Grave Digger: Pesado, obscuro, épico e grandioso
Resenha - Heart of Darkness - Grave Digger
Por Diego Cesar Bortolatto Simi
Postado em 31 de dezembro de 2011
Nota: 10 









Quando se fala em Grave Digger, um dos mais importantes representantes do Heavy/Power Metal da Alemanha, a grande maioria se lembra de grandes clássicos como "Excalibur" (1999), "Tunes Of War" (1996) ou até mesmo "Heavy Metal Breakdown" (1984), para quem curte uma pegada mais old-school. No entanto, em meio a tantas obras, existe um álbum que não é tão lembrado e comentado.
 
"Heart of Darkness" é esse disco. Lançado pela Gun Records em 1995, esse desapercebido disco do Grave Digger é pesado, obscuro, épico e grandioso. Depois da fracassada empreitada por sons mais comerciais no finalzinho dos anos 80, o Grave Digger em seu retorno imprimia toda fúria e poder possível em suas canções.
O play começa com o melancólico e tenebroso interlúdio "Tears of Madness", que em seus segundos finais é subitamente engolido por "Shadowmaker", uma das músicas mais pesadas e rápidas do Digger. É impossível imaginar o motivo pelo qual a banda não acrescenta essa música em seu set list.
Em seguida, vem a melhor música do disco "The Grave Dancer", onde Uwe Lullis mostra que é um verdadeiro demônio da guitarra, mandando um riff esmagador de tão pesado e cadenciado. O refrão dessa música então simplesmente te obriga a serrar os punhos e urrar "I dance on your grave!".
 
Depois desse começo matador, o Grave Digger continua com mais duas boas músicas, a lenta e ao mesmo tempo pesada "Demon’s Day" e a porradona "Warchild", onde Chris Boltendahl já nessa época mostra que é a verdadeira alma do Digger. Além disso, Chris demonstra que é um mestre no seu estilo vocal, nenhum outro vocalista do mundo consegue cantar de maneira tão rasgada e ao mesmo tempo melodiosa quanto ele.
"Heart of Darkness", a faixa-título do álbum é a próxima música, e esta música reúne todos os atributos do cd em seus longos 11 minutos: peso aliado à velocidade, um refrão épico, solos otimamente executados pelo demoníaco Uwe Lullis, um baixo volumoso do bom Tommi Göttlich e uma aura negra emanando de cada passagem dessa grande pancada.
 
"Hate", chega em seqüência e só abre alas para a música mais grandiosa e ao mesmo tempo com a pegada mais headbanger do disco, a clássica "Circle of Witches", que até hoje é fervorosamente aclamada nos shows da banda. Chris Boltendahl mostra toda sua garra com agudões devastadores, que em seqüência terminam em um refrão absolutamente épico. Foda!
No fim do grande clássico, a nona música "Black Death" apenas finaliza o disco. O que faz de "Heart of Darkness" ser esse grande álbum é a junção dos talentos de Chris e Lullis, disparado o melhor guitarrista que a banda já teve.
Musicalmente falando, um nasceu para o outro, cada acorde de guitarra se encaixa perfeitamente com cada verso da letra. Infelizmente, a parceria entre eles acabou há tempos, mas a verdade é que Chris Boltendahl e Uwe Lullis formavam uma das parcerias mais destruídoras do Heavy Metal.
 
Track List:
01 - "Tears of Madness" – 2:09
02 - "Shadowmaker" – 5:40
03 - "The Grave Dancer" – 5:02
04 - "Demon's Day" – 7:30
05 - "Warchild" – 6:09
06 - "Heart of Darkness" – 11:57
07 - "Hate" – 4:24
08 - "Circle of Witches" – 7:43
09 - "Black Death" – 5:41
Line-up:
Chris Boltendahl - vocais
Uwe Lullis - guitarra
Tommi Göttlich - baixo
Frank Ulrich - bateria
 
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