Dream Theater: mais um bom momento na discografia da banda
Resenha - Black Clouds & Silver Linings - Dream Theater
Por Doctor Robert
Postado em 18 de junho de 2009
Eis que mais um aguardado lançamento "vaza" na internet... Com certeza Mike Portnoy deve ter algumas palavras nada carinhosas a respeito disso, conforme pudemos conferir mais uma vez no caso do "polêmico" novo visual da banda (alguém realmente se importa com isso? O que importa não é a música em si?). Pois bem, eis que este lançamento vem pra agradar em cheio aos fãs da banda. Tem tudo o que os seus seguidores mais gostam: músicas longas, arranjos complexos, a tradicional mescla de heavy metal com rock progressivo, dobradas de teclado e guitarra... tudo produzido pela dupla Mike Portnoy e John Petrucci, como sempre, e mixado pelo grande Paul Northfield (notório colaborador do Rush).
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Há algum tempo já tínhamos acesso às duas primeiras faixas, "A Nightmare to Remember" e "A Rite Of Passage". A primeira traz um pouco de tudo aquilo que citamos anteriormente, bem como alguns riffs em seu começo que lembram Metallica, além de um James LaBrie mais contido, aprendendo cada vez mais a usar sua voz sem soar esganiçado. A segunda já tem até vídeo clip e vai ser a primeira faixa de trabalho, cujo single traz na capa o símbolo maçônico junto ao logo da banda, dando a entender um pouco do que se trata sua letra, e um refrão mais acessível, melodicamente falando.
Vamos então para aquelas que ainda não tínhamos até então a oportunidade de ter ouvido: a terceira faixa do álbum é "Wither", música um pouco mais contida, mas com guitarras bem pesadas, ótimos trabalhos vocais e arranjos de cordas, onde fica demonstrado que se pode ser acessível sem ser comercial ou ruim. Uma bela canção, sem dúvidas, que contrasta e muito com a seguinte, "The Shattered Fortress", onde Petrucci já começa com um riff arrebentando tudo, contrapondo e "duelando" com Jordan Rudess, sendo que este nos traz um solo de teclado alucinante, para não perder o hábito. Talvez a faixa mais pesada do álbum, mas ainda assim com aquelas famosas variações de ritmos e climas. Mais ao final a banda nos remete às sensacionais "The Root Of All Evil", do álbum Octavarium, e "The Glass Prison", do Six Degrees Of Inner Turbulence (sim, essa é mais uma da série de letras que Portnoy vem fazendo sobre seus problemas com o alcoolismo, iniciadas nesta última).
"The Best Of Times", segundo declarações de Rudess, é uma homenagem ao recém-falecido pai de Portnoy. Após uma longa e bela introdução, temos uma bela balada, que pode chegar a emocionar os fãs mais devotados. Encerrando o álbum, "The Count Of Tuscany" traz uma boa introdução de guitarra à la Brian May (Queen), em seguida descambando para uma sequência instrumental que nos remete a uma mescla do Rush e do Yes dos anos 70, obviamente com alguns toques de metal, como o Dream Theater sabe fazer melhor do que ninguém. Faixa quase que sem vocais, para quem aprecia o ótimo instrumental destes músicos fabulosos.
Em suma, mais um ótimo momento na discografia da banda. Aguardamos agora o lançamento definitivo e oficial, visto que teremos uma versão normal, outra em vinil, e ainda uma "de luxe", com 3 CDs: este normal, um só com as versões instrumentais das músicas, e outro com seis covers de grandes bandas admiradas pelo quinteto, e que serão aos poucos divulgadas para venda pela gravadora do grupo. Três já saíram: "Stargazer", do Rainbow; o medley "Tenement Funster/Flick Of The Wrist/Lily Of The Valley", do Queen; e "Odyssey", do Dixie Dregs. Quais serão as próximas?
1. A Nightmare To Remember
2. A Rite Of Passage
3. Wither
4. The Shattered Fortress
5. The Best Of Times
6. The Count Of Tuscany
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