Matérias Mais Lidas


Jethro Tull
Stamp

Scorpions: final digno de tudo que eles já gravaram

Resenha - Sting in The Tail - Scorpions

Por Thiago El Cid Cardim
Postado em 31 de julho de 2010

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Em seu disco anterior, "Humanity: Hour 1", os alemães do Scorpions arriscaram de verdade. Saíram da zona de conforto, fizeram uma compilação de canções de tom sombrio, quase apocalíptico, sobre o futuro da humanidade. Teve gente que chiou, porque eram os Scorpions soando um tanto diferentes do que se acostumou a ouvir deles. Eu, por outro lado, achei excelente, um dos melhores daquele ano. Era aquele hard rock cheio de energia e contagiante, com refrões para decorar logo de primeira? Sim, 100% reconhecível. Mas era mais do que isso. Era uma corajosa mistura de influências fora do padrão Scorpions de ser, com pitadas eletrônicas, alguns riffs quase thrash, delicados flertes com o nu metal. E conseguindo, no meio de tudo isso, ainda soar bastante Scorpions. Excelente.

Scorpions - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Mas os puristas podem ficar tranqüilos: em "Sting in the Tail", seu décimo-sétimo álbum de estúdio, digamos que os músicos deram um ligeiro passo atrás. Para aquele que é anunciado como a última peça de sua discografia, o derradeiro antes da aposentadoria, eles preferiram apostar em uma espécie de "porto seguro". Fizeram quase que uma continuação direta de "Unbreakable", antecessor de "Humanity: Hour 1", resultando em doze canções vibrantes, energéticas, com um pique de dar gosto. Assim como aconteceu em "Unbreakable", esta despedida tem um gostinho clássico daquela sonoridade que os escorpiões tornaram característica na década de 80. Música para pular junto, para cantar junto, para bater cabeça junto, em clima de festa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

A festança já começa com o peso das guitarras da dupla Jabs e Schenker na faixa de abertura, "Raised On Rock". E que guitarras, é algo que vamos ter que sempre concordar. Quando os sempre competentes vocais de Klaus Meine convocam para a celebração roqueira em canções como "Rock Zone", "Let's Rock" e "Spirit Of Rock", uma trinca cujas letras têm por objetivo exaltar o frescor e vitalidade do rock, não dá para ficar parado. O mesmo vale para a sacana "Slave Me", cuja levada tem todo o jeitão de que é trilha certa para embalar um sensual strip-tease. Falando em mulher bonita, aliás, a ex-Nightwish Tarja Turunen pode até ter gravado uma participação em "The Good Die Young", mas você vai precisar de muita atenção se quiser detectar o vozeirão da moça enquanto Meine entoa o refrão "The good die young / There might be no tomorrow / In god we trust / Through all this pain and sorrow", porque ela canta inexplicavelmente de maneira discretíssima.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

E se estamos falando do Scorpions, ora bolas, estamos falando da banda que estourou mundialmente com baladas como "Wind of Change" e "Still Loving You". Todo disco dos sujeitos tem que ter, obrigatoriamente, uma baladinha gostosa – e aqui temos então duas. São duas facetas de Meine, quase fofo na apaixonada e açucarada "Lorelei" e sofrido e cheio de angústia na amargurada "Sly". Interpretação é com ele. O desfecho vem com "The Best Is Yet To Come" e seu título sintomático – "o melhor ainda está por vir". Seria esta uma mensagem de que ainda não acabou? O Scorpions pode voltar remodelado? Ou os membros do Scorpions podem estar planejando um novo projeto musical? Enquanto você fica aí conjecturando mil e uma teorias da conspiração, a gente ouve uma canção deliciosa, de ares meio country, mas marcada por uma letra que diz um "até breve" de maneira até meio melancólica, que chega a machucar o coração do pobre fã. Doeu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Olha só, preciso dizer: tudo bem, eu juro que esperava mesmo que eles fossem encerrar a carreira arriscando ainda mais do que fizeram em ""Humanity: Hour 1", sem medo de frustrar os pentelhos que querem ouvir sempre a mesma ladainha se repetindo ad aeternum. Não rolou. Mas isso não quer dizer que eu tenha ficado necessariamente frustrado com "Sting in the Tail". O final é digno de tudo que eles já gravaram até então, faz jus à obra da banda. Mas é um tantinho óbvio, sabe? E para o que tem que ser o seu disco de "adeus", talvez tivesse que ser um pouco mais do que isso...

Line-Up:
Klaus Meine – Vocal
Matthias Jabs – Guitarra
Rudolf Schenker – Guitarra
Paweł Mąciwoda – Baixo
James Kottak – Bateria

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Tracklist:
Raised On Rock
Sting in The Tail
Slave Me
The Good Die Young (participação especial de Tarja Turunen)
No Limit
Rock Zone
Lorelei
Turn You On
Let's Rock
Sly
Spirit Of Rock
The Best Is Yet To Come


Outras resenhas de Sting in The Tail - Scorpions

Scorpions: motivos mais fortes para lamentar o fim da banda

Scorpions: se despedindo da carreira de forma digna

Scorpions: Um álbum onde cada minuto vale a pena

Scorpions: Mostrando que ainda tem muita lenha pra queimar

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Thiago El Cid Cardim

Thiago Cardim é publicitário e jornalista. Nerd convicto, louco por cinema, séries de TV e histórias em quadrinhos. Vegetariano por opção, banger de coração, marvete de carteirinha. É apaixonado por Queen e Blind Guardian. Mas também adora Iron Maiden, Judas Priest, Aerosmith, Kiss, Anthrax, Stratovarius, Edguy, Kamelot, Manowar, Rhapsody, Mötley Crüe, Europe, Scorpions, Sebastian Bach, Michael Kiske, Jeff Scott Soto, System of a Down, The Darkness e mais uma porrada de coisas. Dentre os nacionais, curte Velhas Virgens, Ultraje a Rigor, Camisa de Vênus, Matanza, Sepultura, Tuatha de Danaan, Tubaína, Ira! e Premê. Escreve seus desatinos sobre música, cinema e quadrinhos no www.observatorionerd.com.br e no www.twitter.com/thiagocardim.
Mais matérias de Thiago El Cid Cardim.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS