Jeff Buckley: é difícil resumir tamanha qualidade musical
Resenha - Grace - Jeff Buckley
Por Fábio Cavalcanti
Postado em 28 de fevereiro de 2009
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Cerca de seis anos de atividade e apenas um álbum de estúdio. Podemos resumir assim a curtíssima trajetória musical do cantor norte-americano Jeff Buckley, que morreu afogado em 1997, aos 30 anos de idade. Já em termos de significância, é difícil resumir tamanha qualidade musical presente em "Grace" (1994), seu único registro de estúdio.

Apesar de ter sido introduzido ao melhor do rock clássico ainda pequeno, Buckley preferiu apostar em um estilo único, uma sonoridade que até hoje pode provocar dor de cabeça em qualquer pessoa que tente rotular a sua música. Mas, falando por alto, seu estilo é um rock alternativo influenciado por gêneros diversos, que vão do folk ao blues. Além do mais, Buckley é dono de uma voz que pode ser facilmente reconhecida por qualquer pessoa que já tenha ouvido pelo menos uma de suas músicas.
Logo nos primeiros segundos da faixa de abertura "Mojo Pin", o ouvinte é transportado para o universo de Buckley, através de uma voz praticamente sussurrada (que, por sinal, é bem frequente neste álbum), e uma guitarra bastante suave, que eventualmente acaba ganhando força em pequenos trechos da música. Tais nuances sonoras também podem agradar bastante aquelas pessoas que normalmente prestam mais atenção nas letras, visto que há uma perfeita sintonia entre os arranjos de cada música e a temática das mesmas.
E falando em letras, é interessante observar como o tom "deprê" de Buckley soa realmente sincero em cada palavra dita, fazendo o ouvinte acreditar que o cantor viveu todas aquelas histórias, ou pelo menos histórias relacionadas ao tema de cada música. Sutilezas desse tipo ficam ainda mais evidentes a cada audição de "Grace", e fazem até o ouvinte esquecer que as maravilhosas "Lilac Wine", "Corpus Christi Carol" e "Hallelujah" são covers.
Tarefa praticamente impossível é citar a melhor ou a "pior" faixa do álbum. A faixa-título "Grace" traz boas e agradáveis variações ao longo da música, enquanto que "Last Goodbye" e "Lover, You Should've Come Over" se mostram um pouco mais "básicas", podendo agradar facilmente até aquele ouvinte adepto de sons mais acessíveis. Outros momentos mais alternativos e impecáveis residem nas "sombrias" "So Real" e "Dream Brother". E para não dizer que falta rock em "Grace", a pesada "Eternal Life" cumpre seu papel com maestria, sem soar deslocada da proposta do álbum.
Jeff Buckley nunca atingiu o sucesso comercial merecido, mas conquistou apreciadores de diversos estilos com a sua música única, sempre tocada com muita emoção e sinceridade. Temos aqui um caso raro de artista que conseguiu se destacar de uma forma tão impressionante com apenas um álbum de estúdio. Aspectos negativos? Simplesmente... nenhum!
Músicas:
1. Mojo Pin
2. Grace
3. Last Goodbye
4. Lilac Wine
5. So Real
6. Hallelujah
7. Lover, You Should've Come Over
8. Corpus Christi Carol
9. Eternal Life
10. Dream Brother
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
Aos 74 anos, David Coverdale anuncia aposentadoria e diz que "é hora de encerrar"
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
A surpreendente balada que era a música favorita de todos os tempos de Ozzy Osbourne
O álbum que metade do Black Sabbath concordava ser o pior da banda
O pior disco do Led Zeppelin, de acordo com o Ultimate Classic Rock
Halestorm é anunciada como atração do Monsters of Rock 2026
As 5 melhores músicas de progressivo com menos de 3 minutos, segundo a Loudwire
A melhor gravação de bateria de todos os tempos, segundo Phil Collins
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
O pior disco de cada banda do Big Four do thrash, segundo Mateus Ribeiro
Milhões: Os eventos com maior público da história da música
System Of A Down: Daron Malakian ensina como ser músico
Paulo Ricardo lembra os dois primeiros nomes do RPM: "Decidimos usar esse número antes"

Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



