Mr. Big: Sempre um presente para amantes de boa música
Resenha - Live From The Living Room - Mr. Big
Por Renato Trevisan
Fonte: ocaralhoa4.blogspot.com
Postado em 08 de maio de 2011
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Que o Mr. Big é uma das bandas mais técnicas do Hard Rock e da música pesada em si, todo mundo sabe. Que a discografia do grupo americano conta com mais lançamentos ao vivo do que com álbuns de estúdio, tudo mundo também sabe. Mas eu pergunto a todos que estão lendo essa resenha: Alguém, algum dia imaginou que a banda lançaria um álbum ao vivo no Japão?!? E pra o espanto de todos... Sim! Eles lançaram!
Brincadeiras a parte, é impossível negar a genialidade do grupo que conta com Eric Martin nos vocais, Paul Gilbert na guitarra, Billy Sheehan no baixo e Pat Torpey na bateria. O quarteto responsável por hits como "To Be With You" e "To Be With You" (risos) realizou sua tão esperada volta aos palcos com a formação clássica em 2009, quando lançou o CD/DVD "Back To Budokan" e, no finalzinho de 2010, lançou seu tão esperado álbum de inéditas, o magnífico "What If...". Logo, as apresentações começaram e, dia 28 de janeiro, realizou-se um "show secreto" para 200 japas sortudos - sortudos mesmo, visto que foram escolhidos por sorteio. E "Live From The Living Room" foi este show, lançado dia 27 de abril em CD (contendo 10 músicas) e DVD (com 15 canções).
Bom, se a banda nunca inova no país onde grava seus álbuns ao vivo, pelo menos em cima do palco a criatividade rola solta. Não apenas no sentido musical, mas sim no estético. "Live From The Living Room" recebeu esse nome porque foi gravado justamente em um palco montado e adornado para parecer uma sala de estar. Com sofás, televisão, abajur, mesinhas e todas aquelas coisas que você encontra em uma sala. A apresentação se realizou quase que totalmente em um formato acústico e contou até com participação de uma mini-orquestra em algumas músicas.
Bem, quando falamos de Mr. Big, já é de se esperar um show tecnicamente perfeito e, é justamente isso que temos aqui. Ressaltando apenas que algumas canções, por serem executadas de forma acústicas, perdem alguns de seus detalhes, mas não pecam em nada na mescla entre virtuosidade e feeling. Digo isso pois as versões apresentadas não ficaram tão "encorpadas", já que temos apenas um violão. Creio que seria bem mais viável se Eric Martin fizesse algumas bases com violão, para dar mais "consistência", detalhes e um pouco mais de peso às execuções. Sim, eu disse peso, pois Pat Torpey também abandonou sua bateria e ficou apenas na percussão. Se por um lado isso mostra versatilidade e em alguns momentos dá uma forma bem interessante e um clima amistoso e íntimo ao show, por outro, deixa um espaço vazio, um vácuo dentro da apresentação. Eu vejo isso da seguinte forma: Músicas de Rock precisam de uma condução coesa, mesmo quando executadas em um formado acústico. Logo, a falta de bateria e de mais um violão não foi suprida nem mesmo com o acréscimo da orquestra.
O set list, como vem sendo de costume desde a volta da banda, não traz nenhuma música da "era Kotzen". O show é quase todo baseado nas novas músicas, com destaques para o novo single "Undertow", "As Far As I Can See", "Around The World", a belíssima "Stranger In My Life" - que contou com a participação da orquestra convidada - e "Nobody Left To Blame", que já conta com guitarra elétrica. Os clássicos que marcaram toda a carreira do grupo também não foram esquecidos. Aqui se fazem presentes músicas como o hit "To Be With You", a pedrada "Daddy, Brother, Lover, Little Boy" e a linda "Take Cover". Todas apresentadas com propriedade pelo grupo, mas, principalmente por Paul Gilbert, que tocou seu violão do mesmo jeito que toca sua guitarra, com solos e riffs executados de forma ainda mais incrível do que nós já esperamos de um guitarrista do seu nível. Dúvida? Escute "Still Ain't Enough for Me" e "Around The World"... Outro que merece destaque é Eric Martin, que mesmo não sendo uma unanimidade, nessa apresentação, no mínimo, chutou bundas.
De um jeito ou de outro, ouvir o Mr. Big tocar é sempre um presente para amantes de boa música e "Live From The Living Room" prova isso (mais uma vez). Logo, eles podem lançar um ao vivo no Japão a cada 6 meses, pois de qualquer forma, o Hard Rock agradece... E que venham logo ao Brasil!
Eric Martin - vocais
Paul Gilbert - violão
Billy Sheehan - baixo
Pat Torpey - percussão
01. Undertow
02. Still Ain't Enough for Me
03. Green-Tinted Sixties Mind*
04. As Far As I Can See
05. Voodoo Kiss
06. Where Do I Fit In?*
07. Take Cover
08. Around The World
09. Daddy, Brother, Lover, Little Boy*
10. Stranger In My Life (w/ Strings)
11. All The Way Up (w/ Strings)
12. To Be With You (w/ Strings)
13. Nobody Left To Blame (w/ Taiko Drums)
14. Shy Boy (w/ Taiko Drums)*
15. 30 Days In The Hole*
* - somente no DVD
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Hellfest terá 183 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
AC/DC anuncia show extra no Chile e encerra adição de datas na América do Sul
O hit do Nirvana sobre Whitesnake, Guns N' Roses, Aerosmith e Led Zeppelin
Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Roxette anuncia dois shows no Brasil em 2026
O "vacilo" que levou Nicko McBrain a achar que fosse passar no RH do Iron Maiden
Katatonia se apresentará em São Paulo em 2026; ingressos estão à venda
30 clássicos do rock lançados no século XX que superaram 1 bilhão de plays no Spotify
Os 25 melhores álbuns do metal britânico, segundo o RYM
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
O veterano que contraiu tuberculose na Malásia e gerou clássico do Iron Maiden
Duff McKagan elege as músicas do Guns N' Roses que mais gosta de tocar ao vivo
Vegana e do metal! Ignacia Fernández vence o Miss Mundo Chile
Linkin Park compartilha fotos incríveis de show realizado no MorumBIS
A dura crítica de Angus Young a Led Zeppelin, Jeff Beck e Rolling Stones em 1977
Slipknot deixou cantor Latino com medo durante o Rock In Rio
No alto do castelo há uma linda princesa...


O Mr. Big acabou mesmo? Billy Sheehan, baixista da banda, responde
Baixistas Frank Bello (Anthrax) e Billy Sheehan (Mr. Big) no próximo álbum do Accept



