, com ritmo bem lento, daquelas para se dançar com alguém. Algo no estilo do que o Roxette faria em seus tempos áureos. Este single foi exibido e divulgado à exaustão pela banda antes do lançamento do álbum, e me deixa muito feliz de saber que o álbum é muito mais do que este single mostrava. A seguir temos "Kamikaze Love", este é o terceiro single do álbum, que sairá no formato radiofônico em meados de abril, algumas semanas após o lançamento do disco. Mais uma daquelas deliciosas pedradas rápidas e enérgicas que o Poets of the Fall sabe fazer tão bem. Comparada essa versão com a prévia que foi publicada no Youtube de 0:45 segundos, houve uma grande evolução, pois a prévia, comparada com essa versão final mais parece agora uma versão inicial da música, uma demo. Tem chances enormes de figurar entre os clássicos do trio no futuro. Na minha humilde opinião, já nasce clássica.

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"The Lie Eternal" é mais uma pedrada do álbum que merece destaque, mais um daqueles saborosos pop rocks com ritmo rápido que começam apenas com marcação de ritmo e explodem em cores, batidas e sons vibrantes e, porque não dizer, viciantes. Mais uma daquelas músicas que tem todas as chances de entrar para o hall de clássicos do trio. "Skin", bom, esta é... ok, a esta altura eu creio que não preciso voltar a enfatizar a excelência musical desses caras. São todos talentosíssimos, são poucos daqueles artistas que fazem uma simples balada soar simplesmente fantástica. E esta não é uma exceção. É muito simples. Você tem uma idéia de balada, você entrega ao Poets of the Fall e pronto, vira uma música fantástica. As letras: fabulosas; a melodia: melancolicamente maravilhosa; arranjos: sensacionais, em suma, uma música que tem que figurar no setlist de qualquer show do trio.

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"The Distance" é mais uma daquelas músicas pop com batida funk tradicional e com uma levada contagiante que o trio faz tão bem, muito reminiscente de clássicos do trio como "Overboard" ou "Dying to Live", mas com um feeling diferente, uma melodia que apaixona logo de cara e um ritmo que contagia a mexer o corpo. Uma composição digna dos melhores artistas pop dos anos 70 ou 80. Já "Show Me This Life" é um rock que tem uma batida rápida e um ritmo que lembra músicas como "Diamonds for Tears", aliás chega até a ser melhor que "Diamonds for Tears", e tem aquela caída pop anos 80 bem agradável. Outro grande trabalho da cozinha musical que acompanha o trio.

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Chegando mais no final do álbum, vamos nos deparando com uma leve caída criativa, mas nada que afete a excelência musical do disco.

"Morning Tide" trata-se de mais uma balada épica do trio, que se tornou especialista neste quesito, bonita, bem escrita, tem elementos de música pop e folk com a pompa que o trio sempre dá para todas as baladas que escreve, a atmosfera, o clima e, por alguma razão, ela me faz pensar em filmes como Náufrago e Waterworld. Claro, tem outros exemplos de baladas épicas em que o trio se superou bem mais escrevendo uma música dessas, mas no geral, uma balada atmosférica que satisfaz e te deixa com a impressão de que eles guardaram essa para daqui algum tempo, quando já estivessem devidamente consolidados no meio musical.

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"The Ballad of Jeremiah Peacekeeper" é mais uma daquelas incríveis baladas que o Poets sabe tão bem como fazer, com clima na medida e uma melodia atmosférica deliciosa. E por alguma razão, talvez devido ao nome da personagem do título da música, eu não consigo parar de pensar no personagem John Crichton, da série australiana de ficção-científica Farscape, onde ele e Aeryn, seu interesse amoroso duelam com os Peacekeepers, especialmente a cena em que os dois são cristalizados no meio do oceano e revividos na mini-temporada seguinte. Se você não sabe do que estou falando, procure esta série, é uma das melhores coisas que já fizeram com ficção-científica na TV. Voltando à música... simplesmente mais uma ótima balada épica, poderia muito bem ser o fechamento do álbum.

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Para fechar, temos o segundo single do álbum, "The Happy Song", este single quando saiu, me causou estranheza, pois a capa mostrava uma faca cheia de sangue! Uau! É a música que fecha o disco, curiosamente aliás, pois aqui o Poets of the Fall quebra uma tradição que já vem de quatro discos atrás. Até o quarto disco, a última música sempre era uma balada calma ou épica para acalmar o ouvinte após a quebradeira do álbum, em outras palavras, um repouso. Porém aqui já não é o caso. A música saiu como trilha sonora do game Alan Wake's American Nightmare, mas parece que aqui no álbum do trio ela fica meio deslocada. É uma música bem divertida até, quando ela saiu como single fiquei escutando e me divertindo por bastante tempo, imaginando a cena da simplória porém sanguinária letra, mas nem por isso ela entra como sendo uma das melhores que o trio já fez.

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Confesso que não achei um bom fechamento para um álbum tão bom, mas dá pra se divertir bastante com a música. Só que fica aquele sentimento de que o disco merecia um melhor fechamento, já que a abertura e o andamento do disco foram tão bons. Eu posso arriscar a dizer que eles erraram a ordem do set na hora e trocaram esta música de ordem com "Jeremiah Peacekeeper", mas aí eu só estou especulando e, se ficarmos especulando todas as possibilidades, vamos ficar aqui o dia inteiro.

A verdade é que, no fim das contas, o Poets of the Fall mais uma vez atendeu as expectativas de todos os seus fãs e lançou mais um excelente trabalho. E apesar de a última porção do disco tirar a sua quase nota máxima, é um trabalho extremamente recomendado tanto para fãs de longa data quanto para pessoas que amam a boa música e aquele rock enérgico e inteligente. Um autêntico disco de rock europeu com vigor, paixão, inteligência e boa música. OK, talvez meu coração de fã tenha feito eu me exaltar um pouco durante a crítica, mas sabem, isso é espontaneidade. E isso mostra a tremenda força que o Poets of the Fall tem.

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Temple of Thought (2012)
(Poets of the Fall)

Tracklist:
01. Running Out of Time
02. Temple of Thought
03. Cradled in Love
04. Kamikaze Love
05. The Lie Eternal
06. Skin
07. The Distance
08. Show Me This Life
09. Morning Tide
10. The Ballad of Jeremiah Peacekeeper
11. The Happy Song

Selo finlandês: Insomniac, Playground

Discografia anterior:

- Alchemy Vol. 1 (2011)
- Twilight Theater (2010)
- Revolution Roulette (2008)
- Carnival of Rust (2006)
- Signs of Life (2005)

Site oficial:
http://www.poetsofthefall.com

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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