Ragnarok: uma banda que não precisam inovar em nada
Resenha - Collectors Of The King - Ragnarok
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 27 de agosto de 2010
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O Ragnarok, por mais que tenha liberado bons registros desde que surgiu na Noruega, em 1994, nunca recebeu a devida atenção por parte do público blackbanger. De qualquer forma, ao longo dos anos a horda sempre foi trabalhando nas sombras e, mesmo atormentada por muitas mudanças em sua formação, não perdeu a capacidade de criação ou deixou a qualidade de sua Arte cair – a Música sempre falou por si, negra e profana.

Atualmente o único remanescente fundador é o baterista Jontho, e "Collectors Of The King" marca o retorno do Ragnarok ao cenário depois de seis longos anos desde seu último registro, "Blackdoor Miracle". Este sexto álbum, como não poderia deixar de ser, apresenta tudo o que se espera do estilo, e na forma mais pura. Pode esquecer os manjados elementos sinfônicos ou qualquer outro artifício épico que interfira ou minimize o ímpeto violento que move sua capacidade de expressão.
Do começo ao fim os noruegueses descarregam um verdadeiro arsenal de riffs velozes e blast beats em intensidade estonteante, sendo que, em várias ocasiões, todo o extremismo consegue avançar pelos lados do Death Metal propriamente dito. Mas, como é frequente e proposital em tantos casos no Black Metal, "Collectors Of The King" possui mudanças de andamento por vezes tão sutis, e que duram tão pouco, que a impressão é a de repetição. E essa é a sensação geral que os não-iniciados ao estilo terão em comum.
Mas que fique claro que essa ausência de uma variação mais aprofundada é uma das características do Black Metal, e que por aqui possui a coerência necessária para gerar composições de impacto como a ótima "In Honour Of Satan" e a própria faixa-título, ambas com grandes riffs e linhas melódicas muito boas, ou ainda "The Ancient Crown Of Glory", que pulveriza o que estiver próximo das caixas de som.
Quanto às letras de teor satânico e barato, vomitadas de forma amarga... Oras, quem se importa? Existem algumas bandas que não precisam inovar em nada, e o Ragnarok aí se encaixa, e nunca dando sinais de abrandar o ódio de sua proposta. Com dez faixas em aproximadamente 40 minutos de incessante barulheira e uma ilustração de capa entre as mais bonitas do ano, "Collectors Of The King" é indicado somente aos que apreciam Heavy Metal extremo e devidamente concentrado na velocidade. Um bom trabalho!
Contato:
http://www.ragnarokhorde.com
http://www.myspace.com/ragnarok
Formação:
Hans Fyrste - voz
Brigge - guitarra
Decepticon - baixo
Jontho - bateria
Ragnarok - Collectors Of The King
(2010 / Regain Records - nacional)
01. Resurrection
02. Stabbed By The Horns
03. Burning The Earth
04. In Honour Of Satan
05. Collectors Of The King
06. Eternal Damnation
07. The Ancient Crown Of Glory
08. May Madness Hunt You Down
09. Wisdom Of Perfection
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A melhor banda de rock de todos os tempos, segundo Bono do U2
Mystic Festival terá cerca de 100 bandas em 4 dias de shows; confira os primeiros nomes
"Melhor que os Beatles"; a banda que Jack Black e Dave Grohl colocam acima de todas
Andreas Kisser quer que o último show do Sepultura aconteça no Allianz Parque
As 50 melhores bandas de rock da história segundo a Billboard
Bangers Open Air 2026: cinco apresentações que você não pode perder
Bono cita dois artistas que o U2 jamais vai alcançar; "Estamos na parte de baixo da escada"
A maneira curiosa como James Hetfield reagia aos fãs que o ofendiam por conta de "Until It Sleeps"
"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
Deep Purple continuará "até onde a dignidade humana permitir", declara Ian Gillan
A banda que Lars Ulrich chamou de "o Black Sabbath dos anos 90"
Três Álbuns Seminais Lançados em 1975, nos EUA
Regis Tadeu e Sérgio Martins revelam roqueiros que usam peruca: "Vai dizer que você não sabia?"
Tobias Forge quer praticar mergulho para tornar uso de máscara no palco menos claustrofóbico
Helena Nagagata reassume guitarra da Crypta
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva


