Duff McKagan's Loaded: Hard com veia punk rock setentista
Resenha - Taking - Duff McKagan's Loaded
Por Paulo Finatto Jr.
Postado em 24 de abril de 2011
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Por mais que o futuro do VELVET REVOLVER possa parecer incerto, os seus integrantes encontraram maneiras de se ocuparem e de exercerem a criatividade em novas composições. O primeiro a investir em uma empreitada independente foi o guitarrista SLASH, que produziu o seu primeiro (e ótimo) disco no ano passado. O relógio andou e agora é a vez do baixista DUFF MCKAGAN reativar a sua banda – o LOADED – que chega ao seu terceiro e mais interessante álbum. O repertório de "The Taking" explora muito o hard rock que sempre contornou os projetos do músico, só que com um uma acentuada veia punk rock setentista.

Embora quisesse se distanciar da sonoridade das suas ex-bandas, o conhecido (e reconhecido) ex-baixista do GUNS N’ ROSES não conseguiu de desvencilhar por completo do passado, sobretudo daquilo que o VELVET REVOLVER mostrou de mais moderno em "Libertad" (2007). No entanto, o grupo composto por DUFF MCKAGAN (vocal e guitarra), Mike Squires (guitarra), Jeff Rouse (baixo) e Isaac Carpenter (bateria) mostra aqui um repertório curto, porém intenso e condizente com as influências dos músicos, que passeiam pelo hard rock e pelo punk com muita naturalidade. Entre faixas mais raivosas e outras claramente com pretensões comerciais, "The Taking" é extremamente competente na sua proposta de preencher uma lacuna deixada em branco desde o abandono do cantor Scott Weiland do VELVET REVOLVER.
A produção – assinada pelo conceituado Terry Date (INCUBUS e LIMP BIZKIT) – é criteriosa e soube optar pelos riffs mais adequados para o gênero nitidamente direto e cru do DUFF MCKAGAN’S LOADED. Não há experimentalismos em "The Taking", tampouco uma vontade em reproduzir as melodias famosas do GUNS N’ ROSES ou do VELVET REVOLVER. Desde o início da obra, os riffs pesados e agressivos (com um quê de MACHINE HEAD) aparecem como a característica principal de "The Taking". Por mais que músicas como "Lords of Abbadon" e "Executioner’s Song" – curiosamente as duas que abrem o disco – não possuem uma verdadeiro impacto positivo, a proposta de McKagan & Cia. evidencia o privilégio dado às influências do punk rock e ao que existe de mais moderno no mundo do hard rock.
Na sequência do repertório, "Dead Skin" surge com as credenciais necessárias para ser apontada como o primeiro destaque o disco. Embora repita mais ou menos a ideia da melodia do refrão de "Lords of Abbadon", o seu andamento menos raivoso – e consequentemente mais comercial – se mostra extremamente bem construído e perfeito para a voz de McKagan. Por mais que o baixista (aqui guitarrista) não possua uma voz excepcional para o posto de cantor, o líder do LOADED não comete nenhum pecado no decorrer dos quarenta e cinco minutos de "The Taking". Outras músicas de apelo claramente comercial – como "We Win" (que chega a lembrar o NICKELBACK ou o GREEN DAY às vezes) – curiosamente mostra a extrema habilidade de Duff em criar faixas destinadas às massas. Não há nada em que o grupo possa ser repreendido nessa perspectiva.
O repertório extremamente direto de "The Taking" comprova o seu fôlego em apresentar composições nem um pouco repetitivas. O repertório bem elaborado é o que deve prevalecer entre os comentários dos fãs do ex-GUNS N’ ROSES. De certo modo, "Easier Lying" e "She’s an Anchor" podem passar diante dos ouvidos do público sem o mesmo impacto das faixas anteriores, mas "Indian Summer" recupera o apelo comercial (inclusive com a inclusão de violões) do disco em grande forma. As características "hits de FM" que costumam proporcionar uma mesmice sonora aos outros grupos de hard rock se desdobra do modo mais competente possível aqui. O que apenas comprova o dom (e o sucesso) de DUFF MCKAGAN. Na sequência, a melódica (e quase punk) "King of the World" evidencia outro destaque verdadeiramente positivo em "The Taking".
No fim da obra, músicas mais pesadas como "Your Name" e "Follow Me to Hell" compõem um interessante contraponto ao que "The Taking" apresenta de mais próximo aos quesitos comerciais do hard rock. A nova empreitada do DUFF MCKAGAN’S LOADED é extremamente competente e deve se consolidar como um dos principais discos de hard rock em 2011. Não só os fãs do GUNS N’ ROSES e do VELVET REVOLVER deverão apreciar esse repertório. Com o aproveitamento de influências que se dividem igualmente entre o punk rock e os elementos mais modernos do gênero, o aproveitamento do disco deve se estender sobre um o público ainda maior e sedento por novidades como essa.
Track-list:
01. Lords of Abbadon
02. Executioner’s Song
03. Dead Skin
04. We Win
05. Easier Lying
06. She’s an Anchor
07. Indian Summer
08. Wrecking Ball
09. King of the World
10. Cocaine
11. Your Name
12. Follow Me to Hell
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Guns N' Roses anuncia valores e início da venda de ingressos para turnê brasileira 2026
A maior banda do Brasil de todos os tempos, segundo Andreas Kisser do Sepultura
Megadeth anuncia mais datas da turnê de despedida
"Estou muito feliz pela banda e por tudo que conquistamos", afirma Fabio Lione
Helloween cancela shows na Ásia devido a problemas de saúde de Michael Kiske
Hall da Fama do Metal anuncia homenageados de 2026
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
Os melhores covers gravados por bandas de thrash metal, segundo a Loudwire
Angra traz "Rebirth" de volta e deixa no ar se a formação atual ainda existe
As 3 bandas de rock que deveriam ter feito mais sucesso, segundo Sérgio Martins
Os cinco maiores guitarristas de todos os tempos para Neil Young
Fernanda Lira desabafa sobre ódio online e autenticidade: "não sou essa pessoa horrível"
O álbum de Lennon & McCartney que Neil Young se recusou a ouvir; "Isso não são os Beatles"
Quem é Alírio Netto, o novo vocalista do Angra que substituiu Fabio Lione
Rockstadt Extreme Fest terá 5 dias de shows com cerca de 100 bandas; veja as primeiras
Kurt Cobain conta sobre a banda que fez com que ele sonhasse ser um rockstar
Quem é o brasileiro que apresentou o disco "Nevermind", do Nirvana, para Joey Ramone
O clássico de Raul que alfineta três cantores da MPB e ironiza músicas de protesto
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva



