Resenha - Living In Fantasy - Delpht
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 28 de março de 2006
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Logo nas primeiras faixas de "Living In Fantasy" ficamos convictos de que este será um belo trabalho. Riffs afiados, ótima produção, estribilhos lapidados e refrães empolgantes, além da força evidente do conjunto e a voz polivalente de Mário Pastore, mestre de vários vocalistas brasileiros. "BraveHeart" sem dúvida seria uma escolha acertadíssima para abrir os shows deles. Preste atenção na segunda parte desta música, onde vemos uma guinada e a retomada da força inicial, com a reconstrução dos riffs e um novo punch instrumental. Coisa de quem sabe.

"On The Cross" tem um clima épico de juízo final, com vários sub-climáx e rebuscadas digressões. "Life Goes On" (que solo!) denota o caráter conceitual da obra. O conceito aliás, me é muito atraente. O "viver na fantasia", ter a ficção como pressuposto da sobrevivência, o estabelecimento de frágeis valores como sentido da vida e a magnânima importância das aparências (tomada no mais amplo sentido) em nossa existência é um tema suculento e de grande potencial. Logo, impossível não parabenizá-los por tão corajosa e acertada escolha.
Definir o estilo de uma banda é sempre uma tarefa ingrata e parcial. Nunca se pode dar a exata completude daquilo que compõe a sonoridade de um grupo. Entretanto, "Motherland" fez-me estabelecer uma comparação bem elucidativa: imagine o Angel Dust, da década de 90 em diante, claro, mas tire os experimentos "eletrônicos" deste e adicione generosas pitadas de prog, hard e melódico. Pronto. Eis a receita do Delpht.
"L.I.F" é esplendorosa, e poderia ser escolhida como música símbolo deste trabalho. "Battle Field" e "Save Me" já são mais comuns. Isso em comparação com as demais, o que significa que ainda assim são ótimas. Por fim, a cadenciada "My Shadow Plan" (repare no timbre inicial da guitarra) encerra uma obra que certamente é um dos melhores lançamentos nacionais dos últimos anos.
E é por tudo isso, por tamanha qualidade e competência musical, por atingir praticamente a nota máxima em aspectos como letras, conceito, produção e arte gráfica (um show de Rodrigo Cruz) e por chegar ao segundo trabalho com tal poderio que você tem motivos de sobras para conferir este álbum e claro, ir aos shows da banda. Vida longa a quem merece.
Formação:
Mário Pastore (Vocal)
Patrick Graue (Guitarra)
Theo Vieira (Baixo)
Alexandre Callari (Bateria)
Hellion Records – Nacional.
Outras resenhas de Living In Fantasy - Delpht
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
Dave Mustaine fala sobre "Ride the Lightning" e elogia Lars Ulrich: "Um excelente compositor"
A banda que fez Jimmy Page passar vergonha; "eu não queria estar ali"
Motörhead "salvou" baterista do Faith No More de ter que ouvir Ted Nugent
O maior cantor de todos os tempos para Steven Tyler; "Eles já tinham o melhor"
A melhor música do AC/DC de todos os tempos, segundo o ator Jack Black
Dave Mustaine cutuca bandas que retomaram atividade após turnês de despedida
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
Loudwire escolhe parceria feminina como a melhor música de heavy metal de 2025
Wolfgang Van Halen diz que as pessoas estão começando a levar seu trabalho a sério
O melhor disco de heavy metal de 2025, segundo o Loudwire
A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
Os "pais do rock" segundo Chuck Berry - e onde ele entra na história
O que Max Cavalera não gostava sobre os mineiros, segundo ex-roadie do Sepultura
Os trabalhos do Guns N' Roses que Slash evita rever; "nem sei o que tem ali"

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
Coldplay: Eles já não são uma banda de rock há muito tempo


