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Revolution Renaissance: não espere nada muito original

Resenha - New Era - Revolution Renaissance

Por Rodrigo Simas
Postado em 20 de fevereiro de 2009

Nota: 4 starstarstarstar

Timo Tolkki nunca foi campeão no quesito originalidade. Mesmo assim, conseguiu lançar trabalhos que se tornariam clássicos do heavy/power metal melódico, deixando sua marca registrada na história da música pesada e influenciando – para o bem ou para o mal – centenas de bandas que viriam a seguir. Com a novela de seus últimos anos no Stratovarius e brigas com os integrantes remanescentes, decidiu montar um novo projeto e utilizar a maior parte das composições que seriam usadas para o próximo CD de sua antiga banda.

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Assim nasceu Revolution Renaissance, que lançou seu debut com o óbvio título de "New Era" e, como já era de se esperar, soando exatamente igual ao estilo praticado pelo Stratovarius. Para a gravação, Tolkki chamou três vocalistas convidados. Entre eles, o recluso (mas genial) Michael Kiske (eterno ex-Helloween), o líder do Edguy/Avantasia Tobias Sammet e o não tão conhecido Pasí Rantanen, do Thunderstone. Todos cumprem muito bem suas funções (Kiske como sempre se sobressai em relação aos outros), mas são confrontados pelo mesmo problema: as composições.

Mesmo não esperando nada muito original, é chocante como todas (ou quase todas) as faixas caem em uma mesmice sem tamanho, arranjos comuns e clichês infinitos, soando genéricas ao extremo. Flertando em diversas passagens com o hard rock, não há nenhum tipo de diferencial, não se sente nenhuma garra, o peso é quase inexistente e os poucos momentos menos monótonos são atribuídos às performances vocais, que conseguem tirar – nesses raros instantes – leite de pedra.

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Michael Kiske ficou com a maioria das músicas (cinco no total), entre elas duas baladas breguíssimas, a boa "I Did My Way", de longe uma das melhores do CD, e as duas últimas que encerram "New Era": a sem graça "Last Night On Earth" e a homônima "Revolution Renaissance", que rende bem em comparação com o resto. Tobias Sammet tenta o possível e o impossível para defender sua participação, mas suas duas faixas lembram um Edguy piorado da fase "Theater Of Salvation". Se tudo já parecia perdido, Pasí Rantanen se destaca com a boa "Born Upon The Cross", que lembra o Black Sabbath (guardadas as devidas proporções) na fase Dio.

Ao vivo, o Revolution Renaissance vai contar com uma banda diferente da que gravou o CD, inclusive com os brasileiros Gus Monsanto (Adágio - voz) e Bruno Agra (Aquaria, Uirapuru - bateria) que asseguraram seus postos como membros oficiais. Mas dificilmente alguém que já não seja fã do trabalho de Timo Tolkki com o Stratovarius vai se interessar por essa nova empreitada, que poderia ter o nome de qualquer coisa, menos de nova era.

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Sobre Rodrigo Simas

Designer, carioca e tricolor. Começou a ouvir música aos 11 anos, com Iron Maiden, Metallica e Rush. Tem como hobby quase profissional, a música. Além de produzir shows e eventos, trabalhou por 5 anos em loja especializada em Heavy Metal, e já escreveu para alguns sites e revistas de música. Hoje escuta de tudo um pouco, e cada vez mais descobre que existem apenas dois tipos de música: a boa e a ruim, independente do estilo. Bandas e artistas favoritos: Dave Matthews Band, Peter Gabriel, Rush, Iron Maiden, Led Zeppelin, Ben Harper, Radiohead, System of a Down... e a lista continua...
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