Gamma Ray: depois de uma sucessão de bons álbuns
Resenha - No World Order - Gamma Ray
Por Rodrigo Simas
Fonte: Gamma Ray
Postado em 17 de junho de 2008
Nota: 7
Lançado originalmente em 2001 e relançado no Brasil recentemente pela Dynamo Records, "No World Order" veio de uma sucessão de bons álbuns, e foi o terceiro da formação que gravou "Somewhere Out In Space" em 1997 e se mantém até hoje, com Kai Hansen (guitarra, voz), Henjo Richter (guitarra, teclado), Dirk Schlachter (baixo) e Daniel Zimmerman (bateria).
Altamente influênciado pela NWOBHM, mas sem abandonar suas origens melódicas do power metal praticado pelo Helloween, "No World Order" pode não ser considerado um clássico da discografia do Gamma Ray, mas tem excelentes momentos e faz justiça à obra da banda. Com uma mixagem mais pesada que de costume, instrumentos na cara e arranjos mais diretos, as primeiras "Dethrone Tyranny" (depois da introdução "Induction") e "The Heart Of The Unicorn" conseguem sintetizar a atmosfera do CD.
Tudo que os fãs esperam do Gamma Ray está presente: dos refrões grandiosos como em "Damn The Machine", pelas ótimas quebras de rítmo como em "New World Order", às harmonias de guitarra de "Eagle", nada é deixado de lado por Kai Hansen & cia. A variação entre as faixas mais melódicas e mais tradicionais é perceptível e parece ter sido meticulosamente pensada. Os riffs e linhas vocais que remetem diretamente ao JUDAS PRIEST são usadas sem a menor cerimônia (ouça "Solid" ou a já citada "The Heart Of The Unicorn") e só não passam por mero plágio pois soam mais como homenagem que cópia.
Conceitual, "No World Order" tem, nas letras que permeiam todo o álbum, a principal fonte de inspiração nos Illuminati, o clã místico que supostamente trabalha em segredo influenciando todas as decisões e acontecimentos globais. Se tudo isso não bastasse, Kai Hansen está em ótima fase, com uma performance vocal excelente, escrevendo a maioria das faixas (algumas são assinadas por Henjo Richter ou Daniel Zimmerman) com a qualidade de sempre. Pode não ser um primor de originalidade, mas tudo é tão bem feito e soa tão sincero que dificilmente alguém reclamará. Ainda bem.
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