Yngwie Malmsteen: música boa e pesada como nunca
Resenha - Perpetual Flame - Yngwie Malmsteen
Por César Garcia
Fonte: Resenha Metal
Postado em 13 de novembro de 2008
Em seus últimos discos, Malmsteen tem seguido, basicamente, um mesmo caminho, fazendo um som mais pesado do que o hard rock neoclássico do início da carreira, o que soa, a princípio, como um sinal de modernidade, mas que, após alguns lançamentos, tornou-se repetitivo demais, com poucas músicas de destaque e a frequente produção ruim – seu último trabalho realmente bom havia sido "Facing The Animal", de 1997 (excluindo-se da conta o ótimo "Concerto Suite for Electric Guitar and Orchestra in E flat minor, Opus 1").
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Porém, com a saída do vocalista Doogie White, criou-se uma enorme expectativa com o anúncio do novo line-up da banda que o acompanha, incluindo, pra surpresa de muitos, o vocalista Tim "Ripper" Owens (Judas Priest, Iced Earth, Beyond Fear), além de Bjorn Englen (baixo), Patrik Johansson (bateria) e Michael Troy (teclado – gravado, no disco, por Derek Sherinian). A espera por um novo álbum de estúdio foi alimentada por declarações do próprio guitarrista de que essa era a melhor formação de sua banda e que iria soar como "a queda de uma bomba atômica".
A produção de "Perpetual Flame" ficou a cargo do próprio Malmsteen, com participação de Keith Rose e Roy Z (este, na mixagem), e tem sido muito criticada pelos fãs, apesar do timbre de guitarra matador. Numa primeira audição, parece soar como "mais do mesmo", mas basta ouvi-lo com um pouco mais de atenção que suas qualidades logo aparecem. As músicas são realmente boas e soam mais pesadas do que nunca. Yngwie está tocando o seu melhor e Tim Owens, mesmo no papel de coadjuvante, mostra uma performance incrível.
"Death Dealer" abre o álbum com peso e velocidade, e tem uma das seções de arpejos mais velozes que o guitarrista já fez. Na boa "Damnation Game" o riff de abertura lembra um pouco a clássica "I'll See the Light, Tonight", mas a lembrança não passa daí, não obstante o solo nos remeter aos áureos tempos do disco Marching Out. E o grande destaque da primeira parte do álbum, sem dúvida, fica por conta de "Red Devil", um tanto quanto alegre e com um ótimo refrão. "Be Careful What You Wish For" também é uma das melhores. Como não poderia deixar de ser, Malmsteen nos brinda com temas instrumentais. "Caprici Di Diablo" é um deles, e soa inacreditável, com uma fúria incrível e muita velocidade; talvez a música mais complicada de sua carreira, lembrando a exuberância técnica dos famosos "24 Caprichos" de Paganini, mas sem perder o lirismo. Já "Magic City" traz o próprio guitarrista cantando uma balada – e bem! Nos shows da nova turnê, Malmsteen tem tocado pelo menos seis músicas de Perpetual Flame: "Death Dealer", "Damnation Game", "Live to Fight (Another Day)", "Red Devil", "Caprici Di Diablo" e "Magic City".
Tracklist:
1. Death Dealer
2. Damnation Game
3. Live to Fight (Another Day)
4. Red Devil
5. Four Horsemen (Of The Apocalypse)
6. Priest of the Unholy
7. Be Careful What You Wish For
8. Caprici Di Diablo
9. Lament
10. Magic City
11. Eleventh Hour
12. Heavy Heart
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